Em 1967, para Paul McCartney os Beatles "passariam o bastão" para o Pink Floyd
Por André Garcia
Postado em 11 de março de 2023
O ano de 1967 foi um dos mais emblemáticos da história do rock, em muito graças à ascensão do rock psicodélico. Nos Estados Unidos surgiam bandas como The Doors, Velvet Underground, Jimi Hendrix, Jefferson Airplane e Grateful Dead. Enquanto isso, na Inglaterra, os Beatles elevavam o rock ao status de arte com "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", e o Pink Floyd debutava com seu álbum de estreia "The Piper at the Gates of Dawn". Ambos esses trabalhos foram gravados simultaneamente e em salas vizinhas do estúdio Abbey Road.
Barry Miles, autor da biografia autorizada Many Years From Now, de Paul McCartney, já era amigo do baixista nos anos 60. Conforme publicado pela Cheat Sheet, o escritor, que esteve presente no momento em que as duas bandas se encontraram, relembrou:
"Paul estava dando tapinhas nas costas deles, dizendo que eram ótimos e que iriam se dar bem. Ele não estava puxando saco. Era quase como se os Beatles estivessem passando o bastão — pelo menos por parte dele — e reconhecendo o surgimento de uma nova geração musical. Nas minhas conversas com ele, [Paul] sempre esteve convencido de que haveria um novo estilo de música eletrônica, técnicas de estúdio e rock 'n' roll. Ele não via os Beatles sendo exatamente o veículo ideal para aquilo, mas o Pink Floyd ele acreditava se tratar exatamente daquilo."
"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e "The Piper at the Gates of Dawn" foram amplamente considerados inovadores e revolucionários — uma abordagem experimental e psicodélica da música pop. Enquanto "Sgt. Pepper's..." foi aclamado como um dos maiores álbuns da história da música, "The Piper..." foi elogiado como uma obra-prima do rock psicodélico e uma soberba demonstração da genialidade de Syd Barrett.
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