H5N1: Gripe Death Metal
Resenha - A Time of No Tomorrows - H5N1
Por Vitor Franceschini
Postado em 20 de janeiro de 2016
Nota: 5
Algumas coisas são imperdoáveis e/ou inaceitáveis nos dias atuais, tal como uma gravação ruim. O porquê disso é enfatizado pelo fato de termos inúmeros recursos e acessos para produzir algo de qualidade, ali no seu quarto, quintal, banheiro que seja. O H5N1 sofre desse mal, infelizmente.
O trio canadense, que utiliza a descrição para a gripe A aviária (influenza) como nome, aposta no Death Metal, mas foge do comum. Seu som nem sempre é veloz e uma boa camada de teclado (bem estranha, diga-se) aparece em quase todas as composições. De qualquer forma o som soa fúnebre e bem obscuro.
O problema mesmo fica por conta da gravação que abala e muito negativamente o trabalho. É até audível, mas os timbres foram muito mal escolhidos. As guitarras parecem enxames, enquanto a bateria parece que foi captada com um gravador de mão, sem microfone nenhum.
O teclado é o que mais se destaca, mesmo assim não salva nada, afinal Metal extremo é brutalidade. Os vocais guturais são os menos afetados, pois faz o seu papel. Se foi proposital, foi burrice, se foi falta de recursos, foi falta de paciência. Há o que se salve, algumas composições interessantes, mas nos dias de hoje, algo assim soa como uma piada mal contada.
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