RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

O tipo de show que o Rush jamais faria, de acordo com Geddy Lee

Quando Brian May defendeu uma lendária banda de rock que havia "se vendido"

O que faltava no Kiss: "Led Zeppelin e The Who soavam incríveis. Por que não conseguimos?

A música gravada pelos Ramones que fez Dado Villa-Lobos querer tocar guitarra

Andreas Kisser critica o estereótipo de roqueiro de esquerda: "rock é liberdade"

O disco do Metallica em que Kirk Hammett viveu seu auge como guitarrista

A letra de Serj Tankian para o System of a Down que Shavo Odadjian menos entendeu

Por que Edu Falaschi não colocou "Rebirth" do Angra no seu novo Blu-Ray? Ele explica

A opinião de Rafael Bittencourt sobre Angra com Kiko Loureiro e Marcelo Barbosa juntos

Steve "Zetro" Souza explica veto ao nome Zetrodus

Andreas Kisser cita aspectos negativos do carnaval: "no heavy metal você não vê isso"

Os artistas bombados que Roger Water menospreza: "Sou muito, muito mais importante"

O disco clássico e a calça rasgada que mudaram a vida de João Gordo, do Ratos de Porão

O dia em que Max Cavalera foi preso após mal-entendido envolvendo a bandeira do Brasil

A música do Led Zeppelin que Robert Plant não consegue ouvir sem lembrar de John Bonham


Stamp

Yes: Levantando novo voo em 2011

Resenha - Fly From Here - Yes

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 16 de março de 2015

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Um dos alvos favoritos das escarradas punk no estouro de 1977 era o progressivo YES. Fundada na segunda metade dos anos 60, em Londres, a banda é um dos epítomes do "excesso" odiado pelos punks. Canções intrincadas, bombásticas, quilométricas e misticóides. Shows com pirotecnia a rodo.

Yes - Mais Novidades

O grupo produziu obras-primas do prog sinfônico. Ama-se ou odeia-se, mas não se fica indiferente a álbuns como Close to the Edge (1972). Em 1974, a crítica começou a malhar o YES, por conta do lançamento do ambicioso Tales From Topographic Ocean. Quando o movimento punk arrombou a festa, o YES era alvo fácil para se atacar a autoindulgência e "elitismo".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Os egos dos integrantes sempre foram tão grandiloquentes quanto sua sonoridade. O estrelismo, as tensões e divergências criativas são tamanhas que fica difícil acompanhar as variadas formações. É um tal de entra, sai, volta, briga, sai de novo e retorna ao longo dessas mais de 4 décadas...

O conceito de YES "de verdade" varia com a facção à qual pertence o fã. Sou da ala que crê na presença do vocalista Jon Anderson. Se Rick Wakeman estiver na formação, melhor, mas Jon é a primeira coisa que espero dum álbum do YES. A voz inconfundível igualmente desperta paixões e ódios. Um crítico inimigo definiu que Anderson canta como uma alface no cio.

Em uma das desavenças, o vocalista abandonou o YES e em 1980, a banda lançou Drama, com Geoffrey Downes nos vocais e Trevor Horn nos teclados, no lugar do também exilado Wakeman. Downes e Horn integravam o BUGGLES, banda new wave/synth pop, cujo lugar na história está garantido porque sua deliciosa Video Killed the Radio Star foi o vídeo de estreia da MTV. Essa formação do YES não agradou aos fãs e Anderson voltou pouco depois, pra versão reinventada, que gerou um dos maiores sucessos da década de 80, a canção Owner of a Lonely Heart. O álbum que a contém – 90125 (1983) – foi o último grande sucesso arrasa-quarteirão do grupo, produzido por Horn, diga-se. Depois disso, o YES seguiu lançando álbuns com alcance cada vez mais modesto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

No fatídico 11 de setembro de 2001, os caras estavam em Nova York pra lançar Magnification. Desde então, nada de novo no front. Em 2008, Jon Anderson teve problemas respiratórios e os outros membros tomaram uma atitude típica frente à recomendação médica de 6 meses de repouso pro vocalista: cartão vermelho pro baixinho.

Pro seu lugar, contrataram David Benoit, líder duma banda-tributo canadense chamada Close to the Edge. Rick Wakeman saiu de novo também. A formação passou a ser: Steve Howe (guitarra), Chris Squire (baixo), Alan White (bateria), pros teclados voltou Geoffrey Downes. Em 2010, anunciaram álbum novo, produzido por Trevor Horn. O YES voltava pra 1980. Fly From Here, lançado em 2011, soa como se gravado em 1981; mistura de YES com BUGGLES.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A ausência de Wakeman implica na falta da tapeçaria tecladística. Benoit não tenta (muito) imitar Anderson, mas seu vocal está a anos-luz do Napoleão - apelido colocado pelos colegas de banda por Jon ser baixinho e mandão. A mixagem das vozes, a integração com outras e a participação de outros membros cantando, driblam um pouco essa falta de personalidade, mas o fantasma de Jon Anderson assombra Fly From Here.

O álbum traz Squire e Howe sempre exímios em seus instrumentos, algumas vezes remetendo aos áureos tempos setentistas. Os sessentões tocam com garra e frescor invejáveis. Velhos fãs não terão como não amar certas firulas, determinadas passagens, timbres e maneirismos familiares e, claro, associá-los com canções anteriores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A faixa-título é uma suíte de 25 minutos dividida em 6 partes, que poderiam ser ouvidas independentemente. Uma espécie de medley ou cartilha Trevor Horn, com influências de YES. Alguns trechos existiam sob forma de demo desde a época de Drama; isso explica muito. A faixa cresce a cada audição, embora esteja longe dos voos de uma Gates of Delirium e seus alucinantes 22 minutos. A maturidade podou alguns excessos na instrumentação, mas será que nós fãs não amamos YES precisamente pelo hiperbolismo? De qualquer modo, uma adição louvável ao repertório do grupo.

The Man You Always Wanted Me to Be é o que se chamava faceless nos anos 80. Dispensável. Life On a Film Set também existe em forma embrionária desse os anos 80, e soa como uma canção do BUGGLES aos poucos metamorfoseando-se em prog. A bateria lembra o peso de Drama. Hour of Need e Solitude são para mostrar a perícia de Steve Howe no dedilhado. Into the Storm é maravilhosa! Puro YES safra anos 70, com harmonias vocais talhadas pra gente não sentir muita falta de Jon Anderson (embora eu não deixe de imaginar como certos trechos seriam com seus vocais. Imagine o "take me awaaay" com ele!). Em quase 7 minutos, andamentos e maneirismos obsessivos que qualquer fã identificará com a fase melhor do grupo. Parece uma banda de jovens descobrindo o prog agora, cheia de energia. Chave de ouro pro álbum.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Com o movimento prog longe de estar morto, Fly From Here mostra para as novas gerações o que o YES ainda é capaz de fazer.

Tracklist

1. "Fly From Here - Overture" - 1:53
2. "Fly From Here - Pt I - We Can Fly" - 6:00
3. "Fly From Here - Pt II - Sad Night at the Airfield" - 6:41
4. "Fly From Here - Pt III - Madman at the Screens" - 5:16
5. "Fly From Here - Pt IV - Bumpy Ride" - 2:15
6. "Fly From Here - Pt V - We Can Fly (reprise)" - 1:44
7. "The Man You Always Wanted Me to Be" - 5:07
8. "Life on a Film Set" - 5:01
9. "Hour of Need" - 3:07
10. "Solitaire" - 3:30
11. "Into the Storm" - 6:54

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Outras resenhas de Fly From Here - Yes

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Manifesto 2025


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS