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Manifesto 2025

O disco que mudou a visão de Caetano Veloso sobre o rock brasileiro nos anos 80

Por Bruce William
Postado em 15 de maio de 2025

Durante os anos 80, o cenário do rock brasileiro ganhou força e espaço, mas isso não bastava para convencer Caetano Veloso de que algo realmente novo e significativo estava acontecendo. Segundo ele, havia uma entressafra no ar, com muita tentativa de imitar o som internacional e pouco frescor criativo. "Eu achava meio chato este ambiente de entressafra, meio pop; de, no Brasil, as pessoas apenas tentarem uma produção que pareça internacional", disse em entrevista à Bizz nº 54, de janeiro de 1990.

Foto: Fernando Young
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Foi nesse contexto que o primeiro disco do Barão Vermelho chamou sua atenção. Caetano o descreveu como um marco inesperado: "Quando chegou o primeiro disco do Barão Vermelho achei um talismã, deslumbrante. A produção é linda, foi um sopro de ar puro no meio destes problemas." A partir dali, passou a acompanhar com mais interesse o que surgia, e encontrou, enfim, sinais de renovação verdadeira.

Em entrevista anterior à mesma revista, publicada em novembro de 1986, ele já havia apontado essa guinada. "Fiquei atento a isso como uma coisa saudável. Eu estava sedento disso", afirmou. Caetano se empolgou especialmente com a espontaneidade dos Paralamas do Sucesso: "É lindo, é comovente." Também destacou a evolução dos Titãs e citou nomes como Marina e Lulu Santos entre os que lhe despertavam interesse. "Ficou um ambiente menos careta aqui no Brasil, e são pessoas interessantes."

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Mesmo assim, ele nunca se identificou com o formato de performance típico do rock. "Eu não procuraria fazer um verdadeiro show de rock'n'roll porque não é a minha base estética e, depois, também não é o meu caso, uma pletora de energia física." Segundo ele, esse tipo de presença cênica está mais ligada a um excesso de energia juvenil que não o representa, especialmente quando transportado para um contexto brasileiro. "Não é um carinha, um frango de macumba, chegar no palco no Brasil e fingir que está esbanjando energia, não é isso..."

Na entrevista de 1986, Caetano também refletiu sobre as diferenças entre o rock brasileiro e o de outros países. Para ele, bandas da França, Espanha e Argentina muitas vezes soavam mais inglesas do que os próprios ingleses. Já no Brasil, havia algo distinto: "Nós somos diferentes. Nós somos selvagens." Ao mesmo tempo, lamentava: "O Brasil não soube se fazer politicamente. Mas culturalmente, é riquíssimo."

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Apesar das reservas, sua análise nunca foi cínica. Pelo contrário — via ali uma brecha crítica, uma possibilidade estética e política. "Eu gosto muito da ideia de 'O Rock Errou'. A ideia é linda. É uma coisa de identidade nacional, uma coisa crítica que tem qualidade técnica. Fosse o português uma língua conhecida no mundo, seria uma brecha crítica de importância para o rock no mundo todo."

Para Caetano, o disco do Barão Vermelho representou um ponto de inflexão. Ele revelou que o rock brasileiro dos anos 80 não precisava ser apenas uma tentativa de cópia: podia ter invenção, espontaneidade e, sobretudo, um sentido de verdade.

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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