Metallica se contradiz e passa longe de celebrar amadurecimento em "72 Seasons"
Resenha - 72 Seasons - Metallica
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de abril de 2023
A proposta do novo álbum "72 Seasons", 11º de estúdio do Metallica, é celebrar o amadurecimento e autoconhecimento conquistados quando se passa os 18 primeiros anos de nossas vidas. O problema é que as doze músicas inéditas jogaram água no chopp da festa. Faltaram diversos ingredientes nesse bolo para justificar essa temática.
O disco segue um padrão: as músicas iniciam com um instrumento em destaque. Logo depois outro é adicionado e depois mais um até que o riff principal se anuncia. É assim em "Shadows Follow", "Sleepwalk My Life Away" (com assertivo trabalho de baixo), "You Must Burn" (que depois vira uma espécie de "Sad But True" sem anabolizantes) e "72 Seasons" – que abre os trabalhos com seus longos quase 8 minutos.
Como celebrar a maturidade no contexto do álbum do Metallica sem uma balada ou um hit thrash genuíno? Afinal, a banda é famosa por clássicos nessas pegadas, que não foram convidados para a grande celebração do amadurecimento. Destaques para o refrão de "Sleepwalk" (emoção pura) e para "Room of Mirrors" e seu riff mais acelerado e direto ao ponto, que acaba permeando o verso também.
Mesmo deixando de lado a ideia conceitual, "72 Seasons" soa pouco inspirado para o padrão do Metallica. O jeito é adiar a festa da maturidade para o próximo álbum.
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