SoulSpell: a ópera metal brasileira em mais um ótimo capítulo
Resenha - Second Big Bang - SoulSpell
Por Ricardo Seelig
Postado em 19 de julho de 2019
Quarto álbum do SoulSpell, "The Second Big Bang" dá sequência à trajetória da metal opera capitaneada pelo baterista Heleno Vale com mais um belo disco. O álbum chega ao mercado brasileiro pela Hellion Records.
Como em todos os trabalhos anteriores do SoulSpell, temos aqui um disco conceitual que dá seguimento à trama que vem sendo contada desde o primeiro CD. "The Second Big Bang" traz doze faixas, sendo que duas delas - "Soulspell" e "Alexandria" - são novas versões para canções presentes no primeiro disco, "A Legacy of Honor" (2008). A produção é de Tito Falaschi, com mixagem e masterização a cargo de Denis Ward.
Além da banda titular formada por Heleno Vale (bateria), Jefferson Albert (vocal), Daisa Munhoz (vocal), Pedro Campos (vocal), Victor Emeka (vocal), Talita Quintano (vocal), Daniel Guirado (baixo), Leandro Erba (guitarra), Sérgio Pusep (guitarra) e Rodrigo Boechat (teclado), o disco traz, como é de praxe, muitos convidados especiais. Em "The Second Big Bang" temos a presença de Andre Matos, Arjen Lucassen, Blaze Bayley, Dani Nolden, Eduardo Ardanuy, Fábio Laguna, Fabio Lione, Frank Tischer, Jani Liimatainen, Kiko Loureiro, Markus Grösskopf, Oliver Hartmann, Ralf Scheepers, Tim "Ripper" Owens, Timo Kotipelto e Tito Falaschi. Um time de respeito, e que uma rápida passada pelo Google já deixa claras as credenciais.
Musicalmente, a banda segue trafegando pelo universo do metal melódico, em um trabalho de composição muito bem feito e que traz uma bem-vinda sensação de nostalgia em relação aos bons tempos do estilo. Mas isso não quer dizer que o disco soe datado, muito pelo contrário: os timbres são atuais, as dinâmicas das composições são atuais, fazendo tudo soar agradável e nem um pouco cansativo. A variação se dá ora pisando em terrenos mais prog como em "Horus's Eye" e "Game of Hours", ora diminuindo a velocidade em faixas como "Father and Son". Merecem destaque também as novas versões de "Soulspell" e "Avantasia", que com a nova interpretação conseguiram soar refrescantes como as novas canções.
O SoulSpell havia dado uma escorregada em seu último disco, "Hollow’s Gathering" (2012), que na minha opinião soou repetitivo e pouco criativo. No entanto, em "The Second Big Bang" Heleno Vale e sua turma conseguiram colocar o projeto novamente nos trilhos e o resultado é um álbum no mesmo nível de "The Labyrinth of Truths" (2010), segundo e até agora o melhor disco do grupo.
Outras resenhas de Second Big Bang - SoulSpell
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As músicas do Iron Maiden que Dave Murray não gosta: "Poderia ter soado melhor"
"Guitarra Verde" - um olhar sobre a Fender Stratocaster de Edgard Scandurra
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
A banda brasileira que está seguindo passos de Angra e Sepultura, segundo produtor
Ramones e a complexidade técnica por trás da sua estética
Como foi para David Gilmour trabalhar nos álbuns solos de Syd Barrett nos anos 1970
O filme de terror preferido de 11 rockstars para você assistir no Halloween
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
"Ace Frehley não teve qualquer influência sobre mim", diz George Lynch
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
O guitarrista que Steve Vai diz que nem Jimi Hendrix conseguiria superar
Mais um show do Guns N' Roses no Brasil - e a prova de que a nostalgia ainda segue em alta
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026


Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto


