Nightwish: "Endless" mantem a forte integridade musical da banda
Resenha - Endless Forms Most Beautiful - Nightwish
Por Danilo Oliveira
Postado em 20 de março de 2015
Nota: 7
E, finalmente, em Março de 2015, sai a mais nova obra-prima do Nightwish. Dessa vez, com a nova vocalista (!) Floor Jansen, e o gaitista Troy Donockley. Floor, que é conhecida pela sua grande performance vocal, fez os fãns apostarem em um Nightwish ainda melhor que meados de Once. Enfim, "Endless Forms Most Beautiful" não foi tudo isso, mas traz consigo canções belas e com peso aos ouvintes.
A faixa introdutória, "Shudder Before the Beautiful", traz uma Floor talvez um pouco simplória, mas competente. A música cresce com a entrada do guitarrista Emppu - que esteve bem tênue nos últimos álbuns da banda - e emociona com a entrada do coro e da orquestra. Traz boas expectativas sobre as faixas que estão por vir.
"Weak Fantasy" tem um refrão sombrio, ao estilo Ghost River. Tem bastante impacto no álbum, mas ainda sim, soa um tanto repetitiva. "Élan" é uma faixa neutra, em todos os sentidos. Floor passa despercebida nessa faixa, mas manda bem na faixa a seguir, "Yours is an Empty Hole", que traz uma sonoridade efusiva entre heavy metal e orquestra.
Gosto do modo como a banda trabalha a cada álbum novo: trazendo ritmos e experiências novas, ao mesmo tempo boas e intensas, sem sair de sua atmosfera symphonic metal. Endless Forms Most Beautiful consegue manter essa qualidade que o Nightwish tem como músicos.
"Our Decades in the Sun" merecia de mais cuidado, pois mantem-se morna e de pouco ritmo do começo ao fim. "My Walden" não sai muito dos padrões. Traz uma Floor quase que falando, e um refrão com um backing vocal enjoativo.
Aliás, a maioria dos refrãos das músicas têm esse mesmo backing vocal, dando uma impressão de reciclagem meio ruim entre as faixas do álbum.
No entanto, "Endless Forms Most Beautiful", é digna de receber o nome do álbum, pois é um dos sons mais fortes da obra.
A oitava faixa é um dos grandes destaques do álbum. "Edema Ruh" é a faixa mais completa, com uma pegada mais pop-rock, e um trabalho bem feito de teclado, guitarra e vocais. "Alpenglow" mantêm a boa pegada do álbum; já a instrumental "Eyes of Sharbat Gula", pareceu bastante inócuo aos meus ouvidos.
Enfim, a faixa de 24 minutos do álbum. Intitulada "The Greatest Show On Earth", a faixa darwinista conta sobre os 5 bilhões de anos de vida terrestre. Soa mesmo como uma eureka, contendo diversos efeitos durante a faixa, enriquecendo toda a experiência sonora do álbum. Tem bons vocais, bons momentos, e uma orquestra bonita.
E, assim, acabam mais anos de espera por um novo trabalho da banda. O álbum ora emociona, ora decepciona. Era esperado um pouco mais dos caras, sobretudo da vocalista. De qualquer forma, Endless Forms Most Beautiful mantem a forte integridade musical da banda.
NIGHTWISH - ENDLESS FORMS MOST BEAUTIFUL
01. Shudder Before The Beautiful
02. Weak Fantasy
03. Élan
04. Yours Is An Empty Hope
05. Our Decades In the Sun
06. My Walden
07. Endless Forms Most Beautiful
08. Edema Ruh
09. Alpenglow
10. The Eyes Of Sharbat Gula
11. The Greatest Show On Earth
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