O estilo musical com que Alex Lifeson não consegue lidar; "não tenho muito respeito por ele"

Com quase cinco décadas de carreira, Alex Lifeson se consagrou como guitarrista do Rush explorando os limites da música progressiva e do rock tocado de forma técnica. Hoje, após a dissolução da banda e a morte do baterista Neil Peart em 2020, ele segue em projetos paralelos como o Envy of None, e evita ao máximo acompanhar o que anda fazendo sucesso por aí.

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Durante conversa com a AllMusic, Lifeson admitiu que não tem mais interesse em buscar novidades. "Não estou dizendo que não há música boa por aí. Há sim. Só não tenho mais interesse em procurar. Aqueles dias em que eu ia até a loja de discos, comprava um álbum e ouvia tudo com atenção acabaram para mim."

Em vez disso, o músico revelou que prefere escutar suas próprias gravações caseiras. "Tenho pilhas de material que gravo para uso pessoal. Quando fazemos um jantar aqui em casa, deixo essas faixas rolando no fundo. Ninguém sabe quem é, mas soa agradável."

Quando o assunto é música pop, porém, Lifeson foi direto e não economizou nas palavras: "Música moderna, música pop, todo esse tipo de coisa... eu realmente não suporto. É só sobre dançar e pular. E, sendo honesto, eu não tenho muito respeito por isso."

A exceção mais recente foi a banda italiana Måneskin. "Ouvi uma banda na semana passada chamada Måneskin. Eles são italianos. Incríveis. Soaram muito, muito bem", comentou, demonstrando que, mesmo sem procurar, ainda é possível se surpreender com novidades.

Apesar da crítica ao pop, Lifeson não considera que a música atual esteja em crise. Ele apenas vê essa fase como parte natural do envelhecimento. "Eu faço o que faço. Não estou mais atrás de novas bandas como antes. Prefiro focar na música que crio."