As duas importantes mortes dentro do universo de Raul Seixas em 2025
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de setembro de 2025
O ano de 2025 marcou a perda de dois nomes fundamentais ligados à trajetória de Raul Seixas. O primeiro foi Edy Star, cantor, compositor, ator e ícone da cultura queer, que morreu no dia 24 de abril, aos 87 anos, em São Paulo. Pouco depois, em 24 de maio, partiu Wilson Aragão, compositor baiano que ajudou a dar vida a um dos clássicos da obra de Raulzito, falecendo em Salvador aos 75 anos.
Conforme conta matéria da CNN, Edy Star foi um dos maiores símbolos da contracultura brasileira. Nascido em Salvador, ele participou do álbum histórico "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10" (1971), gravado ao lado de Raul Seixas, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio. Carregado de irreverência e ousadia, o disco marcou a cena alternativa da época. Sobre sua morte, a assessoria informou que ele sofreu complicações clínicas após um acidente doméstico, com insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda. O comunicado oficial ressaltou que Edy "morreu de forma serena, sem dor, enquanto recebia tratamento médico".

Reconhecido como um dos primeiros artistas brasileiros a desafiar abertamente as normas de gênero e comportamento em palco, Edy deixou também um tributo emocionante a Raul Seixas: um disco intimista e afetuoso dedicado ao amigo, cuja produção vinha sendo articulada via financiamento coletivo. Sua trajetória foi revisitada em filme e biografia, consolidando sua importância cultural para além da música.
Já Wilson Aragão – conforme explica texto assinado pelo G1 – teve a vida e a carreira diretamente ligadas à sua terra natal, Piritiba, e ao cancioneiro popular baiano. Começou cantando em corais, mas guardava suas composições até que amigos o incentivaram a mostrá-las a músicos da época. A guinada veio quando Raul Seixas gravou "Capim Guiné", canção em homenagem a Piritiba. O sucesso projetou Aragão nacionalmente e abriu caminho para shows, entrevistas em rádios e aparições na televisão.
Sua morte ocorreu no Hospital Aristides Maltez, em Salvador, onde lutava contra um câncer no fígado. Ele deixou esposa, três filhos e uma obra que, embora menos extensa que a de outros parceiros de Raul, guarda uma marca indelével. O velório aconteceu em Piritiba, onde também foi sepultado.
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