Jean Dolabella: os 10 melhores bateristas, na opinião do batera do Ego Kill Talent
Por Igor Miranda
Postado em 02 de junho de 2021
Jean Dolabella é um dos grandes bateristas do Brasil. O músico integra hoje o Ego Kill Talent e teve uma passagem de 5 anos pelo Sepultura, além de ter integrado o Diesel / Udora e trabalhado com nomes do porte de Paul Di'Anno, Mike Patton e Milton Nascimento, entre outros.
E quais seriam os melhores bateristas na opinião de Jean? Ele, que lançou recentemente o álbum "The Dance Between Extremes" com o Ego Kill Talent, topou o convite do Whiplash.Net para revelar seus nomes favoritos no instrumento, em um top 10 que acaba por revelar, também, suas influências no segmento.
"Falar sobre os melhores é sempre um grande desafio. Desde muito cedo, admiro e me emociono com músicas olhando pelo prisma de banda. É difícil dissociar John Bonham do Led Zeppelin ou Stewart Copeland do The Police. O que mais admiro nesses músicos é o produto de algo feito em conjunto com a banda e não em outro contexto", comenta o músico, inicialmente.
Ele também fez questão de deixar claro: "Colocar músicos em uma ordem hierárquica não faz sentido para mim. Então, a ordem em que menciono os bateristas abaixo não mensura e nem ranqueia de forma alguma a grandiosidade de cada um deles".
Vamos às escolhas:
Os melhores bateristas na opinião de Jean Dolabella
John Bonham (Led Zeppelin)
Jean Dolabella: "A espontaneidade, o som, a levada... ele trouxe a mistura do soul do James Brown para um contexto mais pesado e bravo. O Led Zeppelin estava construindo o que é corriqueiro no rock de hoje. O caminho que Bonham pavimentou na música é imensurável".
Alex Van Halen (Van Halen)
Jean Dolabella: "Passei boa parte da minha infância escutando e assistindo ao VHS de um show do Van Halen, em New Haven. A firmeza do groove dele, aquele rimshot com o som de caixa grave e escuro! O som da banda era surreal pra mim. Mesmo já tendo escutado alguns clássicos, como 'Jump', milhares de vezes, ainda me emociono quando ele começa a tocar".
Tommy Aldridge (Whitesnake, Ozzy Osbourne, etc)
Jean Dolabella: "Eu já havia escutado muitas coisas dele, mas quando dividimos o palco pela primeira vez, no Rock in Rio de 2019, foi muito impactante. Ele tem 70 anos e toca muito pesado. É muito sólido, tem um estilo muito único e traz uma sensação incrivelmente firme tocando, fazendo a banda soar muito no lugar certo".
Stewart Copeland (The Police)
Jean Dolabella: "O jeito enérgico dele tocar me fascina. Ele é incrivelmente criativo e espontâneo. No The Police, ele mistura influências de ska, reggae, pop e rock de forma muito única. Dá a sensação de que ele deixa tudo no limite, sem racionalizar o play".
Steve Jordan
Jean Dolabella: "O groove dele é simplesmente mágico. Pra mim, talvez seja um dos maiores exemplos de quem sabe perfeitamente como servir bem à música. Gosto muito de trabalhos que ele tocou e de trabalhos que ele produziu".
Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters)
Jean Dolabella: "Pensei um pouco para poder resumir o que falar desse cara. Tudo que ele toca na bateria é cantável. Quase como se ele estivesse compondo riffs nos tambores. Sem falar do som que ele tira e da certeza que ele tem para tocar o que está dentro da cabeça dele".
Thomas Pridgen (The Mars Votla, Residente, etc)
Jean Dolabella: "O Thomas tem uma coisa de estar 'no momento' enquanto toca que é incrível. O Family Mob, meu estúdio, trouxe ele ao Brasil para uma série de workshops e eu tive a oportunidade de estar com ele em todos os eventos. O seu estilo explosivo de improvisar é fantástico. A capacidade que ele tem de arriscar na maior parte do tempo enquanto toca é impressionante".
Chad Smith (Red Hot Chili Peppers)
Jean Dolabella: "Assim como o Bonham, o Chad Smith mistura soul e funk americano com rock e levou isso para outro nível. É um som muito característico e, consequentemente, uma assinatura baterística ímpar. Ele traz um frescor para as levadas que já foram tocadas e usadas muitas vezes, parece te levar para a sensação de estar escutando aquilo pela primeira vez".
Abe Laboriel Jr (Paul McCartney, Eric Clapton)
Jean Dolabella: "Esse cara tem uma sensibilidade muito incrível quando toca. O groove dele parece ter uma dimensão a mais, como se fosse mais 'amplo', é muito musical".
Questlove (The Roots)
Jean Dolabella: "Em relação ao groove, ele é um dos maiores, com certeza. Além de grande conhecedor da história da música e dos grooves, ele entende as subdivisões como ninguém".
Ouça "The Dance Between Extremes", o novo álbum do Ego Kill Talent, na playlist de YouTube a seguir ou em outras plataformas digitais.
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