Aos 84, pioneiro do glam rock do Brasil diz que Agnaldo Timóteo fez "1º disco gay do Brasil"
Por Gustavo Maiato
Postado em 13 de outubro de 2022
"Gostaria eu que o público de hoje aplaudisse a mim também. Não porque fui pioneiro, porque fui eu o primeiro a dar a cara a tapa ou por respeito à minha idade, mas por meu valor artístico", explicou o músico.
Juazeiro Edivaldo Souza, mais conhecido pelo nome artístico Edy Star, é considerado o pioneiro do glam rock do Brasil. Seu disco "Sweet Edy", de 1974, trouxe influências do rock inglês e entregou hits como "Claustrofobia" e "O Conteúdo".
Hoje com 84 anos, o baiano Edy Star concedeu entrevista ao jornal O Globo e falou sobre seu pioneirismo no movimento gay brasileiro. "Gostaria eu que o público de hoje aplaudisse a mim também. Não porque fui pioneiro, porque fui eu o primeiro a dar a cara a tapa ou por respeito à minha idade, mas por meu valor artístico", explicou o músico.
Edy está lançando o livro "Diário de um invertido: escritos líricos, aflitos e despudorados (Salvador, 1956 –1963)" e refletiu sobre os tempos em que trabalhou em cabarés cariocas e contribuiu para o estabelecimento da cultura gay dentro do rock nacional.
"O primeiro disco gay quem gravou foi Agnaldo Timóteo, o ‘Galeria do amor’ (de 1975). Ficamos amigos da vida toda, pouco antes de ele morrer (em abril do ano passado, aos 84) passamos uma tarde conversando", disse. Já para o cantor e amigo Zeca Baleiro, Edy foi um "estandarte da liberdade sexual dos anos 1970" junto com Ney Matogrosso.
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