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Bangers Open Air

A canção do Led Zeppelin que ajudou a moldar a sonoridade do Ramones

Por Bruce William
Postado em 04 de fevereiro de 2025

O Led Zeppelin sempre foi associado ao rock grandioso e virtuoso, mas nem todas as suas músicas seguiam essa fórmula. No primeiro álbum da banda, lançado em 1969, havia faixas mais diretas e aceleradas, como "Communication Breakdown", que destoava da abordagem mais elaborada que o grupo adotaria em trabalhos posteriores.

A sonoridade agressiva da faixa chamou atenção no cenário punk anos depois. Johnny Ramone, guitarrista do Ramones, encontrou em "Communication Breakdown" uma referência direta para o estilo de tocar que definiria o som de sua banda. "Um dia, comecei a tocar 'Communication Breakdown' do Led Zeppelin, e o Johnny ficou impressionado", contou Mickey Leigh, irmão de Joey Ramone, no livro "Eu dormi com Joey Ramone: Memórias de uma família punk rock" (Amazon). "Ele disse: 'Você sabe sobre DownStrokes, né? É assim que o rock & roll deve ser tocado. Tudo deve ser um DownStroke'."

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Foto: Reprodução
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A técnica mencionada por Johnny, também conhecida como DownPicking, e que consiste em tocar as cordas sempre para baixo sem alternar a palhetada, se tornou um dos pilares do som dos Ramones. Diferente do hard rock e do blues, que normalmente utilizam palhetadas alternadas, essa abordagem criou um som mais acelerado e contínuo, algo que Jimmy Page já havia experimentado em "Communication Breakdown". O próprio Marky Ramone confirmou a influência em entrevista ao Misunderrated: "Sim, Johnny adorava Jimmy Page e gostava de 'Communication Breakdown'. Mesmo não sendo um guitarrista solo, ele se identificava com essas músicas porque são baseadas no ritmo."

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Enquanto alguns punks britânicos rejeitavam o Led Zeppelin por representar o rock excessivo dos anos 70, músicos da cena punk americana absorveram sua influência sem preconceitos. Andy Shernoff, dos Dictators, chegou a dizer no livro "Hey Ho Let's Go: The Story of the Ramones" (sem edição em português) que o "Never Mind the Bollocks", dos Sex Pistols, e "Paranoid", do Black Sabbath, também serviram como bases para o som dos Ramones, assim como "Communication Breakdown."

Jimmy Page, por sua vez, reconhecia que a faixa tinha uma energia diferente dentro do repertório do Zeppelin. Em "Luz e sombra: Conversas com Jimmy Page" (Amazon), ele explicou: "Acho que sentimos na época que 'Communication Breakdown' e 'Dazed and Confused' eram as músicas que mais representavam o que a banda era." Já John Paul Jones destacou a agressividade da performance ao vivo da banda no BBC Sessions: "Estávamos muito jovens e cheios de confiança. Queríamos aproveitar ao máximo cada oportunidade que tínhamos."

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Mesmo que alguns nomes do punk tenham rejeitado a influência do Zeppelin, como Paul Simonon, do The Clash, que chegou a dizer que só de olhar para um disco da banda já sentia vontade de vomitar, a conexão entre "Communication Breakdown" e o punk é inegável. O próprio Rat Scabies, do The Damned, admitiu: "Não gostava das músicas longas, mas eles tinham riffs curtos e diretos que tinham uma energia muito boa. Em 1975, podíamos até admitir que 'Communication Breakdown' tinha energia punk."

A rejeição ao Led Zeppelin por parte do punk britânico era, em muitos casos, uma questão mais ideológica do que musical. O próprio Johnny Ramone, mesmo abraçando a sonoridade de Page, mantinha uma postura rígida sobre como o rock deveria soar. "Bandas hoje não sabem o que é preciso para ser grande. Quando eu era jovem, ver o Led Zeppelin no palco era algo que te fazia pensar: 'Esses caras são muito mais legais que a gente.'"

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No fim das contas, enquanto a atitude e a estética do punk divergiam do rock virtuoso dos anos 70, a base sonora de algumas bandas punks vinha justamente do que músicos como Jimmy Page criaram anos antes. Sem "Communication Breakdown", o som dos Ramones poderia ter sido bem diferente.

Com informações do CheatSheet e do Don't Forget The Songs 365.

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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