Estatic Fear: De melancolia a contos medievais, tristeza e luto
Por Maite Lima
Fonte: Estatic Fear Fanpage
Postado em 10 de janeiro de 2020
Esta entrevista é resultado de uma peregrinação até Linz, Áustria, entre os dias 28 de Agosto e 02 de Setembro de 2019, onde tivemos a oportunidade de conversar em pubs, enquanto caminhávamos pela cidade, quando visitamos os estúdios da CCP Records e também quando visitamos o Castelo Stauff. Nestes encontros tivemos a oportunidade de conversar com o idealizador deste projeto, Matthias Kogler, bem como os ex-membros Markus Miesbauer (baixo, vocais), Hebert Heckmann (guitarra), Milan Pejak (bateria), Markus Schickerbauer (bateria em "A Sombre Dance") e também o produtor Claus Prellinger, da CCP Records.
Nesta entrevista nós priorizamos o não interrupmento durante as respostas; as perguntas feitas tinham como objetivo explorar a "caixa preta" da criatividade musical que resultou em "Somnium Obmutum" e "A Sombre Dance" – suas fontes, inspirações, entre outras perguntas sobre a fundação da banda e as gravações dos álguns, sem se intrometer na vida ou nos planos dos músicos.
A primeira pergunta não é o maior motivo de nossa vinda até aqui, mas certamente é a mais perguntada entre toda comunidade do Estatic Fear: Haverá um novo álbum do Estatic Fear? E se nós, os fãs internacionais, pudéssemos ajudá-los a lançar este álbum?
MATTHIAS KOGLER: Talvez eu volte nesse assunto daqui a algum tempo... meu trabalho é muito intenso, mas eu vou considerar essa oferta! Obrigado!
CLAUS PRELLINGER (CCP Records): Matthias Kogler sempre será bem vindo nos nossos estúdios para gravar um novo álbum!
O Estatic Fear se apresentará ao vivo alguma vez na vida?
KOGLER: Achamos isso difícil de acontecer, mas vocês podem dar uma olhada na versão ao vivo de "Somnium Obmutum" e "Ode to Solitude" que a banda Shadow Suite fez! Eles fizeram um trabalho fenomenal!
Os álbuns do Estatic Fear trazem uma sofisticada música acadêmica. Qual o background musical de vocês?
PRELLINGER (CCP Records): Todos os membros originais do Estatic Fear são autodidatas, assim como Matthias Kogler. Entretanto vários outros músicos (Markus Schickerbauer, Claudia, Marion, Petra, Franz Hagener, etc) têm educação musical completa!
KOGLER: Muitos dos meus parentes são músicos e artistas em várias áreas. Eu estava sempre rodeado por música, arte, poesia e literatura desde meus primeiros anos de vida. Meu pai é um guitarrista acadêmico; quando eu era criança, nossa casa estava sempre cheia de música e músicos amigos do meu pai. Além disso, meu pai frequentemente me levava para concertos e festivais de música clássica e Free Jazz, e eu amava (e ainda amo)! E também sempre tocava a música de Bach em nossa casa… para meu pai, existia o grande Bach e o resto da música!
Os álbuns do Estatic Fear também contam com ricas letras, num genuíno estilo clássico, em três línguas: Inglês, Latim e Alemão antigo. Quais foram as inspirações para escrever as letras? Sua música leva alguma mensagem específica?
KOGLER: Desde que eu era jovem, eu costumava ler partes de "Fausto", de Goethe na biblioteca dos meus pais. Além disso, eu fui inspirado por "Flores do Mal", de Baudelaire e pelo trabalho de Percy Bysshe Shelley. E você deduziu corretamente que a letra de "On A Cold Winter's Morning" foi inspirada por H.P. Lovecraft! Eu ainda adoro Lovecraft!
KOGLER: O título "Somnium Obmutum" na verdade significa mais "Sonho Reprimido" do que "Sonho Mudo", um amor perdido e a adoração à solidão. A respeito de uma mensagem específica nas letras do Estatic Fear, não creio que exista uma; elas são reflexões de sentimentos fortes.
Muitas bandas populares de Gothic/Doom metal tendem a usar o mesmo set de clichês através das letras e imagem, como você faz para evitar isto, mantendo-se único e novo?
KOGLER: Isto não é algo intencional ou consciente, apenas expresso o que eu sinto!
Algumas bandas como Empyrium, por exemplo, e também Bach ou Mozart aplicaram a "matemática da música" em suas composições, para criar as harmonias ou estruturas. Você também?
KOGLER: Assim como na resposta anterior, não é intencional!
Quais bandas inspiraram o Estatic Fear musicalmente?
MARKUS MIESBAUER: Anathema, My Dying Bride, Katatonia e Cathedral eram as bandas que eu e Kogler escutávamos na época, com destaque para a música "Sear Me" do My Dying Bride, e também a versão MCMXCIII dela.
MARKUS MIESBAUER: Eu aprendi vocais extremos ao ouvir estas bandas, assim como Brutal Death Metal e Black Metal do fim dos anos 80 e início dos 90. No começo dos anos 90 era difícil de encontrar cassettes e CDs em Linz, a gente comprava de um catálogo muito limitado, um após o outro, e foi assim que eu descobri o My Dying Bride e me apaixonei pela música deles!
KOGLER: Alguns elementos do metal em "A Sombre Dance" também foram inspirados no álbum "…For Victory", do Bolt Thrower!
Alguma outra fonte de inspiração?
MIESBAUER: Na época do "Somnium Obmutum", o Kogler tava depressivo a maior parte do tempo, por isso o codinome "Calix Miseriae" (Cálice da Miséria). Assim, podemos dizer que o álbum foi emocionalmente e atmosfericamente enraizado na depressão dele.
KOGLER: Bem, sim! O lado estético da melancolia. Melancolia – não uma depressão desesperançosa, mas um estado baseado numa tristeza nostálgica, como observações da beleza sombria de um lado, um fundo de escuridão contrastando com um raio de luz que corta isto. Eu conheço alguns músicos que entraram fundo nesta depressão, neste abismo, como parte da expressão musical deles, e alguns que nunca conseguiram escapar dela.
KOGLER: Eu também fui muito inspirado pela área ao redor de Linzer Schloss, o castelo de Linz no alto de uma colina no banco do Rio Danúbio: os jardins, os muros antigos cobertos de trepadeiras, estátuas, nascer do sol sobre o Rio. É uma pena que a área tenha mudado tanto com os vidros e concretos. Eu morava ao lado da fortaleza durante minha infância e adolescência, me lembro de andar ao redor dela, contemplando e sonhando. Era lá que a estátua de "Somnium Obmutum" costumava ficar. Duas semanas depois do lançamento do álbum, ela foi decapitada por algum vândalo, sendo depois removida completamente.
O segundo CD tem impresso "A Velha", gravura de Hanz Holbein, da série "Dança Macabra", publicada em 1538. Qual era a conotação? Nós a usamos no design D.I.Y das camisetas dos fãs de Estatic Fear.
KOGLER: Eu acho a série "Dança Macabra" inspiradora. Pensamentos sobre a morte e sobre morrer, num senso artístico conectado com Holbein, também foram inspirações para os dois álbuns do Estatic Fear. O mesmo luto estético que inspira criações de estátuas de lápides.
Matthias, você compõe as músicas principalmente para você ou para as pessoas ouvirem?
KOGLER: Eu componho as músicas conforme elas chegam na minha cabeça, e eu ainda toco alaúde, guitarra e piano pro meu próprio prazer. Está instrinsecamente ligado aos meus sentimentos e experiências, é algo muito íntimo pra mim. Entretanto, poder compartilhar isto com pessoas que verdadeiramente apreciam também é maravilhoso, e muitas obras foram dedicadas para uma pessoa muito especial que eu conhecia!
Quais imagens você visualiza enquanto compõe ou enquanto ouve a sua música? Há alguma?
KOGLER: Imagens de natureza! Uma densa, escura e chuvosa floresta, ou várias paisagens de neve, embora seja uma pena que o aquecimento global tenha destruído o inverno real nas últimas décadas, e castelos antigos, como o Castelo Stauff.
Qual o maior desafio em se tratando de compor músicas?
KOGLER: A parte mais difícil é conseguir dizer quando está na hora de parar de trabalhar numa música e parar de adicionar partes e linhas, para que não fique exagerado!
Ambos, "Somnium Obmutum" e "A Sombre Dance" demonstram uma alta complexidade e mudanças inesperadas… Algumas partes foram costuradas e adaptadas, ou cada nota e passagem foram pensadas e planejadas?
KOGLER: A última opção! Cada mudança e cada nota na composição foram bem pensadas, o que não exclui nenhum outro embelezamento futuro que decidimos "no calor do momento" no estúdio! Falando nisso, é uma pena que eu tenha tido que usar um sintetizador ao invés de um violista, um oboista, um organista, etc. Instrumentos reais sempre soam melhores!
[an error occurred while processing this directive]Como o Estatic Fear começou? Pela biografia estendida nós sabemos que vocês se conheceram e ensaiaram, mas tem mais algum detalhe da época da demo "Exit" e "Somnium Obmutum"?
MIESBAUER: É uma pena que nossa primeiríssima fita "Wotan's Army" não se pode ser encontrada, tinha muita coisa legal nela! Como você sabe, existiu a compilação "Exit", que foi parcialmente paga pelo município de Linz e parcialmente pelas bandas que participaram do projeto. Eu era encarregado de organizar as coisas práticas do Estatic Fear. Nós tinhamos vinte e poucos anos e não era fácil conseguir dinheiro.
E foi um grande feito conseguir que uma banda da Áustria pudesse ser divulgada pelo mundo através dessa compilação, assim fomos percebidos. Naquela época promoção internacional era muito mais fácil para bandas de Black Metal norueguesas ou bandas de Death Metal americanas ou suecas, enquanto o metal austríaco era totalmente desconhecido.
E de fato essa demo nos deu a oportunidade de assinar com a CCP Record. Eu me lembro que na época o Kogler iria gravar a demo em Viena, mas eu o convenci a gravar um álgum inteiro e em Linz! E mesmo assim foi bem caro pra fazer essas coisas acontecerem, demandou muito tempo e esforço da nossa parte para conseguir o dinheiro necessário, já que não tínhamos recursos.
MILAN PEJAK: O Miesbauer tinha um computador que o Kogler usava para trabalhar no "Somnium Obmutum" e algumas vezes nós tínhamos que dividir o tempo trabalhando no álbum com a esposa do Miesbauer, que usava o computador pra jogar seus jogos!
MIESBAUER: E nós todos não éramos muito hábeis com os instrumentos, alguns de nós éramos melhores com algumas técnicas, outros com outras. Então, além de baixo, eu também gravei algumas partes de guitarra elétrica.
KOGLER: Sim, e nossos estimados irmãos da banda Mortus, que foram os precursores da cena metal em Linz juntos com o Sarcastic Murder, cujos shows a gente amava ir, nos ajudaram bastante e nos deram muitas consultorias em guitarra!
[an error occurred while processing this directive]PRELLINGER (CCP Records): Eu lembro como os caras do Astaroth me apresentaram o Kogler, e as gravações! Eu já gravei e mixei centenas de álbuns desde então, mas de vez em quando ainda me lembro das sessões com o Estatic Fear.
Sobre o "Somnium Obmutum", só o Kogler tinha a idéia total na sua cabeça (e no computador), enquanto todos os outros membros gravavam suas partes sem fazer idéia de como esse quebra-cabeça se encaixaria! Foram doze dias no estúdio para gravar "Somnium Obmutum", e juntar aquelas longas faixas foi uma experiência especial!
Depois, no "A Sombre Dance", foi ainda mais desafiador, já que sentíamos a necessidade de entregar uma mixagem e masterização de qualidade para impressionar os fãs depois do lançamento de "Somnium Obmutum". Outra tarefa especial sobre a masterização do "A Sombre Dance", foi unir todas as faixas em um único fluxo, de acordo com o conceito do Kogler, sabe? Aquelas suaves transições entre uma faixa e outra.
MIESBAUER: Realmente! Kogler nos dava as partituras e as letras e então consultava cada músico para saber qual som deveria ser usado ali. Todas as partes eram muito polidas através desses diálogos. Também aconteceu de, ao longo das gravações, Kogler chegar com outras linhas para serem adicionadas à estrutura principal, como uma parte de acordes de órgão, por exemplo. E quando o álbum ficou pronto foi a primeira vez que pudemos ouvir o que tudo que nós gravamos!
PEJAK: Eu me lembro que algumas partes de "Somnium Obmutum", os padrões de gravação eram irregulares, por exemplo, gravar a bateria foi suave e rápido, enquanto as gruitarras levou muito mais tempo e esforço.
Miesbauer, seus vocais em "Somnium Obmutum" são tão variados e opulentos, você soa como dois ou mais vocalistas diferentes. Você se lembra de algum momento especial sobre as gravações?
MIESBAUER: Claro! Os rosnados e o que chamamos de "voz do demônio"! As sessões para gravar os vocais foram uma experiência única. Nós reservamos um dia no estúdio só para os vocais e no mesmo dia eu tinha uma consulta ao dentista e eu não podia cancelar nenhum dos dois compromissos! De manhã o destista arrancou meu siso, logo na sequência, ainda sangrando e parcialmente anestesiado, eu fui para o estúdio gravar os vocais em cima do instrumental. Quando eu tava urrando, tinha uma dor real na minha voz, e eu tinha que cuspir constantemente num balde que tinha no estúdio, enquanto o Kogler me dava as direções de como minha voz soaria melhor!
O Kogler gravou vocal em alguma faixa destes álbuns?
MIESBAUER: Sim, todas as linhas recitadas em Latim são do Kogler. Minha pronúncia em Latim não era boa, então ele gravou esta parte.
KOGLER: Sim, e também em "A Sombre Dance".
Como você encontrou todos esses músicos incríveis: Marion, Petra, Claudia, Franz…?
KOGLER: A Petra (flautas em "Somnium Obmutum") era amiga da irmã do Miesbauer e ela concordou em gravar conosco. Ela não era apreciadora de Metal de nenhuma forma! Daí depois que o álbum foi lançado e ela pôde ouví-lo, ela disse que as partes clássicas estavam ótimas, mas as partes de Metal eram muito extremas!
A Marion (vocais em "Somnium Obmutum") foi convidada da banda do meu irmão. O Franz (flautas em "A Sombre Dance") é amigo do meu pai, do círculo dele de músicos acadêmicos. A Claudia (vocais em "A Sombre Dance") era uma aluna de guitarra do meu pai, e eu a convidei por causa da voz lindíssima dela! Tudo negócio de família, como você pode ver! Haha
Quais partes de guitarra acústica nos álbuns foram gravadas por Klaus Kogler?
PRELLINGER (CCP Records): Eu me lembro do pai do Kogler no estúdio, um solene guitarrista acadêmico. Ele gravou "Intro", de "A Sombre Dance" e o começo de "Chapter I" e "Chapter VII" … talvez algo mais!
Quem compôs "Intro" de "A Sombre Dance"? Isto não é especificado no CD, e todos os alaudistas acadêmicos que nós perguntamos, disseram que a intro é certamente uma balada no estilo irlandês ou escocês, como as composições de Ronn McFarlane. Já "Des Nachtens Suss Gedone", disseram que era uma composição moderna imitando o estilo antigo.
KOGLER: E, de fato, são! Eu compus as duas obras. A "Intro" foi inspirada pela música "Farewell to Music", de O'Carolan (harpa celta).
Quantos dias demorou para gravar cada álbum?
PRELLINGER (CCP Records): Doze dias pra gravar "Somnium Obmutum", e nove dias pra gravar "A Sombre Dance". Geralmente a duração de uma gravação depende de quão preparada a banda está. Com o "A Sombre Dance", nós primeiro gravamos as partes clássicas baseadas nas partituras e observações de Kogler, e depois prosseguimos para as partes de metal. Também, enquanto Kogler compunha o conjunto de "Somnium Obmutum" na forma ideal, os outros membros lapidaram as partituras em uma realística obra de Metal para bateria, guitarra e baixo.
PRELLINGER (CCP Records): O mesmo aconteceu em "A Sombre Dance, por exemplo, grande parte do tempo foi dedicada a trabalhar nas partes de bateria que o Kogler compôs no seu computador em bateria real, pelo experiente baterista Markus Schickerbauer (Conspiracy, Sarcastic Murder, Spearhead, PULSE, Darius Mondop e Vipera).
MARKUS SCHICKERBAUER: Sim, nós levamos algum tempo trabalhando nisso. A base que tínhamos que o Kogler fez em seu computador não era realista. Geralmente quando tecladistas ou guitarristas compõem as partes de bateria, eles não seguem padrões que são possíveis de tocar. Também, as partes originais de bateria que ele compôs eram muito Black Metal, com muitas batidas explosivas. Então, se tivéssemos mantido a base original de bateria, "A Sombre Dance" teria sido muito mais pesado.
MARKUS SCHICKERBAUER: Eu nunca tinha tocado Doom Metal antes, apenas os subgêneros de Metal Extremo, mas também não foi um problema em adaptar e gravar "A Sombre Dance. Eu toquei algumas partes e o Kogler me deu a opinião dele, se aquilo era o que ele queria. Eu realmente curti gravar a bateria para este álbum, e "Chapter IV" é minha faixa favorita. Me desculpa se eu não posso dar alguma outra informação sobre outros músicos convidados e as gravações em geral, exceto meus amigos de banda, Jay Lalik e Thomas Hirtenkauf, já que todas as sessões de "A Sombre Dance" foram gravadas separadamente, supervisionadas por Kogler e Prellinger.
KOGLER: É verdade! A bateria na versão original de "A Sombre Dance" eram mais extremas (estilo Bolt Thrower) e extensas, e elas também levavam alguns elementos melódicos.
Uma pergunta à CCP Records: alguma chance de "A Sombre Dance" e "Somnium Obmutum" serem lançados em
PRELLINGER: Sim, isto é possível! Mas eu preciso de uma garantia de pelo menos 220-250 vendas de cada álbum em vinil, já que o mínimo possível que se pode produzir é de 300 unidades. Outra questão é: os fãs gostariam de uma versão remasterizada destes álbuns ou uma versão idêntica à original? Nós temos todas as gravações guardadas, e uma versão remasterizada significaria ter todas as músicas refeitas com nossos equipamentos mais atuais.
Qual software você usou pra compor "A Sombre Dance"? Você ainda tem o alaúde usado para gravar este álbum?
KOGLER: Eu usei "Audio Logic", agora apenas "Logic", adquirido pela Apple. E, sim, eu ainda tenho o alaúde e o toco algumas vezes só por lazer. A música nunca saiu da minha vida, eu toco e componho por puro prazer, e eu gravo essas versões cruas e esboços!
Vocês jogam jogos de computador?
KOGLER: Eu jogava, e muito, quando era jovem. A série de RPG – Ultima and Bard's Tales, nos anos 90.
HEBERT HECKMANN: "Dead Space" foi uma das atmosferas de inspiração para o PULSE. Eu também gosto de "Assassin's Creed" e "Red Dead Redemption".
O que vocês fazem atualmente?
KOGLER: Desenvolvedor de Software.
MIESBAUER: Desenvolvedor de Software.
PEJAK: Administração.
HECKMANN: I. Am. Pulse.
SCHICKERBAUER: Empresa de importação.
Quais são as bandas favoritas de vocês no momento?
HECKMANN: Leprous, The Kovenant, Pink Floyd, Queen, Klone (sem ordem específica).
PEJAK: Abigor, ThirdMoon, Mortus.
Vocês praticam algum esporte?
KOGLER: Natação, academia/levantamento de peso, boxe e caminhada nas montanhas.
PEJAK: Academia, corrida e pedalada.
O que vocês pensam sobre a pirataria musical?
KOGLER: Tá tudo bem! Quando os álbuns são baixados via Torrent ou P2P, os músicos não perdem nada!
HECKMANN: Eu concordo!
Outros fãs de Estatic Fear tentaram contato com vocês?
KOGLER: Sim! Uns caras da Turquia me contataram e eu dei uns autógrafos! Entretanto, eu prefiro ficar na minha privacidade e isolamento, me desculpem!
Vocês têm idéia de quais países e suas porporções dentro das pesquisas do Google? Vietnam, Turquia, México e Brazil! Isto também é confirmado pelos dados da página do Estatic Fear no Facebook, além dos fãs em tantos outros países! A música de vocês agora é global!
KOGLER: Uau! Isso é incrível! É maravilhoso saber que temos todos esses fãs e muitos mais ao redor do mundo! Muito obrigado!
O que é a música pra vocês, num sentido mais amplo?
TODOS: Música é comunicação em diferentes formas. Sempre haverá um diálogo entre os instrumentos e as vozes numa obra musical! Sempre tem um sinal entre uma geração e seus fãs, instrumentos e vozes.
TODOS: Os "sinais" musicais invocam várias reações: emoções, pensamentos, memórias, imagens, idéias, humores. Diferentes receptores podem interpretar e reagir aos mesmos conjuntos de formas diferentes. Os sinais podem seguir padrões, invocando uma série sentimentos, e no caso do Metal, eles podem ser contrastantes! Como outras formas de comunicação, música não é tangível, mas seus efeitos são tangíveis! Os dedos ou cordas vocais de um músico sempre se conectam à mente dos seus fãs, e se os fãs passam isso a diante (também através de compartilhamentos ou tocando no rádio), isso possivelmente gera uma reação semelhante aos sinais originais. E um compositor sempre tira algo útil ao ouvir a opinião dos ouvintes, o que reflete em suas interpretações e reações ao material produzido!
Sobre o álbum "Schattenkrieger" (2002) do Hrossharsgrani, em que aparece a faixa "Wenn Winter Sang Und Klang Verstummt" do Estatic Fear, essa faixa foi mesma composta em um guardanapo de restaurante?
KOGLER: Haha! Bem, foi um esboço rápido! Hrossharsgrani é um projeto musical da CP Records, e eu fiquei muito feliz de contribuir com uma pequena obra neoclássica!
Suas canções tem afetado consideravelmente nossas vidas e a de muitos outros fãs em muitos modos diferentes... O Estatic Fear teve um impacto significante na sua vida?
KOGLER: Lançar dois álbums foi uma conquista essencial na minha vida; eu também frequentemente discutia minha música com meu irmão e meus pais. Certamente isso significa muito pra mim!
Você gostaria de ver uma performance de balé baseada na obra "A Sombre Dance"? Qual seria a história da peça?
KOGLER: Bem... sim! Eu adoro a arte representada em todas as formas. A história da peça eu deixo livre pra sua interpretação!
Muitos fãs adorariam fazer covers das suas canções, e um 'GuitarPro Tabs' feito por fãs não é o suficiente para isto. Você consideraria compartilhar as suas partituras?
KOGLER: Possivelmente, por que não?Mas isso levaria um tempo até eu organizar tudo...
Muitos dos fãs começaram a escutar Estatic Fear quando eles tinham 16-18-20 anos, e agora eles estão nos seus 30-40 anos, e ainda encantados com sua música como há uma década. Como foi sua vida de 'metalhead' quando você tinha 16-20 anos?
KOGLER: Foi uma época de rolês loucos; na época, a cena metal em Linz era representada por 3-4 bandas legais e as bandas grandes muito raramente faziam shows em Linz ou na Áustria.
O que você acha das comunidades internacionais do Estatic Fear no Facebook e Vkontakte? Nós somos mais de 8 mil fãs no momento... Alguma mensagem para estes fãs?
KOGLER: Estas comunidades são maravilhosas – elas nunca me deixam de surpreender! Além do mais, elas nunca tiveram a sensação de ser algo artificial, feitas por um manager da banda. É "apenas" um grupo de pessoas organizando e fazendo coisas que eles amam. É uma verdadeira honra fazer parte destas comunidades!
KOGLER: Me desculpem que não haja nenhuma vídeo mensagem e pouca atividade de minha parte nestes grupos, mas é assim que tem que ser!
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