Vitaly: A Lei da Qualidade Evolutiva
Resenha - Hanging Rock - Tommy Vitaly
Por Vitor Sobreira
Postado em 28 de outubro de 2015
Quando um músico possui talento, se dedica e realmente se interessa pelo caminho que quer seguir, seja lá em qual estilo for, geralmente em algum momento de sua vida, vai querer mostrar o que sabe lançando seu trabalho. Mantendo essa linha de raciocínio, e dando seu nome a banda, o guitarrista italiano Tommy Vitaly, neste seu segundo álbum, adicionou uma quantidade maior de um "tempero" chamado vocal nas composições, proporcionando assim mais solidez e qualidade em seu som.
Fica até difícil imaginar um álbum que conta com os gabaritados David DeFeis (Virgin Steele), Zak Stevens (Circle II Circle, ex-Savatage), Carsten "Lizard" Schulz (Evidence One e outros), Michele Luppi (ex-Vision Divine e outros), Mats Levén (At Vance e outros), pois são vocalistas que se destacaram em suas respectivas bandas e juntos, mas ao mesmo tempo separados, emprestaram seus dotes ao Vitaly, que ainda conta com Todd La Torre (vocal, Queensryche), Rhino (ex-Manowar) na bateria e Andrea Torricini (Vision Divine) no baixo!
Apenas como aviso: Este disco não é uma Metal Opera, e cada vocalista canta em uma faixa diferente (exceto "Lizard", que canta em duas), caso você fantasie duetos, sinto em desapontar, mas nem nos seus melhores sonhos isso acontece aqui. No entanto, mesmo que cada música possua seus próprios atrativos e características, a impressão que fica é que o dono da banda quis deixar seus convidados bem a vontade, criando alguns momentos que talvez possam remeter um pouco a suas bandas, e o resultado é um Power Metal com doses de Neo-Clássico e Heavy.
Além do cuidado com a limpa qualidade de gravação, ouvimos uma guitarra que se mantém discreta, aparecendo constantemente de forma brilhante e com solos inspiradíssimos, sim, mas sem firulas e exibicionismos exacerbados, ou seja, o cara mostra do que é capaz sem fazer gracinhas. Chega a ser injusto mencionar destaques, até por que todas as músicas são ótimas e todos os músicos envolvidos se saem muito bem, no entanto, a abertura com "Betrayer" já nos serve de prelúdio para o que nos espera ao longo da audição e possui um refrão simples, mas que fica na cabeça de imediato. "Idol" é bem rápida e melódica, já "Forever Lost" é mais dramática e um tipo de semi-balada elegante e bonita, com uma primorosa interpretação de DeFeis. Apesar do título "Run With Devil" ser meio que clichê, o que nos interessa é o fato de ser uma das faixas mais empolgantes e fortes da seleção, que ainda posso citar a instrumental "Hanging Rock", uma boa pedida com muita técnica, clima relaxante e o contraste entre a guitarra e o teclado mais para o final.
Se até aqui, você achou alguma coisa interessante, pode apostar suas fichas neste álbum de primeira categoria, mesmo que só sendo para ouvir algum de seus vocalistas favoritos em ação...
Músicas:
1. Betrayer (Mats Levén)
2. Run with the Devil (Carsten "Lizard" Schulz)
3. Hands of Time (Todd La Torre)
4. Forever Lost (David DeFeis)
5. Idol (Michele Luppi)
6. Misanthropy (instrumental)
7. Heavy Metal God (Carsten "Lizard" Schulz)
8. Hanging Rock (instrumental)
9. Ice Warrior (Zak Stevens)
Lançamento: 03 de Maio/2012 - IceWarrior Records.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps