Roger Waters, ex-Pink Floyd, conta como relação com Gilmour e Wright era tóxica
Por Igor Miranda
Postado em 14 de setembro de 2021
O vocalista e baixista Roger Waters deixou o Pink Floyd, em 1985, numa situação de conflito extremo com seus ex-colegas. A briga era, especialmente, com o guitarrista e também cantor David Gilmour e com o tecladista Richard Wright, falecido em 2008.
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Em entrevista ao podcast de Marc Maron, com transcrição via Ultimate Guitar, Waters relembrou os aspectos que transformavam, em sua visão, a relação entre ele e seus ex-colegas de Pink Floyd em algo "tóxico". O músico sempre se refere a Gilmour e Wright, sem críticas ao baterista Nick Mason, que completava a formação.
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O tópico começou a ser discutido após Roger afirmar que sempre se sentia "insignificante e um tanto inepto" para trabalhar com a parte musical de uma banda. Ao longo dos anos, ele sempre esteve mais ligado ao desenvolvimento das letras, dos conceitos e das melodias iniciais das canções, sem envolver-se tanto com a parte instrumental ou de arranjos.
"A coisa musical... sempre me senti insignificante e um tanto inepto para fazer isso. Mais recentemente, ao longo dos anos, percebi que, na verdade, tenho um cérebro musical bastante sofisticado e que entendo muitas coisas que as outras pessoas não notam", afirmou.
O entrevistador, então, perguntou o que fez Waters perceber isso. "Acho que sair do Pink Floyd", respondeu. "Estou falando sério, acho que foi muito importante ter saído naquele momento", completou.
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O músico declarou, então, que a banda oferecia a ele "um ambiente muito tóxico", devido às presenças de David Gilmour e Richard Wright. "Estava em um ambiente muito tóxico, onde estava perto de algumas pessoas... bem, David e Rick, principalmente, estavam sempre tentando me colocar para baixo. Estavam sempre tentando me derrubar", disse.
E como eles faziam isso? Roger explicou: "Eles alegavam que eu não tinha ouvido musical, que não entendia de música. 'Oh, ele é apenas um professor chato que nos diz o que fazer, mas não consegue afinar seu próprio instrumento'. Eles eram muito arrogantes porque sentiam que eram muito insignificantes, eu acho".
Sem desprezar, mas reconhecer visão
Ainda durante a conversa, Roger Waters deixou claro que não tem o intuito de menosprezar o trabalho feito ao lado dos integrantes do Pink Floyd. O músico reconhece que a banda era muito boa.
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"Não os estou desprezando. Aqueles anos em que estivemos juntos, independente de como éramos socialmente... não há dúvida de que fizemos um trabalho realmente bom juntos", afirmou.
O apresentador do podcast, então, complementou: "E todos vocês compartilharam a visão". Roger tratou de corrigi-lo: "Não compartilhamos a visão, mas compartilhamos o trabalho".
Por fim, o entrevistador perguntou: "Foi a sua visão, a maior parte?". Waters respondeu: "Eu não diria isso. Mas, sim, era".
A entrevista completa, em inglês e sem legendas, pode ser conferida no player a seguir.
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