Seaside: Resenha do debut da banda de Manaus
Resenha - Anatta - Seaside
Por Mário Orestes Silva
Postado em 05 de junho de 2017
A proliferação de bandas covers é um fato inegável na Indústria Cultural. Contudo, dentre essas, várias seguem suas carreiras autorais partindo deste princípio, que por muitas vezes se inicia numa simples brincadeira de homenagem a ídolos. É natural que a grande maioria não nega suas influências e ainda fazem questão de deixá-las evidente em suas trajetórias. Este é o exemplo dos manauenses do Seaside em seu debut álbum intitulado "Anatta", lançado em Agosto de 2016.
O CD abre com "Pra Não me Queimar", uma porrada insana que atinge com agressividade o ouvinte. Em segundo lugar vem "Adeus" que dá uma aliviada na batida e nos vocais. Em terceiro "Fetos de Barro" (ótimo título de música) matém a levada cadenciada com vozes calmas, mas tem uma letra mais elaborada. Em seguida "Infeliz pra Você" tem um início que engana com uma falsa tranquilidade. Esta talvez seja a faixa que mais lembre as influências claras do Nirvana. Na sequência "Eu Só Preciso Adormecer" traz aquela velha conhecida angústia contemporânea onipresente. É quase um doom. Na sexta posição está "Verdade Bem Guardada" (outro ótimo título de canção) que retorna a porrada, mas com detalhes que demonstram as qualidades musicais dos componentes da banda. A posterior "Fogo" reassume essas qualidades, com exceção da voz, que não tem pretensão nenhuma no lirismo. Contudo, não esquecemos que há virtude na atitude. "Insonia" vem em seguida soando muito como outra boa banda manauense, a Chá de Flores. A seguinte "Sol" é a balada triste auto depressiva, praticamente obrigatória para um disco completo no estilo proposto. Os efeitos da distorção foram muito bem explorados aqui. A décima faixa "Alcalina" volta a acelerar. O punk rock do álbum. Curto, grosso e pesado. Desacelerando "Deprimente" chega a ter riff base de metal stoner. Candidata a single. "Viciado em Ilusões" puxa roda de pogo. Como a pele de tarol sofre pela pegada do baterista Augusto Nunes. A próxima é "Perdedor" que continua a levada stoner com letra angustiante. Fechando a obra "Asas de Ferro" não deixa dúvida da precisão, do bom gosto e do nível técnico do trio de garotos (já não tão garotos assim).
Em súmula sincera, o disco do Seaside "Anatta" não apresenta criatividade inovadora, ao contrário, é de uma formula simples e muito repetida. A produção tem um áudio que mais parece CD demo, mas é inegável a significante importância deste trabalho para o rock alternativo do norte do Brasil e toda a sua representatividade no cenário nacional. Mais um lançamento do selo independente local Mama Records.
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