Burning Gloom: Feminilidade angelical entre infernos possíveis
Resenha - Amygdala - Burning Gloom
Por Ricardo Cunha
Postado em 06 de agosto de 2019
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Banda formada em 2018 na cidade de Milano/Itália que se chamava MY HOME ON TREES até 2018, mas ao reorientar sua música, se deparou com a necessidade de mudar também de nome. Atualmente, formado por Laura Mancini (vocal), Marco Bertucci (guitarra), Giovanni Mastrapasqua (baixo) e Marcello Modica (bateria), o grupo acaba de lançar o primeiro álbum sob a nova alcunha.
Com o nome anterior, a mesma formação lançou os discos My Home on Trees (2013) e How I Reached Home (2015) e isto significa que os músicos já tem experiência no ramo.
Amygdala é um trabalho orientado para o peso e a distorção, portanto, não espere encontrar aqui, nada que não seja rejeição e desgraça. A banda está criativamente instigada e, neste disco, conseguiu produzir uma música hipnótica que – guardadas as proporções – só encontrei paralelo com os brasileiros do Black Witch. O som é uma junção de Stoner, Sludge e Doom, tudo misturado e embrulhado para presente.
Os destaques estão postos em ordem de importância, como segue:
Obsessive Compulsive Disorder: é para este que vos escreve o momento mais sublime do álbum. Os vocais são mais limpos, mais fortes e mais bonitos do que em qualquer outra canção. A parede sonora que se sobrepõe em nossos ombros provoca imagens de negação, aceitação e, por fim, superação. É, possivelmente, como os psiquiatras descreveriam, um episódio depressivo que se alterna em períodos de tempo nos quais a pessoa apresenta alterações abruptas de comportamento e de humor.
Nightmares: com participação de Mona Miluski (High Fighter), é muito mais estranha e maligna. Alternando vocais limpos, sussurrados e guturais, a música preenche a ambiente com uma sombra perversa que é complementada pelo senso de melodia dos músicos. Um momento estranhamente fascinante cuja dinâmica das batidas dita o ritmo desta trilha deliciosamente diabólica.
The Tower II: pegue o que você ouviu em The Tower I e multiplique pela quantidade de vezes que seu pensamento se perdeu no fluxo neural das sinapses involuntárias. As coisas parecem acelerar e desacelerar, com um encaixe mais preciso e mais urgente. É uma aventura insólita por um universo de estruturas psicológicas capazes de levar a loucura. As guitarras estridentes transmitem uma raiva primitiva enquanto os vocais exprimem uma feminilidade etérea entre os infernos possíveis.
De um modo geral, o disco é contundente. Porém, é inevitável não mencionar que em certos momentos algumas passagens soam repetitivas e isto poderia ter prejudicado a obra, caso não tivessem acertado na duração. O conceito do álbum, que eu temo não haver alcançado no todo – a não ser intuitivamente – remete a uma miscelânea de paisagens estranhas que criam na mente um ambiente de caos com momentos que variam entre o revide, o resgate e a libertação. E, embora seja um grupo jovem, há algo de muito inspirado nos momentos mais cruéis, sinistros e cativantes do Black Sabbath.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Welcome to Rockville 2026 divulga line-up oficial
O riff do Guns N' Roses que Slash acha bem melhor do que o de "Sweet Child O' Mine"
O melhor cantor de baladas de todos os tempos, segundo Bob Dylan
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
A analogia com Iron Maiden explica decisão do Avantasia, segundo Tobias Sammet
Manowar anuncia turnê celebrando álbuns "Fighting the World" e "Kings of Metal"
As 3 melhores músicas do Aerosmith de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Plantão Médico Deep Purple: 6 membros atuais e antigos que convivem com problemas de saúde
Pink Floyd disponibiliza versão integral de "Shine On You Crazy Diamond"
O guitarrista a quem Elvis Presley pediu aula de guitarra: "Ele ficava vendo minhas mãos"
Ozzy Osbourne não ouvia tanto rock pesado quanto as pessoas imaginam, revelam filhos
Bangers Open Air confirma Twisted Sister e mais 40 bandas para 2026
Rock in Rio 2026: vendas do Rock in Rio Card começam em dezembro
Site americano lista os 11 melhores álbuns de rock progressivo dos anos 1990
A canção do Jethro Tull que influenciou um dos maiores hits da história do Rock
Segundo James Hetfield, Metallica, Lars Ulrich tocava horrivelmente mal, mas era rico
O baterista de rock que Neil Peart achava o máximo e descobriu que nunca seria igual
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



