Andralls: O passo mais consciente na trajetória da banda
Resenha - Bleeding For Thrash - Andralls
Por Ricardo Cunha
Postado em 07 de dezembro de 2019
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
ANDRALLS é um power trio de São Paulo fundado em meados de 1998. O grupo, formado por Alex Coelho (Vocal/Guitar), Felipe Freitas (Bass/Vocal) e Alexandre Brito (Drums), executa um thrash metal furioso, rápido e brutal. A alcunha foi "inspirada" no prédio homônimo que ficou conhecido após a tragédia do incêndio em 1972, que deixou 16 pessoas mortas e 330 feridos em São Paulo, Brasil.
Com 21 anos de estrada e com seis álbuns lançados e um registro em DVD, a banda tem dado provas definitivas de profissionalismo e musicalidade.
Bleeding For Thrash tem uma produção de auto nível e é mais técnico que o trabalho anterior. Isto naturalmente dá profundidade ao trabalho e leva o ouvinte a impressão de que a banda fez o seu melhor álbum até este ponto. O vocal é bruto, mas tão claro que é possível acompanhar o que é urrado pelo vocalista Alex Coelho. A banda não esconde o orgulho de pertencer à velha escola do thrash metal e isto significa que a música não faz uma nova abordagem ou que tem a pretensão de ser inovadora. Fato este, que agrada ao público old school – que não é pouco – e como plus o trio realmente entrega seu sangue neste mais recente trabalho. A música provoca explosões curtas, mas eficazes e todas denotam ódio em estado bruto. Tenho acompanhado a banda desde meados de 2002 e percebo como o grupo evoluiu entre mudanças de formação e álbuns lançados. Mesmo assim, trata-se de uma banda 100% underground.
O QUE TEM DE BOM
A produção é excelente, as letras são fortes, as composições são boas, a duração do disco está na média do aceitável (29min) e tudo o mais parece funcionar muito bem.
O QUE PODERIA SER MELHOR
É um trabalho previsível, mas considerando que as expectativas sobre o álbum giram em torno de "agressividade, "velocidade", "energia", "riffs cortantes" e "vocais insanos", diria que atingiram a todos os requisitos com perfeição.
CONCLUSÃO
Se você busca outras abordagens musicais ou paisagens sonoras, esqueça este disco. O cenário aqui é de caos real e imediato. Andralls é uma banda 100% comprometida com o underground, por isso, neste disco, investiu tudo num estilo que para muitos é ultrapassado. Porém, consegue agregar a todos os que se identificam com o mesmo (e eles são muitos). Dessa forma, e talvez justamente por isso, a banda permaneça como uma promessa, apesar dos longos anos de estrada. Por fim, de acordo com o caminho escolhido, fica claro que Bleeding For Thrash é o mais o passo mais consciente na trajetória da banda.
Outras resenhas de Bleeding For Thrash - Andralls
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A surpreendente balada que era a música favorita de todos os tempos de Ozzy Osbourne
O álbum que metade do Black Sabbath concordava ser o pior da banda
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
Milhões: Os eventos com maior público da história da música
System Of A Down: Daron Malakian ensina como ser músico
Paulo Ricardo lembra os dois primeiros nomes do RPM: "Decidimos usar esse número antes"

Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



