O riff do Led Zeppelin que sempre esculpirá um sorriso no rosto de Jimmy Page
Por Bruce William
Postado em 01 de junho de 2025
A discografia do Led Zeppelin é cheia de riffs que moldaram o rock dos anos 1970. Alguns são complexos e desafiadores, outros se destacam justamente pela simplicidade. Mas entre todos, há um em especial que Jimmy Page ainda considera único — um riff que, mesmo décadas depois, continua trazendo à tona aquela sensação de novidade. Segundo o próprio guitarrista, ele ainda arranca sorrisos toda vez que alguém o toca.
Trata-se de "Whole Lotta Love". Lançada em 1969, a faixa abre o segundo disco do Zeppelin e é uma das mais reconhecíveis do catálogo da banda. O riff tem uma estrutura básica e direta, construída sobre acordes simples, mas com timbre e intenção tão marcantes que o resultado parece sempre novo. "Era claro que seria a música que todos iriam atrás, porque o riff era tão fresco — e ainda é", disse Page à Total Guitar, em fala resgatada pela Far Out. "Quando alguém toca esse riff, ele traz um sorriso ao rosto das pessoas. É algo realmente positivo."


Apesar da aparência simples, a música cresce muito além do riff. O trecho experimental no meio da faixa, com sons espaciais, ecos e improvisos, quase foi cortado. Mas Page insistiu: "Eu sabia que não haveria cortes. Insisti para manterem a seção do meio. Eles não gostaram, mas tiveram que fazer." A inclusão desse trecho abriu caminho para que o Zeppelin explorasse cada vez mais seções livres, longas e progressivas em músicas futuras.

Esse momento marcou também uma mudança no modo como Page pensava os arranjos. Ele passou a ver o riff não apenas como ponto de partida, mas como motor para uma estrutura mais ampla. "Se você continuar esticando os trechos, aumentando os números", comentou, "pode levar a música para outros lugares." E foi justamente isso que o Zeppelin fez ao longo da década seguinte.
O riff de "Whole Lotta Love" entrou para aquele grupo seleto de frases de guitarra que qualquer iniciante tenta reproduzir. Mas para Jimmy Page, o peso dele vai além da popularidade. É um exemplo claro de como a energia bruta, aliada à clareza de intenção, pode transformar uma ideia simples em algo eterno. Décadas depois, essa combinação ainda funciona. E cada vez que alguém solta os primeiros acordes de "Whole Lotta Love", o sorriso de Page vem junto — como se ele mesmo lembrasse: sim, eu sou foda mesmo!

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