A reação de Malu Mader e Marcelo Fromer à saída de Arnaldo Antunes dos Titãs
Por Gustavo Maiato
Postado em 02 de novembro de 2025
Quando Arnaldo Antunes anunciou que deixaria os Titãs, o impacto foi devastador dentro e fora da banda. A decisão, tomada entre os álbuns "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" (1991) e "Titanomaquia" (1993), marcou o fim de um ciclo de dez anos de convivência intensa entre os oito integrantes originais - e abalou profundamente os colegas que ficaram.
Segundo o livro "A vida até parece uma festa – Toda a história dos Titãs", de Hérica Marmo e Luiz André Alzer, o vocalista comunicou sua saída em um clima de surpresa total. Ninguém esperava. O grupo, que havia feito um pacto informal de nunca se separar, ouviu em silêncio o discurso de Arnaldo. Alguns tentaram argumentar que a falta de espaço que ele sentia era consequência do isolamento que o próprio cantor havia criado nos últimos anos. Ainda assim, todos respeitaram sua decisão.

No dia seguinte, Arnaldo até hesitou e sugeriu gravar mais um disco antes de se desligar, mas Marcelo Fromer foi direto: "Cara, se você não está a fim de continuar, é melhor sair logo agora". E assim terminou o pacto de fidelidade que mantinha os Titãs unidos desde o início. A partir dali, o grupo teria que se reinventar sem uma de suas vozes mais marcantes.
Os dias que se seguiram foram de mágoa e incerteza. Tony Bellotto ficou abatido, preocupado com o futuro da banda e surpreso com a reação da esposa, a atriz Malu Mader. Segundo o livro, ela tentou disfarçar a tristeza durante o dia, mas à noite desabou: "Eu nunca mais vou ver o Arnaldo cantando 'Comida'?", lamentou.
Marcelo Fromer, conhecido por ser o elo mais agregador entre os Titãs, também sentiu o golpe, embora tentasse lidar com a situação com humor. "Daqui a dez anos ele volta", brincava, numa alusão ao fato de Arnaldo estar saindo exatamente depois de uma década com o grupo.
A saída de Arnaldo Antunes dos Titãs
O compositor e vocalista Arnaldo Antunes deixou os Titãs para buscar maior liberdade artística. Em entrevista ao Canal Brasil, o músico explicou que suas composições já não se encaixavam mais no repertório da banda, onde tudo era decidido coletivamente entre os oito integrantes.
Segundo Arnaldo, o processo criativo nos Titãs exigia consenso e aprovação de todos, o que limitava suas ideias. "Grande parte do que eu produzia não cabia naquele consenso. Então fui migrando para a carreira solo. Eu não ia sair dos Titãs para fazer outra banda de rock - queria marcar uma diferença", afirmou.
Após sua saída, os Titãs seguiram com álbuns importantes como "Domingo" (1995) e "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana" (2001), enquanto Arnaldo construiu uma sólida trajetória solo e participou de projetos como os Tribalistas, ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown.
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