RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

As 15 melhores músicas do Led Zeppelin segundo o lendário produtor Rick Rubin

A opinião de Renato Russo sobre a qualidade do cinema nacional na década de 1990

Alex Skolnick (Testament) explica o que o faz considerar Eddie Van Halen subestimado

Mike Portnoy comenta rótulo dos fãs de Dream Theater: "Me identifico com eles"

Organização do Bangers Open Air divulga horários das apresentações; confira aqui

O nerd membro do Queen que colecionava bonecos do Star Wars e que "ama o Yoda"

Andreas ainda tem esperança de irmãos Cavalera em último show; "não há razão para brigar"

O dia que Marky Ramone tentou tocar berrante em restaurante de São Paulo

O dia que o astro Harrison Ford trabalhou de cinegrafista para o The Doors

O horrível álbum do Big 4 que Kerry King se vangloria de não ter em sua discografia

Lançamentos da semana: álbuns, singles e vídeos lançados nos últimos dias

Você sabia que Bon Jovi contracenou com Luana Piovani na novela Malhação?

A música do Megadeth onde Mustaine fala sobre feitiços - não é "The Conjuring"

A maior banda de metal de todos os tempos, segundo David Ellefson

A banda de rock que Angelina Jolie curte tanto que fez tatuagem em homenagem


Bangers Open Air

Dreamcar: reinventando os anos 1980

Resenha - Dreamcar - Dreamcar

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 23 de maio de 2017

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Os anos 80 são comum e vulgarmente citados como a década do exagero. Cabelos se armavam em torres ou despencavam em cascatas multifonrmes; sempre armados, lotados de gel. Ombros masculinos e femininos pareciam de jogador de futebol americano, de tão largos, graças a ombreiras cada vez maiores. Roupas e acessórios se sobrepunham em combinações policromáticas de puro exagero. Na TV imperou a opulência escapista de séries como Dallas e Dynasty (que o canal CW promete ressuscitar). Yuppies consumiam cocaína e água mineral engarrafada Evian como se fossem água.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Musicalmente, a primeira metade foi dominada pelas torrentes criativas do synth pop, New Romantic, New Wave, pós-punk, enfim, filhotes da suruba glam, punk, prog, Bowie, Chic, Blondie, Roxy Music, Giorgio Moroder e Kraftwerk dos 70’s. Mais para a segunda metade, acentuou-se a estridência e a superprodução, saturada de efeitos e da grande praga musical do decênio: a bateria eletrônica. Iniciava-se a Guerra dos Volumes, como apontou o crítico Rafael Senra.

Feliz e acertadamente, o supergrupo Dreamcar colheu do solo mais fértil dos 80’s e seu LP homônimo de estreia, lançado dia 12 de maio, não vai muito além de 1984. Pode até ter um bocadinho de Depeche Mode fase Black Celebration (1986), mas é suave; a ênfase é na New Wave dançante da glamurosa alvorada oitentista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Dreamcar é a fusão do vocalista Davey Havok, da banda AFI com a parte instrumental do No Doubt. Como Gwen Stefani está ocupada sendo jurada de show de calouros hype, Tony Kanal (baixo), Tom Dumont (guitarra) e Adrian Young (bateria e percussão) juntaram-se a Havok em projeto paralelo que expressasse seu grande amor pela música de mais de três décadas atrás. O resultado são doze canções que parecem álbum de grandes sucessos ou coletânea de pérolas perdidas da década do PacMan.

Experientes buriladores, os quatro não perdem tempo na fórmula do pop viciante: alguns segundos de introdução, primeiro verso e logo entra o refrão, sempre energético, mesmo nas músicas midtempo. Quando esse refrão entra, remanescentes/amantes dos anos oitenta desejarão colorir o rosto com muita maquiagem, untar o cabelão com potes de gel, combinar peças de roupa verde-limão com cor de laranja e lilás e ir para algum estádio pular e acender isqueiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Dreamcar é puro pop de arena com deliciosos solos de guitarra e muita influência do Duran Duran. Os Fab Five são a inspiração para a canção de abertura, After I Confessed e Do Nothing. Essas são calcadas na fase primeira do DD2, ao passo que On The Charts é de quando funkearam com Nile Rodgers.

Sem ser cópia escarrada de nada, o Dreamcar exibe influência atrás da outra. Em Kill For Candy, o baixo soa como o de Peter Hook, enquanto em Ever Lonely vocais e bateria evocam o The Cure (fase Pornography). Mas o clima não é o gótico do cabelão e do batom cuidadosamente mal-aplicado e sim de Talk Talk. All Of The Dead Girls brinca com a batida percussiva de Adam & The Ants e Born To Lie é como se A Flock Of Seagulls tivesse reencarnado. Em The Assailant o vocal de Havok assume o mesmo drama de Andy Bell, mas quando entra o coro, o clima muda para Depeche Mode. Grande ironia – intencional? – porque Erasure e Depeche se detestavam no auge das carreiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Com paleta sonora propositalmente menor e geograficamente enfatizando a Inglaterra, o álbum consegue o mesmo feito de The Desired Effect (2015), de Brandon Flowers (link para resenha, ao final desta): inventar sonoridade oitentista que nunca existiu do jeito apresentado pelo álbum, porque na época estava fragmentada entre diversos artistas. Por isso esses álbuns soam criativos e frescos, não meros clones.

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Tracklist:
01. After I Confessed
02. Kill For Candy
03. Born to Lie
04. On the Charts
05. All of the Dead Girls
06. Ever Lonely
07. The Assailant
08. The Preferred
09. Slip on the Moon
10. Don’t Let Me Love
11. Do Nothing
12. Show Me Mercy

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS