Death: registro histórico e clássico de um ícone do Death Metal
Resenha - Sound of Perseverance - Death
Por Sidney Alencar
Fonte: Meus 300 Discos
Postado em 22 de julho de 2017
Nota: 9
DEATH: como cheguei até este ponto da minha vida sem nunca ter escutado??
É isso. Mea culpa. Admito. Nunca havia escutado DEATH. Pode se espantar. Pode xingar. extravasou? Satisfeito? Tudo sob controle?
Agora vamos continuar.
O DEATH pra mim sempre foi aquela banda icônica, lendária, que influenciou inúmeros músicos e bandas, que foi pioneira num estilo e…
que eu nunca tinha escutado.
Não faço a mínima ideia do porquê. Bom, mas a ideia deste projeto (Blog MEUS 300 DISCOS) é justamente essa: escutar discos e bandas que eu ainda não havia escutado, sejam de qual ano (século) forem.
Antes de tudo, quero dizer que esse disco foi uma sugestão do meu chapa Placido Felipe, glorioso filho de Petrolina, radicado em terras Alencarinas.
Mas chega de enrolação e abraços, vamos ao disco.
Fiquei muito, muito surpreso com a extrema técnica e virtuosismo dos músicos. Todos, guitarras, bateria e baixo simplesmente desmontaram os (pré) conceitos que eu tinha sobre o tipo de death metal que a banda fazia. Os riffs super intrincados, as mudanças de andamento e as melodias e composições com influências da estrutura do jazz, tudo isso numa velocidade desconcertante me apresentaram a um novo patamar de criatividade musical.
As composições são realmente inspiradas e casam perfeitamente com o vocal rasgado e agudo da lenda Chuck Shuldiner, que é carismático mesmo que você nunca tenha visto nem sequer uma foto dele (não sei explicar, mas foi essa minha percepção, fazer o quê).
A capa é toscamente maravilhosa, com uma rocha que parece a boca de um tubarão faminto, pronto para abocanhar almas perdidas, no que parece um dos 7 circulos infernais. Foi feita pelo artista americano Travis Smith, que também já fez trabalhos para bandas como KING DIAMOND, OPETH e NEVERMORE.
Confesso que as letras me pareceram um tanto difusas. Não consegui captar o sentido geral ou conceito das mesmas. Talvez precise ouvir mais vezes e estudar um pouco mais a fundo.
A produção é de Jim Morris, do Morrisound Studios, em Tampa, Flórida, além do próprio Chuck. E vou te falar, dá gosto de ouvir um disco tão bem produzido, onde apesar de toda a brutalidade musica, você consegue escutar e discernir com perfeição cada nota dos riffs e solos.
Com certeza, voltarei com outros discos do Death por aqui, quem sabe consigo cobrir toda a discografia! Esse foi o último disco lançado pela banda, em 1998 e pelo que andei pesquisando os trabalhos anteriores também são dignos da minha humilde audição.
Vale seu tempo? Ora se não! Arranje um bom fone de ouvido e tire um tempo para ouvir com atenção todos os mínimos detalhes deste registro histórico e clássico de um dos ícones do Death Metal!
1. "Scavenger of Human Sorrow" - 6:54
2. "Bite the Pain" - 4:29
3. "Spirit Crusher" - 6:44
4. "Story to Tell" - 6:34
5. "Flesh and the Power It Holds" - 8:25
6. "Voice of the Soul" (instrumental) - 3:42
7. "To Forgive Is to Suffer" - 5:55
8. "A Moment of Clarity" - 7:22
9. "Painkiller" (cover do Judas Priest; escrita por Glenn Tipton, Rob Halford, K.K. Downing) - 6:03
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