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A música do Led Zeppelin que mudou completamente a vida de Charles Gavin, do Titãs

Por Bruce William
Postado em 06 de maio de 2022

Durante conversa com Clemente Magalhães, do podcast Corredor 5, o ex-Titãs e produtor musical Charles Gavin revela a importância do Led Zeppelin em sua carreira. Veja a seguir alguns trechos transcritos e adaptados.

"A música chega lá pelos treze, catorze anos" começa Charles, explicando ser natural de São Paulo e nascido no dia 09 de julho de 1960. "E ela chega na minha vida como um grande portal, um meio de expressão, foi um processo absolutamente natural. Eu tive música dentro de casa como qualquer família da classe média brasileira, mas era de uma forma muito descompromissada, como entretenimento.

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Charles conta que no colégio onde estudou - "E sou aluno de escola pública, me considero um dos últimos brasileiros que teve um ensino público de qualidade" - havia uma programação cultural muito intensa, com dois festivais de música e dois de teatro por ano. "Então junta esse caldo cultural em que temos festivais de música autoral e festivais só pra você participar, junto com bailinhos de colégio nos finais de semana, então foi se formando um quadro muito interessante pra mim".

Mas daí acontece algo que muda completamente sua vida: "Eu fui capturado pela música em uma situação muito sui generis. Isso aconteceu num parque de diversões no balneário de São Paulo em uma cidade chamada Caraguatatuba, onde minha família sempre alugava uma casa pra gente passar as férias, e em 1975, se não me engano, estávamos num parque de diversões, era durante a semana, não tinha quase ninguém por lá".

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Prossegue Charles: "E existia um serviço de alto falantes, o DJ - aliás, a figura do DJ sempre foi muito importante, pois ele é um curador, hoje reconhecidamente, naquela época nem tanto. Então vamos a 1975: numa dessas escolhas deste DJ - não sei quem é essa alma santa - ele colocou uma música que me tocou profundamente, e me tirou do centro, me desestabilizou, como gosta de dizer Tom Zé".

Charles Gavin conta que estava com 14 pra 15 anos de idade quando isso aconteceu. "Eu estava até ali seguro no meu centro gravitacional. Quando ouvi essa gravação eu me senti totalmente desequilibrado, no bom sentido, aquilo me tirou do meu centro, me desorientou, e eu procurei o serviço de alto-falantes pra saber quem era, não consegui, não consegui achar, e fiquei com aquele trecho de música na minha cabeça. Então voltei para São Paulo com a missão de descobrir quem eu tinha ouvido. Eu já conhecia o repertório dos bailinhos, frequentava com meus amigos, jogava bola, era o que a gente queria fazer na época, estudar Direito, jogar futebol e frequentar os bailinhos no final de semana, já com um ambiente cultural de música brasileira e música estrangeira muito forte".

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Charles Gavin explica como o Led Zeppelin arranjou a música de forma tão brilhante

Ele conta que aquilo virou uma obsessão, algumas pessoas até "chutavam" o que poderia ser, mas nada de encontrar. Até que um dia um cara tocou num baile, eu fui correndo pro DJ, era um baile caseiro, e era a faixa que abre o quarto disco do Led Zeppelin de 1971, e a faixa era a 'Black Dog'".

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Charles Gavin explica que "Black Dog" do Led Zeppelin é uma faixa muito interessante e ele teoriza o motivo pela qual ele foi tão cativado pela canção, já que naquela época ele ainda não tinha nenhum equipamento artístico, não tinha maturidade suficiente para perceber que o baixo era incrível, coisas que ele só foi desenvolver anos mais tarde. "Eu acho que essa faixa, o jeito que ela foi arranjada pelo Led Zeppelin, as pausas - isso é interessante na música, a banda toca e para de tocar, o Led sai tocando e para de tocar, depois tem um momento de música contínua, mas basicamente a parada da bateria, a parada da banda, só fica a voz falando, de alguma forma isso me chamou a atenção, eu não tinha equipamento artístico para avaliar o extraordinário baterista que estava lá, o extraordinário guitarrista que estava lá, enfim, eu acho que essa sonoridade, de alguma forma, provocou um desequilíbrio aqui dentro deste cérebro".

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"Em função disso", prossegue, "ela despertou, ela semeou alguma coisa ali naquele momento que foi crescendo, crescendo, germinando, o interesse por música foi se multiplicando, a partir daquele momento eu reconheci que a música era um grande meio de expressão, e uma coisa se encaixou na outra, fui prestar mais atenção nas bandas do colégio, no pessoal mais velho do colégio". Charles conta que, na escola, os caras mais velhos se destacavam no esporte ou na música - alguns em ambos - e muitos faziam isso pra aparecer. "Que é o que muitas bandas falam, entrei nisso pra aparecer", diz Charles entre risos.

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Este trecho está logo no começo do vídeo abaixo, que traz toda a conversa de Charles Gavin com Clemente Magalhães para o podcast Corredor 5.

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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