O disco em que o Angra se distanciou do "Metal Espadinha", segundo Rafael Bittencourt
Por Mateus Ribeiro
Postado em 06 de março de 2024
O músico brasileiro Rafael Bittencourt, guitarrista e membro fundador da banda de Power Metal Angra, foi entrevistado por Manoel Santos, apresentador do programa IbagensCast. Durante a conversa, que foi ao ar na última segunda-feira (4 de março), Rafael falou sobre o terceiro disco do Angra, "Fireworks".
Angra - Mais Novidades
"O nome ‘Fireworks’, que são os’ trabalhos de fogo’, esse nome quem deu foi o Confessori [Ricardo, baterista]. A maioria dos álbuns eu que batizei. ‘Angels Cry’, ‘Holy Land’. ‘Fireworks’ foi o Confessori. E aí veio a calhar, porque a grande verdade é que esse conceito de contrastar sempre existiu. Então, no ‘Holy Land’ a gente queria contrastar com o ‘Angels Cry’. No ‘Fireworks’ a gente queria contrastar com os dois anteriores. E o Angra tava caindo num circuito muito Metal Espadinha", afirmou Rafael, que deu mais detalhes sobre o álbum que é o sucessor de "Holy Land".
"Pintou um monte de gente fazendo [Power Metal], o próprio Rhapsody, o Stratovarius, o próprio (...) o Blind Guardian, que apesar de não ser um Metal Espadinha tinha toda uma estética, as capas e tal um, pouco ‘Senhor dos Anéis’. E a gente queria sair disso. Hoje eu questiono essa decisão, tá? Não acho que foi prudente. Mas a gente não tava tão sintonizado como banda, tava cada um olhando diferente o mundo.
Basicamente, o ‘Fireworks’ é uma homenagem às nossas próprias referências. O conceito do ‘Fireworks’ é uma homenagem às bandas que nos influenciaram. O Led Zeppelin, o Black Sabbath, o Deep Purple, o Rush, o próprio Iron Maiden (‘Metal Icarus’, né?). Então, basicamente o ‘Fireworks’ é uma homenagem nossa que não tem nada a ver com o conceito original de fazer uma coisa brasileira com música clássica, nada disso.
Foi um álbum mais livre, que poderia ter sido lançado quase como um EP, né? Poderia ter sido uma coisa assim: ‘Oh, isso aqui não é um álbum, é uma experiência fora do nosso caminho, fora do conceito original’’. Tanto que no ‘Rebirth’ a gente já voltou direto com o conceito original: anjos, Power Metal, Prog", complementou Rafael.
Para conferir a entrevista completa, acesse o player a seguir. Rafael fala sobre "Fireworks" por volta dos 50 minutos.
"Fireworks" foi lançado em 14 de julho de 1998 e apresenta músicas interessantes, como "Wings Of Reality", "Metal Icarus", "Speed" e a balada "Lisbon". O álbum foi o último registro do grupo gravado pelo vocalista Andre Matos e pelo baixista Luis Mariutti, que fundaram o Shaman em 2000. O baterista Ricardo Confessori também saiu do Angra após "Fireworks", porém, retornou na década seguinte e gravou "Aqua" (trabalho lançado em 2010).
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Kiss libera detalhes da edição deluxe do clássico "Alive!"
Megadeth confirma show extra no Chile e praticamente mata esperança de nova data no Brasil
Robert Plant conta como levou influência de J. R. R. Tolkien ao Led Zeppelin
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes

Angra: a diferença entre "Fireworks" e "Rebirth", segundo Rafael Bittencourt
"Todo mundo está tentando sobreviver": vídeo viral defende Angraverso e cutuca fã saudosista
Rafael Bittencourt conta tudo: confira entrevista exclusiva ao Whiplash.Net
Como político Arthur do Val aprendeu a tocar "Rebirth", do Angra, segundo o próprio
As 10 bandas favoritas do metal brasileiro no Metal Storm
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
A música sobre melancia e infância que fez Ricardo Confessori voltar ao Angra
A música cantada por Andre Matos que Edu Falaschi acha uma das mais lindas da história
Produtor que vive nos EUA explica como Angra e Sepultura são percebidos por americanos


