Jimi Hendrix sobre o que passou em sua cabeça quando ele queimou a guitarra no palco
Por André Garcia
Postado em 07 de novembro de 2025
Em meados de 1966, Jimi Hendrix deixou os Estados Unidos como anônimo para tentar a sorte da Inglaterra como um total desconhecido. Lá, já em seu primeiro show tocou para uma plateia com nomes como Pete Townshend, Jeff Beck, Paul McCartney e Mick Jagger; e já em seu primeiro show se tornou um astro.
No ano seguinte, retornou aos Estados Unidos decidido a conquistar a fama em sua terra natal - e o fez em 18 de julho de 1967 no Monterey Pop Festival, onde fechou o show quebrando e ateando fogo em sua guitarra. Imagem dessa que é não só uma das mais icônicas dos anos 60 ou da história do rock, mas de toda a cultura pop.

Conforme trecho do livro Jimi Hendrix Starting at Zero: His Own Story, publicado pelo The Guardian, o lendário guitarrista relembrou aquela apresentação, e o que se passou em sua cabeça na hora em que destruiu e queimou sua guitarra.
"18 de junho de 1967. Monterey, Califórnia. Paul McCartney era o beatle mais sinistro, o cara incrível que conseguiu para a gente o show no Monterey Pop Festival. Aquilo foi o nosso começo na América. Tudo estava perfeito. Eu disse: 'Uau! Tudo está se encaixando! O que eu vou fazer?' Em outras palavras, eu estava com medo naquela época, quase. Estava com medo de subir ao palco e tocar na frente de toda aquela gente."
"[…] A música me faz ficar empolgado no palco, e essa é a verdade. É quase como ser viciado em música. Veja bem, no palco, eu esqueço de tudo, até mesmo da dor. […] Você não esquece a plateia, mas esquece toda a insegurança, aquele sentimento de 'Oh Deus, estou no palco, o que eu faço agora?' […] Às vezes, preciso até me conter porque fico tão empolgado - não, empolgado não, envolvido."
"Quando eu estava na Grã-Bretanha, costumava pensar na América todos os dias. Sou americano. Eu queria que as pessoas me vissem aqui [nos Estados Unidos]. Também queria ver se poderíamos voltar aqui e fazer sucesso. E conseguimos, cara! […] Eu sentia que estávamos apresentando ao mundo inteiro aquela coisa nova; a melhor, mais adorável novidade. Então, decidi destruir minha guitarra no final da música ['Wild Thing'] como um sacrifício: você sacrifica coisas que ama; eu amo minha guitarra."
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