Paul Stanley: A dor e o drama de ser talaricado por um Caça-Fantasmas
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 12 de maio de 2014
No texto abaixo, lê-se uma tradução de alguns trechos da autobiografia do guitarrista e vocalista do KISS – PAUL STANLEY – "Face The Music: A Life Exposed", no qual ele discorre sobre seu relacionamento amoroso com a atriz e modelo estadunidense DONNA DIXON entre 1982 e 1983, e que acabou com o viril Starchild tento sua maquilagem adornada por uma reluzente e lustrosa galhada, cortesia do ator/diretor/produtor/músico canadense DAN AYKROYD, muito conhecido do público brasileiro por filmes como "Os Irmãos Cara de Pau", "Trocando As Bolas", e, principalmente,a franquia "Os Caça-Fantasmas".
"Certa noite, quando eu estava jantando em um restaurante, a atriz Donna Dixon e uma amiga modelo dela entraram. Donna era tão acachapantemente atraente – que chegava a intimidar. Tanto que eu fui atrás da mulher que descobri ser colega de apartamento dela. Donna era simplesmente bonita demais."
"Mas, depois de eu sair com a amiga dela algumas vezes, eu admiti para mim mesmo e para ela que eu na verdade estava interessado em Donna. E de algum modo isso funcionou – eu comecei a sair com Donna. Eu amava ter uma namorada tão linda. Por mais superficial que isso possa ser, ela era bonita de uma maneira que me fazia feliz." [...]
"Eu passava meu tempo livre em Los Angeles com Donna Dixon. Parte da razão pela qual eu investia tanto em Donna era porque ela ainda dava um jeito de me manter um pouco de longe – não importa o quão próximo tivéssemos ficado. Isso ativou minha antiga compulsão em ver o relacionamento como um desafio. Apesar de estarmos juntos, ainda faltava alguma coisa – e eu ficava tentando entender o que era. Eu ficava boquiaberto pela beleza dela e a coloquei em um pedestal, o que rapidamente se torna um dos lugares mais chatos e sem sensualidade para uma mulher estar. Meu pai, contudo, sem dúvida teria aprovado." [...]
"Uma vez que terminamos de gravar ‘Creatures of The Night’, eu passei muito do resto do ano indo e voltando de Los Angeles para Nova Iorque para ver Donna. Ela vinha muito a Nova Iorque também, e vivia em meu apartamento. Depois que a série de televisão que ela fazia, ‘Bosom Buddies’, ter sido cancelada, ela fez um teste para um filme chamado ‘Doutor Detroit E Suas Mulheres’. Ela me contou depois do teste que achou Dan Aykroyd, o astro do filme, um gênio. Eu achei tal avaliação exagerada." [...]
"Ela conseguiu o papel em ‘Doutor Detroit e Suas Mulheres’, e eu a visitei no set de filmagens em Chicago – e lhe dei um anel de diamante. O relacionamento estava meio que estagnando; algo estava faltando por parte de nós dois. Mas eu não queria a perder, e eu não queria ser abandonado."
"De vez em quando, Donna sumia e eu não sabia dela por alguns dias. Ela ficava no meu apartamento quando estava em Nova Iorque, e logo antes do Natal, eu achei um casaco de pele novo em seu armário. Ela disse que havia pego a peça no figurino de algo em que ela estava trabalhando. Não demoraria muito até que ela me enrolasse ao, do nada, começar a falar sobre nunca estar sozinha e precisar de espaço. Eu disse a ela que não queria ser apenas mais um cara saindo com ela, e que não queria dividi-la. Apesar de haver mais perguntas sem respostas aqui e ali e mais distância entre nós dois, encerramos o assunto e não tocamos nele de novo por um tempo."
"Aí então eu vi, entre as coisas dela, uma camiseta escrito "Martha’s Vineyard" na frente. Martha’s Vineyard? Quando é que ela foi até Martha’s Vineyard? Ela explicava seus desaparecimentos vagamente. Eu não fazia muitas perguntas tampouco, talvez porque eu não ter certeza que queria saber a verdade. E de qualquer modo, quando alguém era sem consideração ou desonesto comigo, aquilo reforçava o que eu pensava de mim mesmo."
"Isso é o que eu mereço."
"Se eu apenas pudesse fazer com que ela gostasse de mim…" [...]
"Eu ainda procurava em Donna uma sensação de calma e segurança. Eu poderia passar horas falando com ela ao fone todo dia. Ela estava se preparando para o lançamento de ‘Doutor Detroit’. Ela me dissera mais uma vez que precisava de espaço. Eu disse a ela que eu ainda não estava preparado para ser uma das várias pessoas com as quais ela saía, e que se ela realmente quisesse terminar comigo, que o fizesse cara a cara, pessoalmente. Eu comprei uma passagem de avião para que ela fosse até o próximo show da turnê. Ela foi. E acabou."
"Minha depressão piorou." [...]
"Alguns meses depois de meu ultimato tudo ou nada para Donna, eu decidi que aquilo era difícil demais – nada e ninguém para preencher aquele vazio. Qualquer coisa que eu recebesse dela era melhor do que nada. Eu respirei fundo e liguei para ela. Ela pareceu muito surpresa. Eu contei a ela como me sentia, e começamos a falar frequentemente ao fone de novo. Falarmos sobre como sentíamos a falta um do outro não era raro. Nós até nos encontramos quando o Kiss tocou em Los Angeles."
"Certa manhã, logo antes de embarcarmos para a América do Sul para o último trecho da turnê, eu olhei um exemplar de um jornal e um pequeno artigo me chamou a atenção. ‘A atriz Donna Dixon casou-se com seu colega no filme ‘Doutor Detroit e Suas Mulheres’ Dan Aykroyd, revelam documentos recém-encontrados. A licença para o casamento foi emitida e descoberta em Martha’s Vineyard’."
"O quê? Martha’s Vineyard?"
"Acabou que eles estavam casados fazia três meses. Eu fiquei chocado ao me dar conta de que durante o tempo em que estávamos conversando novamente, ela estava prestes a se casar, e daí acabou mesmo casando."
"De repente, eu me senti debaixo d’água. Eu mal conseguia me mexer."
"Eu liguei pra ela. ‘Você estava casada quando estávamos conversando?’"
"Ela disse algo sobre como ela esperava que eu achasse o que ela havia achado."
"Nenhuma explicação, nenhum pedido de desculpas."
"Eu desliguei." [...]
Dan Aykroyd e Donna Dixon de fato se casaram em 1983 e permanecem juntos até hoje, e têm três filhas. A união dos dois é considerada uma raridade e um exemplo na indústria do show business. Aykroyd ganharia o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1990 pelo filme "Conduzindo Miss Daisy", enquanto Donna preferiu aposentar-se da dramaturgia em 1997.
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