Bruce Dickinson tem a solução para o problema do Spotify, mas ele sabe que não vai rolar
Por Bruce William
Postado em 21 de fevereiro de 2024
Uma das principais plataformas de streaming de música, o Spotify tem sido alvo de críticas por parte de alguns músicos em relação aos valores pagos pelos streams. A principal queixa é que, embora o serviço proporcione acesso fácil e amplo à música, os pagamentos recebidos pelos artistas por reproduções individuais são relativamente baixos, pois a estrutura de remuneração do Spotify é baseada no modelo "por stream", o que significa que os músicos recebem uma fração de centavo por cada reprodução de uma de suas músicas.
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Muitos artistas, especialmente os independentes ou menos conhecidos, argumentam que esses pagamentos são insuficientes para sustentar uma carreira musical. Isso é particularmente evidente quando comparado aos rendimentos que os artistas podem obter por meio de vendas físicas de álbuns ou downloads digitais.
De seu lado, o Spotify defende a ideia de que seu modelo de negócios é projetado para gerar receita constante ao longo do tempo, à medida que as músicas são reproduzidas repetidamente. Além disso, a plataforma argumenta que, ao oferecer um amplo alcance, ela ajuda os artistas a alcançar novos públicos e, consequentemente, aumentar suas oportunidades de receita por meio de outros canais, como turnês, merchandising e reconhecimento geral.
O debate sobre a remuneração justa na era do streaming reflete os desafios em conciliar o acesso fácil à música para os ouvintes com a necessidade de garantir que os artistas sejam justamente compensados pelo seu trabalho criativo. E o que Bruce Dickinson tem a dizer sobre o assunto? Vamos ver o que ele disse durante uma entrevista coletiva transcrita pelo site Igor Miranda.
"Acho que é uma situação em que todos perdem. Spotify e plataformas do tipo, basicamente, roubam os músicos, pagando-lhes quase nada por seu trabalho", diz Bruce. "Os músicos não conseguem ganhar dinheiro. Novas bandas dificilmente podem se dar ao luxo de começar. Mesmo assim, elas começam. Por quê? Porque eles amam o que fazem. É isso que os move. É isso que os motiva".
Bruce acredita que existe uma forma de melhorar o serviço, mas acha que a maioria das pessoas não concordaria com a ideia: "Se os serviços de streaming conseguissem pagar as pessoas adequadamente, provavelmente significaria que as pessoas que ouvem têm que pagar mais. Eu francamente não me oponho. Não acho que provavelmente a maioria dos ouvintes aceitaria, talvez menos pessoas ouviriam, mas seriam pessoas que se importam, não pessoas que ouvem música porque é barato", finaliza.
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