Por que Keith Richards se recusou a ouvir os discos de alguém vital para os Rolling Stones
Por Bruce William
Postado em 10 de junho de 2025
Keith Richards sempre teve apreço pelo bom e velho rock de raiz. Blues, country, riffs secos e diretos — esse é o território onde ele se sente em casa. E mesmo com décadas de estrada ao lado dos Rolling Stones, nunca escondeu que nem tudo que gravaram, especialmente nos anos 1980, o agradava. Mas o que ele definitivamente não fez foi dar uma chance aos discos solo de Mick Jagger.
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A relação entre Richards e Jagger é conhecida por suas tensões, apesar da parceria musical lendária. Quando os Stones começaram a flertar com o disco e o pop radiofônico, Jagger era quem puxava o grupo para esse lado. Richards, por sua vez, torcia o nariz. Quando Jagger resolveu lançar álbuns solo, tentando se adaptar às novas tendências, Keith não apenas não aprovou — ele sequer ouviu.

"Eu só fiz meus discos porque ele não estava trabalhando com a gente", explicou Richards certa vez. Sobre os projetos de Jagger, foi direto: "Tinha a ver com ego. Ele realmente não tinha nada a dizer. O que ele fez, dois álbuns? Nunca ouvi. Deixo por isso mesmo." Richards ainda completou: "Pra mim, nunca se tratou de fazer discos pra ficar famoso ou mandar algum recado."
O incômodo era evidente, ressalta a Far Out: boa parte das ideias que Jagger estava desenvolvendo em carreira solo poderiam muito bem ter sido usadas em álbuns dos Stones. Para Richards, o vocalista parecia mais preocupado em seguir modismos do que fortalecer a banda. E, francamente, vê-lo em duetos como "Dancing in the Street" com David Bowie só reforçava essa impressão.

Enquanto Jagger testava caminhos mais comerciais, Richards se manteve fiel à sua essência — e talvez por isso ele nunca tenha sentido falta de apertar o play nos álbuns do colega. Pra ele, se não tinha alma, não valia nem o risco de ouvir.
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