Attractha: Uma grande estréia
Resenha - No Fear - Attractha
Por Victor Freire
Fonte: Rock'N'Prosa
Postado em 02 de novembro de 2016
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Um dos lançamentos que vinha aguardando com certa expectativa era o álbum de estréia do AttracthA. A banda, formada em 2007, passou por muita coisa até fechar a formação atual com Cleber Krichinak (vocais), Ricardo Oliveira (guitarra), Guilherme Momesso (baixo) e Humberto Zambrin (bateria). O álbum No Fear to Face What’s Buried Inside You (2016) contou com a produção de Edu Falaschi – dispensa apresentações – e está sendo lançado no Brasil pela Dunna Records e Shinigami.
O heavy metal começa a pulsar pelas veias logo de início com Bleeding in Silence, música muito bem construída e abre de forma honrosa o álbum. Unmasked Silence, que havia sido lançada como single no ano passado (a marcou a estréia de Cleber na banda), dá sequência ao álbum. Algo que chama a atenção na forma do Attractha compor é que eles abrem espaço para técnica, mas não torna a música complexa, por assim dizer. O resultado disso é um som bem sólido e bom de se ouvir, que funciona bem tanto no álbum quanto ao vivo no show.
Mais peso é incluído em 231, alternando passagens pesadas com levadas um pouco melódicas, tudo unido por riffs poderosos. Destaco também o refrão, creio que funcionará (ou funciona) muito bem ao vivo. O que gostei do álbum é que achei tudo no tom certo. A guitarra não é pesada demais, o vocal combina perfeitamente com as melodias (sendo pesado e melódico quando a música exige), tudo encaixa. O AttracthA poderia simplesmente explorar a sonoridade do heavy metal e não ousar nas músicas, mas, convenhamos, isso deixaria o álbum muito monótono. Eles alternam músicas mais dentro do metal tradicional, arriscam passagens melódicas e até abrem espaço para melodias mais complexas incluindo contratempos, como é o caso de Mistakes and Scars.
O ritmo no álbum diminui com No More Lies. A balada não segue a linha clássica das famosas baladas do hard rock, pelo contrário, possui uma energia própria. Ela abre espaço para um pouco de peso, mas tudo dentro da linha melódica do início da música. Gosto de músicas assim, porque mostra toda a capacidade criativa da banda e explora ainda a habilidade dos músicos. Isso tudo pode ser estendido para Holy Journey também.
O álbum é encerrado por Victorius e Payback Time. Começando pela primeira, Victorius volta a acelerar o ritmo do álbum, com uma levada constante no pedal duplo, contrastando com uma melodia mais lenta na música. Novamente, muito bem construída e tudo harmoniza muito bem. E, por último, Payback Time volta com todo o peso e velocidade que sabíamos que ainda estava dentro do espírito do AttracthA. Música bem direta, com riffs rápidos e bateria linear no pedal duplo.
Realmente, o álbum atendeu a todas as expectativas. As composições são muito bem feitas, a gravação está excelente. A banda conseguiu ser apresentada, de fato, nesse trabalho. A sonoridade que ela quer seguir fica muito bem estabelecida e o que fica aqui já é a expectativa pelo que virá daqui para frente. Bandas de heavy metal não são fenômenos frequentes no Brasil, por isso vibro tanto quanto escuto novos trabalhos – e de extrema qualidade – de bandas desse gênero.
Tracklist:
1.Bleeding in Silence
2.Unmasked Files
3.231
4.Move On
5.Mistakes and Scars
6.No More Lies
7.Holy Journey
8.Victorius
9.Payback Time
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
Jax Teller, do Sons of Anarchy, escolhe o maior álbum de todos os tempos
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
Steve Harris admite que sempre foi "acumulador" de coisas do Maiden, e isso salvou novo livro
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Black Sabbath interrompeu turnê nos anos 70 porque Tony Iommi "passou dos limites"
Lobão explica porquê todo sertanejo gostaria, no fundo, de ser roqueiro
O dia que Zé Ramalho detonou Paulo Coelho após escritor o proibir de gravar Raul Seixas

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



