Escritor alfineta proibição de biografias: "Queen nunca foi tão popular como hoje"
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de junho de 2022
A produção de filmes, documentários e biografias de artistas que á faleceram é importante para manter vivo seu legado e reavivar sua obra para as novas gerações. Essa é a opinião de André Barcinski, biógrafo de personalidades como Zé do Caixão e Nelson Ned.
Em entrevista ao canal Inteligência Ltda, o escritor explicou que no Brasil, infelizmente, os herdeiros não costumam facilitar a vida de quem deseja realizar esse tipo de homenagem. No exterior, por outro lado, filmes como o "Bohemian Rhapsody", baseado na história do Queen, fizeram com que a banda ficasse mais popular do que nunca.
"Existem famílias e herdeiros que resolvem atrapalhar quando alguém quer fazer uma biografia sobre uma personalidade. A do Nelson Gonçalves e Garrincha, por exemplo, atrapalham. Isso é uma burrice tão grande, porque quando você tem alguém de qualidade, um profissional bom interessado em fazer algo sobre sua família, você deixa isso sair, porque sua marca vai ser valorizada. No caso dos filhos da Elis Regina, eles têm uma cabeça mais aberta. Sabem que a mãe foi genial, mas que teve seus problemas. São essas pessoas que não são certinhas que dão as melhores biografias. Imagina fazer uma biografia do Kaká! Nada acontece! O que interessa não é o sensacionalismo, mas ver a humanidade. O Queen nunca foi tão popular quanto é hoje. O Fred Mercury está morto já tem 30 anos! É absurdo o que o filme deles fez pela banda. No Brasil, então, temos problemas sérios com arquivos e herdeiros. Tem muito projeto que estão tentando fazer, mas não rola. Já viu algo sobre o Secos & Molhados, Novos Baianos? Um briga com o outro, outro não quer, pede muita grana. É complicado", afirmou.
Confira o episódio completo aqui.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps