Como a perda precoce do pai fez Max Cavalera entrar de cabeça no Metal
Por Mateus Ribeiro
Postado em 16 de novembro de 2024
Massimiliano Antonio Cavalera é um dos maiores ícones da história do Metal mundial. Mais conhecido como Max Cavalera, o rapaz em questão é membro fundador do Sepultura, grupo que integrou por mais de uma década, entre os anos 1980 e 1990. Ao longo desse período, gravou discos marcantes e influentes, como "Arise" (1991) e "Roots" (1996).
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Depois que saiu do Sepultura, Max fundou o Soulfly, que até hoje é seu principal projeto. O criativo guitarrista/vocalista também faz parte das bandas Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed, Go Ahead and Die e Nailbomb.
O início da trajetória de Max no mundo do Metal passa por uma tragédia familiar que o atingiu em 1979, quando ele era uma criança: a morte de seu pai, Graziano. O lendário músico relembrou essa triste história em entrevista concedida à Metal Hammer.
"Isso afetou tudo o que eu fiz, e ainda afeta. É preciso entender o que isso fez com minha família. Meu pai tinha 41 anos, com boa saúde. Nunca bebeu ou fumou... simplesmente morreu um dia. Sem nenhum aviso. Por causa de sua idade, ele nunca deixou um testamento, então minha mãe, meu irmão, minha irmã [Kira] e eu quase fomos deixados na rua. Acabamos morando nos fundos da casa da minha avó em Belo Horizonte. Tínhamos um quarto e dividíamos o banheiro com outras pessoas. Com exceção de Kira, todos nós tivemos que sair e conseguir empregos assim que pudemos, apenas para nos mantermos vivos."
Obviamente, a morte de Graziano entristeceu Max. Por outro lado, a perda fez o jovem garoto entrar de cabeça no universo da música pesada.
"Lembro-me de que ele costumava voltar da embaixada [onde trabalhava], trancar-se em seu quarto e ouvir música por três horas. Nunca entendi o motivo, embora hoje em dia eu faça a mesma coisa. Mas depois que ele morreu, Iggor [Cavalera, baterista] e eu ficamos frustrados, com raiva e irritados com o mundo. Odiávamos o fato de não termos nada, enquanto havia tantos outros que pareciam ter tudo. Fomos expulsos de três escolas, porque simplesmente não conseguíamos nos acomodar. Foi quando descobrimos o punk e o metal, porque refletiam como nos sentíamos na época."
Alguns anos após a morte de seu pai, Max fundou sua primeira banda, e desde então nunca mais parou de fazer música. A obra mais recente que conta com sua colaboração é a releitura de "Schizophrenia" (segundo álbum do Sepultura), lançada em junho de 2024.
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