Geddy Lee sobre religião: "Sou um judeu ateu, se é que isso é possível"
Por André Garcia
Postado em 02 de janeiro de 2024
Religião é um tema que sempre esteve presente nas letras escritas por Neil Peart no Rush. "2112" (1976) é possivelmente seu álbum que aborda o tema de maneira mais direta, em uma ficção científica onde o herói busca se libertar da tirania de um governo totalitário fundamentalista.
O trio canadense sempre fez uma linha mais cética do que metafísica. Conforme publicado pelo Fã-Clube Rush Brasil, em entrevista de 2009 para a revista judaica Heeb, Geddy Lee disse se considerar um "judeu ateu".
"Me considero judeu como pessoa, mas nem tanto como religião. Não sou muito ligado em religião. Sou um judeu ateu, se é que isso é possível... Celebro as datas no sentido de que minha família se reúne, e gosto de fazer parte disso. Então contemplo o aspecto da 'comunhão'."
Sobre como sua origem judaica influenciou sua carreira musical, ele respondeu: "Cresci sentindo a alienação que muitos garotos sentem. Eu não era uma criança lá muito sociável, que gera uma sensação de que você é alguém que sempre ficará de fora. Passei muito tempo vivendo dentro da minha própria cabeça, e nossa música está cheia desse tipo de histórias. O que me conforta é saber que não sou o único que sentiu essa alienação, e temos fãs que se confortam da mesma maneira com que nos confortamos com nossa própria música."
Geddy Lee é filho de pai e mãe judeus, Morris Weinrib e Manya Rubinstein. Poloneses, durante a Segunda Guerra Mundial eles sobreviveram ao mais temido campo de concentração: o Auschwitz. Após o fim da Guerra, eles se casaram e imigraram para o Canadá, onde tiveram Geddy e mais um casal de filhos.
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