Faith No More: existe (muita) vida sem Jim Martin
Resenha - King For A Day... Fool For a Lifetime - Faith No More
Por Mateus Ribeiro
Postado em 22 de agosto de 2019
Nota: 7 ![]()
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O Faith No More passava por um período complicado no meio da década de 1990. Apesar da banda estar no ápice, por conta do sucesso de "Angel Dust", o comportamento maluco de alguns de seus integrantes (comandados na maioria das vezes por Mike Patton) deixaram parte dos fãs e do público em geral. Como se não bastasse, a mudança na sonoridade do grupo (que começou a apostar em temas mais atmosféricos e menos pesados) começou a desagradar Jim Martin, um dos símbolos da banda.
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A saída do guitarrista foi um duro golpe para o FNM, porém, o show deveria continuar. Trey Spruance foi escolhido como substituto de Jim. Então, em março de 1995 a banda lança "King For A Day... Fool For a Lifetime", um grande disco, que acabou ficando ofuscado na discografia.
O disco é extremamente versátil, mostrando que a banda sabia muito bem transitar entre melodias tranquilas e experimentalismos, bem como escrever temas extremamente crus e pesados. Sem sombra de dúvidas, é o disco onde Mike Patton canta com mais vigor, raiva e sangue nos olhos, o que tornou algumas músicas muito agressivas.
Do lado da porrada, "Get Out", "Cuckoo For Caca", "What A Day", "Digging the Grave" e a excelente "The Gentle Art Of Making Enemies" satisfazem os mais sedentos por peso. Já para quem é apaixonado pelo lado mais "light" da banda, a maravilhosa "Take This Bottle", "Star A.D.", "The Last To Know", "Just A Man", "Caralho Voador" (sim, esse é o nome da canção) e "Evidence" unem beleza, melancolia, talento e doses grandes de sarcasmo.
Avaliação final: O álbum não tem o brilho de "Angel Dust" ou "The Real Thing", mas mostra toda a versatilidade e capacidade da banda, mesmo sem um de seus principais compositores. Deve se levar em consideração que naqueles dias, a música alternativa estava em alta, o que fez o FNM incluir alguns elementos em sua sonoridade. Vale a pena ouvir.
Ano de lançamento: 1995
Faixas:
"Get Out"
"Ricochet"
"Evidence"
"The Gentle Art of Making Enemies"
"Star A.D."
"Cuckoo for Caca"
"Caralho Voador"
"Ugly in the Morning"
"Digging the Grave"
"Take This Bottle"
"King for a Day"
"What a Day"
"The Last to Know"
"Just a Man"
"Absolute Zero"
Observação: a versão japonesa do disco conta com o cover de "I Started A Joke", do Bee Gees.
Formação:
Mike Patton: vocal
Trey Spruance: guitarra
Roddy Bottum: teclados
Billy Gould: baixo
Mike Bordin: bateria
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