Monkey3: A angústia do criador ao criar um cosmos tão belo
Resenha - Sphere - Monkey3
Por Ricardo Cunha
Postado em 01 de junho de 2019
Nota: 10 ![]()
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Para uma banda com mais de 15 anos de atividade, eles continuam sendo um belo segredo restrito ao underground europeu – bom, pelo menos para quem está fora dele. Nativo de Lausanne/SWI, o Monkey3 teve sua origem em 2001 quando amigos se reuniam para jams. Em 2003, oficializaram a banda com a seguinte formação: Picasso (baixo), Walter (bateria), Boris (guitarra) e dB (teclados). O primeiro disco, Monkey3, foi lançado em 2003 de forma independente. Nos anos seguintes, lançaram 39 Laps (2006), Undercover (EP, 2009), Beyond the Black Sky (2011), The 5th Sun (2013), Astra Symmetry (2016) e Live At Freak Valley (2017).
Definindo-se como uma banda de "Rock psicodélico" / "Stoner rock", em Sphere, eles extrapolaram essa classificação. Aqui, a banda conseguiu fixar um eixo sólido em torno do qual gira uma infinidade de atmosferas heterogêneas que induzem a uma viagem insólita pelo espaço sideral que poderia muito bem significar o universo interior de cada um de nós. A "Esfera" do qual trata o conceito pode ser um conjunto de reminiscências intermitentes inseridas propositalmente para que o que está sendo dito através das harmonias possa ser preenchido pelo ouvinte com sua própria imaginação. Musicalmente, as composições são riquíssimas e oferecem dinâmicas que podem ser facilmente associadas aos diversos filmes de ficção científica que vimos no decurso de nossas vidas. E por falar nisto, a realização do primeiro registro fotográfico de um buraco negro ocorrido recentemente é um fato que se conecta ao álbum, abrindo a possibilidade para que este possa funcionar como a trilha sonora perfeita para o acontecimento.
A temática de Sphere mexe com o pensamento de muitas formas e, nesse sentido, não pensar na criação do universo e no seu criador é inevitável. Dessa forma, para concluir, se pudesse definir esse disco de uma forma que traduzisse todos os aspectos da audição, eu diria simplesmente que a narrativa do álbum (composições, harmonias, paisagens sonoras, lirismo implícito), pode muito bem retratar a angústia do criador em criar um cosmos tão rico e belo de uma forma tão fria, calculista e lúgubre. A mesma angústia que, salvo as devidas proporções, eu possa ter experimentado.
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