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Basttardos: mostrando porque identidade é essencial na música

Resenha - Último Expresso - Basttardos

Por Bruno Rocha
Postado em 29 de julho de 2017

Identidade! Este é o detalhe que distingue homens de meninos no meio musical, mas que muitas bandas e músicos parecem simplesmente ignorar, talvez na ânsia de querer mostrar que sabe compor nos mesmos moldes de uma certa banda, ou que sabe tocar igual determinado músico.

A identidade musical é o fator que fará uma banda se destacar e não ser somente mais uma na multidão. O mesmo vale para os músicos. Pegue, por exemplo, Lars Ulrich, baterista daquela banda. Você pode até argumentar que Lars perdeu sua técnica e sua pegada com o passar do tempo, mas ele ainda possui algo que o faz ser o baterista que ele é: identidade. Basta Lars começar a tocar, e você já sabe que é ele. Isto é um caso particular de músico com identidade.

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Quer um exemplo de banda com identidade? Basttardos. Estes bandidos começaram suas atividades em 2010 através de Alex Campos (guitarras, vocais), Bernardo Martins (bateria) e um determinado baixista de vulgo "Terceiro Elemento". Pois bem, se este escriba começou este texto falando de identidade, o baixista não quer revelar a sua. Mas a palavra "identidade" possui vários valores semânticos (como é bela e enigmática nossa língua portuguesa!), e parece que o Basttardos sabe lidar bem com cada um deles.

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O mais recente trabalho de estúdio do Basttardos, "O Último Expresso", foi gravado entre agosto e setembro de 2015 no estúdio Fil Buc, Rio de Janeiro, e lançado em dezembro do mesmo ano. A bela arte de capa, elaborada pelo próprio Alex Campos, passa o clima de velho-oeste que a banda gosta de carregar. Antes de pôr o disco para rodar, pensei que a sonoridade do Basttardos fosse calcada fortemente no Hard Rock ou no Southern Rock.

Engano.

Pode-se identificar sim estes elementos nas músicas do Basttardos, claro. Mas também há detalhes de Heavy Metal, do típico Rock nacional oitentista, de algo puxado para o Alternativo e até mesmo uma pitadinha de Stoner/Doom. Todavia, o melhor de tudo é que todas estas influências se fundem e se tornam uma coisa só, homogênea: o som do Basttardos. Inclassificável e competentíssimo. Eis aí a benção que a Música concede a quem busca sua identidade.

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A música que batiza a banda começa os trabalhos soando empolgante, com vocais dialogados em cima de uma base rápida, que desemboca num refrão com uma ótima interpretação vocal de Alex Campos. A música "Licor De Cereja" mantém o pique levantado por Basttardos, só que de um ponto rítmico mais lento, favorecendo o trabalho do contrabaixo de "Terceiro Elemento".

A belíssima música "Despertar Do Parto" foi posicionada estrategicamente no meio do álbum, de modo que serve como um descanso das duas primeiras faixas e prepara o ouvinte para as duas últimas. Seus belos arranjos montados em tons menores e solos passionais reforçam o clima de emoção que a letra perpassa, já que ela trata da chegada de um filho e como este evento transforma a vida de um homem. O ritmo lento, quase um Doom, é ponderante para a absorção do clima. Seu clipe, um dos mais tocantes que este redator já assistiu, saiu inclusive na coletânea de clipes Roadie Metal.

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As quebras de andamento de "Exilados" são bem montadas e emendadas, e vem acompanhadas de inserções de violão, que atesta o senso de composição de Alex Campos, que assina todas as músicas. E Alex usa todo este senso em "Terceiro Elemento", que passa voando apesar de seu comprimento ser de sete minutos. Cria uma atmosfera parecida com a de "Despertar Do Parto", mas sua cadência emoldura ares épicos (há passagens que remetem a Bathory!) e serve como trilha sonora para a história renegada da personagem.

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Pena que são só cinco músicas. A competência e a empolgação são tamanhas que fica uma vontade de ouvir o que estes elementos ainda têm guardados em suas capangas. A produção, também a cargo de Alex Campos, é suja e orgânica, na medida certa, de modo que todas as contribuições instrumentais estão bem audíveis. As letras, que falam logicamente de coisas relacionadas ao velho-oeste, são bem compostas e bem encaixadas nas métricas das músicas, coisa que nem todo mundo é capaz de conseguir, dado a quantidade de proparoxítonas que recheiam nossos dicionários.

Olha que este bando está a solta e continua a premeditar seus próximos crimes e ações, com a precisão de um sniper e a determinação de um renegado. Cuidado! Como diria um famoso repórter policial cearense: miseriqueima!

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P.S.: o nome do baixista é revelado no encarte do álbum, mas não direi, pois entrei para o bando, e o legado importa. Quer saber o nome dele? Adquira o CD e entre também para o bando.

P.S.S.: Lembre-se: identidade é tudo.

O Último Expresso – Basttardos (independente, 2015)

Tracklist:
01. Basttardos
02. Licor De Cereja
03. Despertar Do Parto
04. Exilado
05. Terceiro Elemento

Line-up:
Alex Campos – vocais, guitarras, percussões
Terceiro Elemento – contrabaixo
Bernardo Martins – bateria

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Sobre Bruno Rocha

Cearense de Caucaia, professor e estudante de Matemática, torcedor do Ferroviário e cafélotra. Entrou pelas veredas do Heavy Metal na adolescência e hoje é um aficionado e pesquisador de todos os gêneros mais tradicionais desta arte e de suas épocas. Tem como forte o Doom Metal, não obstante o sol de sua terra-natal.
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