Division Hell: O grande diferencial é a musicalidade ímpar
Resenha - Bleeding Hate - Division Hell
Por Fabio Reis
Postado em 20 de novembro de 2015
É impressionante como o Brasil tem cada vez mais se firmado como um dos grandes reveladores mundiais de bandas de Death Metal. O número de lançamentos no estilo é bem grande em nossas terras, com muito material bom e digno de ressalvas positivas, porém poucos com um diferencial tão grande e uma musicalidade ímpar como a do Division Hell.
A banda foi formada em 2010 na cidade de Curitiba, Paraná e "Bleeding Hate" é o seu primeiro álbum de estúdio. Pode-se dizer que esta é a estreia que mais me agradou no cenário nacional em 2015. Trata-se de um trabalho surpreendentemente maduro, apresentando muita técnica, peso e inspiração.
O registro possui nove ótimas composições e apresenta uma produção impecável. O Death Metal da banda possui muitos elementos do Thrash, agregando assim, características bem interessantes e que dão uma roupagem diferenciada a musicalidade do grupo. Um dos pontos altos do registro é a diversificação das músicas, não tem nada mais massante do que ouvir um álbum em que as canções soem parecidas umas com as outras e há a nítida impressão de estar ouvindo uma única faixa ininterrupta. Aqui esta sensação é praticamente limada, pois "Bleeding Hate" não é apenas bem tocado e focado em pura velocidade, temos faixas realmente bem construídas, com passagens marcantes e andamentos distintos.
Composições do porte de "The Fable Of Salvation", "The Last Words", "Holy Lies", "Crossing The Line" e "World Khaos" (a melhor do álbum), são a insanidade em forma de música e também os meus principais destaques. O grupo consegue agregar influências de grupos como Krisiun e Morbid Angel, mas também incluir referências ao trabalho do Sepultura (antigo) e tantas mais, tudo isso sem se parecer um clone ou copiar a musicalidade dos nomes citados. Possuem uma identidade fortíssima e esta talvez seja a sua melhor característica.
O baterista Eduardo Oliveira é um verdadeiro cavalo e como já é de praxe no estilo, é possuidor de muito técnica e responsável por viradas incríveis. A cozinha é completada por Hernan Borges (baixo) que executa linhas interessantíssimas e não deve nada aos grandes nomes do gênero. O guitarrista Renato Rieche é dono de excelentes riffs, solos precisos e de muito bom gosto, formando uma bela dupla com o Ubour (Guitarra/Vocal), dono um timbre destruidor e um gutural a lá Frank Mullen (Suffocation).
Se você é um fã do estilo, é totalmente recomendado que faça audições cuidadosas deste trabalho. Tudo o que necessita um bom disco de Death Metal, é encontrado com abundância neste debut. Grata surpresa!
Integrantes:
Ubour (Guitarra/Vocal)
Renato Rieche (Guitarra)
Hernan Borges (Baixo)
Eduardo Oliveira (Bateria)
Faixas:
1 - Army Of The Dead
2 - The Fable Of Salvation
3 - World Khaos
4 - Bleeding Hate
5 - The Last Words
6 - Holy Lies
7 - Bleak (Instrumental)
8 - Waiting For The Exact Time
9 - Crossing The Line
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