Scorpions: a história por trás da música "Wind of Change"
Por Marcelo Araújo
Fonte: Ogro do Metal
Postado em 23 de junho de 2014
"Wind of Change" foi lançada em 1990 no álbum "Crazy World" e inspirou-se nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa com o término da Guerra Fria, o desmembramento da União Soviética, e a queda do Muro de Berlim. Em 1989, a banda se apresentou no "Moscow Music Peace Festival", um evento que visou promover a paz no mundo e estabelecer a cooperação internacional na luta contra às drogas naquela região. Além do Scorpions, também marcaram presença bandas como Bon Jovi, Cinderella, Skid Row, Mötley Crüe e Ozzy Osbourne. O guitarrista Rudolf Schenker ficou bastante impressionado com a quantidade de russos que estavam curtindo as canções dos Scorpions, apesar de ser uma banda alemã. O vocalista Klaus Meine disse ao NME:
"Todo mundo estava lá: o Exército Vermelho, jornalistas, músicos da Alemanha, da América, da Rússia, o mundo inteiro em um único barco. Foi como uma visão, todo mundo estava falando a mesma língua, e foi uma vibração muito positiva. Aquela noite foi a inspiração básica para "Wind Of Change".
A banda também gravou uma versão em russo da música, sob o título "Ветер перемен" (Veter Peremen), e uma versão em espanhol chamada "Vientos de Cambio". Com relação a letra, Moskva é o nome do rio que atravessa Moscou (a cidade e o rio são nomeados de forma idêntica em russo) e Gorky Park, é um parque de diversões que recebeu esse nome em homenagem a Maxim Gorky, um escritor comunista famoso. "Balalaika" é um instrumento de cordas muito popular na Rússia, semelhante a uma guitarra.
Vale lembrar que em 2013, o ex-baixista Francis Buchholz concedeu uma entrevista para o site Metal Express Radio, e dentre os muitos assuntos abordados, fez uma revelação bastante curiosa a respeito dessa canção:
"Quando gravamos a faixa, a gravadora me telefonou e disse: "Podemos mudar Wind of Change? Podemos tirar o assobio? Não é Rock N’ Roll isso pra gente nos EUA, entende? Vocês podem pôr uma guitarra?". Daí eu fui até Klaus [Meine] e disse: "Klaus, podemos tirar o assobio? Eu não gostei...". Eu não era muito chegado naquilo de qualquer modo. Nós ficamos discutindo a respeito do assunto e ele ficou muito furioso. Então o assobio permaneceu e a música tornou-se um grande hit na Europa, mas não foi muito executada nas rádios dos EUA."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Kiss libera detalhes da edição deluxe do clássico "Alive!"
Megadeth confirma show extra no Chile e praticamente mata esperança de nova data no Brasil
Robert Plant conta como levou influência de J. R. R. Tolkien ao Led Zeppelin
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes


Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Baterista Mikkey Dee (Scorpions, Motörhead) fará turnê tocando Kiss com orquestra
Klaus Meine explica porque a "música do assobio" do Scorpions continua importante até hoje
O guitarrista que poucos dão atenção, mas James Hetfield chamou de "o melhor" na guitarra base
7 bandas que voltaram atrás menos de 5 anos depois da despedida


