Blackberry Smoke: Banda se supera em mais um ótimo álbum
Resenha - Like An Arrow - Blackberry Smoke
Por Cláudio Glebson
Fonte: filmesseriesrock.com.br
Postado em 25 de outubro de 2016
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Clichê, mas ainda funcional, a expressão "mais difícil do que chegar ao topo é manter-se lá." exemplifica perfeitamente o que passou o Blackberry Smoke após o álbum The Whippoorwill (2012), que certamente é um dos melhores do gênero nos últimos 20 anos. O trabalho seguinte, Holding All The Roses (2015) não caiu nas graças dos fãs, nem tanto por conta do álbum em si, mas também pela expectativa altíssima que o trabalho anterior estabeleceu. E apenas um ano depois, o quinteto de Atlanta retorna com Like An Arrow, dispostos a retomar de vez o padrão de qualidade e aceitação que já tiverem outrora.
De cara, a pesada abertura com Waiting For The Thunder já consagra-se com uma das melhores músicas do grupo, possui uma boa letra e refrão fortíssimo e ainda mostra o quão bom vocalista é o Charlie Starr. A dinâmica Let It Burn mantém a temperatura no alto, com um bom trabalho de guitarra e mostrando a influência de Lynyrd Skynyrd que a banda sempre carregou. Running Through Time é mais climática e leve, muito parecida com algumas músicas do Black Crowes, como The Wiser Time e Girl From a Pawnshop, só que mais acessível.
Se no disco anterior, o Blackberry Smoke dava sinais que aos poucos poderia abandonar o southern rock mais raiz e adentrar mais no hard rock, aqui eles fazem o caminho contrário e não escondem suas influências, como na faixa Sunrise In Texas, uma semi-balada bem característica da banda, como One Horse Town do The Whippoorwill (2012). A acústica e bucólica Ain't gonna Wait For Me também é destaque pela suavidade e belas linhas vocais, fazendo qualquer um que começou a ouvir southern rock com Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd encher o coração de amor.
Like An Arrow mostra-se um trabalho menos denso e seco do que seu antecessor. Claramente os músicos estão se divertindo muito tocando essas músicas, como na dançante Believe You Me, que traz até algumas inesperadas pitadas de funk. Também é notável como há espaço para todos os integrantes mostrarem suas qualidades, e não apenas Charlie, já que em algumas músicas de The Whippoorwill parecia tratar-se de sua carreira solo.
Com toda certeza Like An Arrow é um grande acerto da banda, que como citei no início da resenha, consegue sim resgatar a alegria e alta qualidade de seus trabalhos anteriores. Ela ainda é uma das poucas bandas recentes que consegue agradar públicos de todas as idades.
Tracklist:
1. Waiting For The Thunder
2. Let It Burn
3. The Good Life
4. What Comes Naturally
5. Running Through Time
6. Like An Arrow
7. Ought To Know
8. Sunrise In Texas
9. Ain't Gonna Wait
10. Workin' For A Workin' Man
11. Believe You Me
12. Free On The Wing
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Os 3 motivos que fizeram Leoni abandonar Kid Abelha e formar o Heróis da Resistência
Por que Andreas Kisser e sua esposa perderam muito dinheiro no fim dos anos 1990?
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O guitarrista do rock nacional que é vidrado no Steve Howe: "Ele é medalha de ouro"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Conheça todos os 11 músicos que já tocaram na Legião Urbana além de Russo, Bonfá e Dado
Só na terceira vez é que Geezer Butler descobriu que estava diante seu maior herói no baixo
Tom Morello: quando ele se tornou stripper para comprar algo que queria muito
Robert Plant: Ele desdenhou Liam Gallagher, do Oasis
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



