Adrian Smith saiu do Iron Maiden por gerar irritação com desânimo por "No Prayer"
Por Igor Miranda
Postado em 11 de setembro de 2020
Após lançar dois álbuns mais elaborados e com presença de sintetizadores na sonoridade - "Somewhere in Time" (1986) e "Seventh Son of a Seventh Son" (1988) -, o Iron Maiden decidiu simplificar tudo em "No Prayer for the Dying" (1990), seu oitavo álbum de estúdio. O problema é que essa mudança de direcionamento custou a saída do guitarrista Adrian Smith.
Em entrevista a um programa de rádio, com transcrição do Ultimate Guitar, Smith relembrou sobre o período de sua saída do Maiden, onde discordou da orientação mais simplista que o então novo álbum da banda teria. O guitarrista queria manter a fórmula dos dois trabalhos anteriores e revelou, neste bate-papo, que estava sem entusiasmo para trabalhar em "No Prayer for the Dying" - embora uma de suas composições, "Hooks in You", co-assinada com o vocalista Bruce Dickinson, tenha sido mantida na tracklist.
"Estávamos com uma sonoridade mais produzida, talvez mais refinada. O que quis Steve queria fazer depois disso, talvez Bruce também, era um som mais 'direto e reto'. Ele estava com o estúdio móvel dos Rolling Stones, não tínhamos tantas músicas prontas e, para ser honesto, eu estava sofrendo", afirmou, inicialmente.
O guitarrista disse que estava "desesperadamente tentando compor algo brilhante", como os demais colegas também estavam procurando fazer. "Eu estava sofrendo, não sei o porquê, talvez por estar dando duro demais", disse.
Smith chegou a iniciar as gravações de "No Prayer for the Dying" com a banda. "Iniciamos a gravar, chegamos a trabalhar no início. Acho que minha falta de entusiasmo irritou o outro cara e foi isso, sério", concluiu.
Ouça à entrevista no player de vídeo a seguir, em inglês e sem legendas.
No fim das contas, a vaga de Adrian Smith foi ocupada por Janick Gers. Quando Smith retornou, em 1999, a banda optou por manter Gers. Desde então, o grupo se apresenta como um sexteto, trazendo três guitarristas: os dois já mencionados e Dave Murray.
Em entrevista à revista "Classic Rock", no ano 2000, Bruce Dickinson demonstrou não gostar muito de "No Prayer for the Dying". "Uma m*rda! É um disco que soa como m*rda e eu gostaria que não o tivéssemos feito dessa forma", comentou, na ocasião.
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