Misfits: Michale Graves pode depor como testemunha do grupo neofascista Proud Boys

Michale Graves, vocalista do Misfits entre 1995 e 2000, pode se tornar testemunha de defesa do Proud Boys, grupo político neofascista norte-americano que aceita apenas homens brancos como membros, em um dos julgamentos ligados à invasão ao Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, no último dia 6 de janeiro. A informação é da agência Reuters.

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De acordo com a publicação, Graves pode ser convocado a depor como testemunha de defesa de quatro supostos líderes do Proud Boys, que são acusados de estarem ligados à invasão. O movimento, que apoia o agora ex-presidente americano Donald Trump, teria planejado o incidente por meio de mensagens criptografadas.

Em entrevista à Reuters, o músico ex-Misfits disse que chegou a ser convidado por um membro do Proud Boys a fazer um show privado no dia 6 de janeiro, em Washington, quando ocorreu a invasão. O evento não chegou a acontecer e o artista deixou a capital federal em meio ao incidente.

Os advogados de um dos réus argumentam que o planejamento dessa apresentação musical seria um indicativo de que não houve envolvimento dos acusados na invasão ao Capitólio. Ainda não foi confirmado se Michale Graves vai depor ou não como testemunha de defesa dos réus.

O Proud Boys, grupo que existe nos Estados Unidos e no Canadá desde 2016, passou a trazer Michale Graves como um de seus membros a partir de 2020. Diversas fontes classificam o movimento como neofascista e de extrema-direita. A organização alega não ser racistas, mas diversos integrantes estão ligados a movimentos de supremacia branca.

Em 2018, o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) classificou o Proud Boys como um "grupo extremista". A Southern Poverty Law Center, instituição americana especializada em direitos civis, define a organização como um "grupo de ódio".

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