Iron Maiden: O Ritual Britânico da "Besta"
Resenha - Number of the Beast - Iron Maiden
Por Vitor Sobreira
Postado em 07 de outubro de 2015
Nota: 8
O que incomoda no Iron Maiden, é a super exposição que eles tem, não por inveja, é claro, mas pelo fato de ser uma banda que até quem não tem o minimo envolvimento com o Rock, pelo menos de nome conhece, o que é bem desagradável, ainda mais quando em alguma conversa, alguém pergunta: "Gostas de Iron?"... É melhor deixar pra lá. Só posso te dizer o seguinte: Heavy Metal da melhor qualidade... Sim, esta simples frase se aplica perfeitamente ao "Donzela", até por que, desde seu primeiro disco, estes britânicos deram o que falar, e, em poucos anos, foram consagrados como uma das maiores bandas do estilo no mundo. Nada que você já não saiba, porém...
Em 1982, o Metal se tornava cada vez mais poderoso, e mais bandas iam surgindo e lançando clássicos lembrados até hoje. Uma banda como o Iron Maiden, provou para todos e para si mesmos que nada poderia os impedir de conquistar milhares de fanáticos por sua música (até mesmo a saída e a substituição do lendário vocalista Paul Di'Anno, pelo inteligente Bruce Dickinson). Sempre digo isso, mas, mudanças, gostando ou não, muitas vezes são complicadas, porém, com o tempo e a paciência, podem se revelar mais do que acertadas. No entanto, Bruce se mostrou mais do que capaz para seu novo emprego, mal sabendo que se tornaria referencia para incontáveis vindouros vocalistas.
Polemicas infelizmente tendem a contornar tudo quanto é tipo de coisa, mas aqui, por causa de uma citação da Bíblia Sagrada, o uso do 'número da besta' 666, e o desenho do diabo sendo manipulado por Eddie na capa do disco, levaram grupos conservadores a acusarem a banda de pregar e disseminar o satanismo. Pura lorota, é claro, mas que foi encoberta por maravilhosas e históricas composições, desde as mais conhecidas (as que todos elevam), como: a faixa titulo, dona de um poder maravilhoso e um exemplo de como deve soar o Heavy Metal, 'Run to The Hills' com seu ritmo "cavalgado" e refrão cativante, e, a majestosa 'Halloweed by thy Name', que explorou a capacidade musical e tácnica de todos os envolvidos, e sempre é responsável por causar arrepios do inicio ao fim, seja pelas linhas vocais, seja pelos solos de guitarra! Mencionei estas, pois são as mais conhecidas, e por que quis fazer um paralelo com as faixas, vamos dizer assim, menos 'cultuadas' ou obscuras, que são: a rápida e fantástica 'Gangland', exibindo um clima tenso e potente, a abertura 'Invaders', que também é bem rápida e soa como uma pancada energética de tirar o folego, e, 'Total Eclipse', que completa o "trio das esquecidas', soando um pouquinho mais 'lenta' e com toques sombrios, e mais uma ótima interpretação de Bruce, mostrando que foi a escolha mais do que apropriada, e ainda renderia muitos excelentes frutos ao grupo, além de não poder esquecer de citar a título, que dispensa comentários, basta ouvir.
Riffs certeiros como socos, solos melodiosos e intrigantes, batidas violentas do saudosíssimo Clive Burr, vocais inesquecíveis e um baixo insistente e maniaco, é o que encontrará nesta audição. Eis aqui um clássico irretocável que venceu os anos, ou seja, uma decente aula de METAL! Up The Irons!!!
Formação :
Bruce Dickinson - Vocals
Steve Harris - Bass, Vocals (backing)
Clive Burr (R.I.P. 2013) - Drums
Adrian Smith - Guitars, Vocals (backing)
Dave Murray - Guitars
Músicas :
1. Invaders
2. Children of the Damned
3. The Prisoner
4. 22 Acacia Avenue
5. The Number of the Beast
6. Run to the Hills
7. Gangland
8. Hallowed Be Thy Name
Lançamento : 22 de Março de 1982 - EMI.
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