Anthony Kiedis relembra o que fez com que ele se viciasse em heroína nos anos 80
Por André Garcia
Postado em 05 de março de 2025
Os Beatles foram responsáveis por trazer muita coisa boa para a música, mas, é fato que eles também foram os responsáveis pela cultura das drogas terem se tornado uma parte quase que indissociável do rock até hoje.
Eles, que experimentaram a maconha em 1964 e LSD no ano seguinte, foram os grandes responsáveis por milhares de pessoas também experimentarem, o que resultou no movimento hippie. Aquilo surgiu movido por nobres ideais de paz e amor, pela abertura das portas da percepção; mas pouco depois naufragou justamente por ter se afundado na alienação das drogas.
Se na década de 60 a coisa ainda tinha um viés de experimentação e recreação, nos anos 70 a coisa ficou pesada com a cocaína e a heroína tomando conta. A década que já começou com a morte de Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison por conta de seus abusos químicos, teve uma lista extensa de outros promissores nomes mortos por overdose. Lista essa que só foi crescendo nas décadas seguintes.
Red Hot Chili Peppers - + Novidades

Uma das muitas bandas que já perdeu integrante para as drogas foi o Red Hot Chili Peppers, cujo guitarrista fundador Hillel Slovak morreu de overdose de heroína em 1988.
O vocalista Anthony Kiedis desde muito cedo entrou no mundo das drogas pesadas também, mas felizmente foi capaz de parar antes que elas custassem sua vida. Em entrevista para Joe Rogan ele relembrou:
"O narcótico que mais fazia minha cabeça eu diria que era a mistura de heroína e cocaína. Eu provavelmente comecei com a cocaína um pouco antes da heroína, mas os dois foram mais ou menos na mesma época, bem moleque ainda."
"Aquilo não tinha nada a ver com o rock n roll. Era mais uma coisa que estava rolando muito ao meu redor, no meu meio, e era algo empolgante e perigoso. Todo mundo tinha medo daquilo, sabe? Você ficava pensando 'Só de falar essa palavra já assusta as pessoas'. Mas também aquilo era uma forma de me desligar."
"Só que eu era do mesmo jeito que alguém que vai para o bar e toma umas e não consegue parar. É uma reação alérgica, a sensação de ter descoberto uma substância que é o seu remédio. Eu tinha essa reação. Eu me sentia completo quando ingeria aquelas coisas… até o dia em que aquilo começou a cobrar seu preço. Quando o assunto é droga não tem escapatória: aqui se faz, aqui se paga. E é um preço terrível que você tem que pagar depois."
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