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Angra: Entrando nas raízes mais ocultas de sua criatividade

Resenha - Secret Garden - Angra

Por Victor Freire
Postado em 12 de março de 2015

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Depois de muita espera, eis que pego minha cópia do Secret Garden (2015), mais novo álbum dos guerreiros do Angra. Digo "guerreiros", porque eles passaram por muitas situações que culminaram ou culminariam no fim da banda, e eles continuaram. Sem querer criticar e já criticando, o problema de tudo foi dinheiro. O dinheiro tirou Andre Matos da banda, para a sua carreira-solo quase sem sal; o dinheiro tirou Aquiles Priester, que formou o Noturnall e continuou com o Hangar e o dinheiro quase levou a banda toda embora, quando um problema de longa data com um dos empresários da banda deixou o Angra fora dos palcos por certo tempo. Esse tempo de hiato serviu para Edu Falaschi se dedicar ao Almah, e deixar a banda (foi o melhor, não dizendo que ele é ruim), para Kiko Loureiro se dedicar à sua carreira-solo e para Rafael Bittencourt lançar o Brainworms I (2008), um dos melhores álbuns que escutei até hoje, sério mesmo.

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Depois do conturbado DVD em comemoração aos 20 do Angels Cry (1993), que provocou mais brigas entre os membros antigos, brigando por direitos autorais -- novamente o dinheiro entrando em pauta -- eis que o Angra volta para o estúdio e nos apresenta mais um trabalho. A principal novidade do Secret Garden (2015) é a presença de Bruno Valverde na bateria e Fábio Lione nos vocais, dispensa apresentações.

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Pegando o meu álbum, gostei do acabamento, detalhe para a versão digipak -- não sei se será limitada. Artes que remontam um jardim e fotos da banda tiradas no Museu da TAM, em São Carlos/SP, estão em perfeita harmonia. Aprovado o trabalho artístico, vamos ao que interessa, que são as músicas.

Em se tratando de Angra, a primeira coisa que esperava era um "arroto" em dueto logo na primeira música, e passagens puramente técnicas, como é o costume. Mas, Newborn Me é um tapa na cara de quem tem esse sentimento. Nada de riffs rápidos e em dueto, um único riff pesado é que introduz a música, lembrando os bons tempos de Nothing to Say, no Holy Land (1996). Os vocais de Fábio se encaixaram perfeitamente na música, gostei do resultado. O refrão é excelente, ao vivo ficará poderoso. Outro detalhe é que o Angra não se adapta aos vocalistas, os vocalistas é que devem se adaptar ao Angra. É comum você ver uma banda mudar um pouco o estilo depois que um novo vocalista entra. Tive esse sentimento porque fiquei imaginando Edu Falaschi ou Andre Matos cantando a mesma música, são estilos semelhantes.

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No melhor estilo Acid Rain, do Rebirth (2001), Black Hearted Soul é a segunda faixa do álbum, e para quem achou que eles não chegariam, ali estão eles, os solos em dueto na introdução seguido de uma base rápida estilo speed metal. Refrão pegajoso, é uma música no estilo que o Angra sempre trabalha. Como achei o álbum muito rico -- já adiantando meu julgamento -- essa música meio que passou despercebida, mas, não deixa de ter seu charme. Final Light, uma das contribuições de Felipe Andreoli, é uma das minhas favoritas do álbum, o início pesado e o refrão potente são um convite a apreciar o Secret Garden (2015). Não consigo imaginar essa música sendo executada no show, mas é um dos pontos fortes do álbum, com direito até a percussão.

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Storm of Emotions foi a música lançada como single e única música que já tinha escutado do álbum antes do lançamento. Início lento, com progressão para um refrão marcante. A principal parte dessa música para mim é quando Rafael canta. Podemos contar no dedo as vezes que ele fez uma participação em um álbum do Angra, e quando ele entra, entra "entrando". Ficou apoteótico. A partir desse ponto, temos sua participação cada vez mais nas músicas, o que achei sensacional, porque ele nos mostrou que o Angra não vai ficar preso mais a vocalista. O Fabio é da banda? É, mas, desde o início ele deu a entender que poderia sair a qualquer momento da banda, e em uma possível saída, Rafael poderia finalmente assumir os vocais do Angra, algo que deveria ter feito desde a saída de Andre Matos. Ele já mostrou sua competência, o único problema é sustentar com o ritmo dos shows.

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Algo que notei nesse álbum é que as músicas não estão difíceis para o vocalista. Se você analisar o Fireworks (1998) ou o Temple of Shadows (2004), por exemplo, são álbuns extremamente difíceis, mas, o Secret Garden (2015) deu a impressão de ter sido composto dentro do alcance vocal de Rafael. Mais uma de minhas favoritas, Violet Sky, é a faixa seguinte, cantada inteiramente por Rafael. A música segue mais ou menos a mesma linha progressiva de Storm of Emotions. Apesar de Fabio ser o vocalista -- agora oficial --, ele não cantou todas as músicas, como é o caso dessa. Isso deu uma versatilidade muito grande ao álbum.

A faixa-título Secret Garden, única faixa que não foi composta pela dupla Bittencourt/Loureiro (quase um Lennon/McCartney) e sim pela esposa do Kiko Loureiro, Maria Ilmoniemi. A música é diferente de todas as composições do Angra, obviamente, e de todas as músicas do álbum. Ela é inteiramente cantada por Simone Simmons (Epica), mantendo seu timbre natural de voz, não fazendo a "voz de opera" tradicional. Gostei da música. Têm muitas passagens de violino, obviamente 2 (a esposa do Kiko é violinista e pianista), e é a faixa mais orquestrada de todas do álbum. Novamente digo, é diferente de tudo o que apareceu antes em toda a discografia do Angra. Foi ousado colocar uma música dessas no álbum, mas, para mim, o resultado não podia ter sido melhor.

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Com um riff no baixo, seguido de uma levada bossa-nova, Upper Levels nos "traz o Angra de volta". Essa música nos lembra das raízes brasileiras da banda, algo que eles sempre tentam trazer nos álbuns. Musicalmente, é uma das melhores do álbum, cheia de variações na melodia. Fabio acaba seu descanso e volta aos vocais nessa. Essa é mais uma música para você parar e ouvir. Arrisco em dizer que essa é um dos pontos altos da carreira do Angra, não dizendo que ela será um clássico, mas, é uma das melhores composições que eles fizeram. Depois da pesada, porém um pouco apagada, Crushing Room, cantada por Rafael -- com direito a participação da clássica Doro Pesch, nos vocais -- o álbum é "encerrado" com a rápida e fácil de ouvir Perfect Symmetry. Esta última segue a linha dueto na introdução e base rápida em pedal duplo, era a música que o álbum precisava ter, a ousadia já foi muito grande com as outras faixas. Mesmo sendo "mais do mesmo", gostei da música, principalmente do início do refrão: "Stars are calling you...". Novamente, imaginei a voz de Edu Falaschi nessa música, mas, perdão, Edu, o Fabio está muito bom.

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Anteriormente falei "encerrar" entre aspas porque essa música é a última rápida, mas, o Secret Garden (2015) ainda guarda uma música para fechar a obra. Uma faixa inteiramente voz e violão, composta por Rafael, encerra a visita ao jardim secreto. Silent Call é de longe a minha favorita do álbum. É uma música extremamente simples, mas, que soa muito bem. Rafael cantou ela com uma alma tão grande, que ainda não consigo mensurar. Recomendo fortemente você, web-leitor, conferir essa música. A letra também é um show a parte. Uma mensagem positiva forte é transmitida. Foi o encerramento que esse álbum merecia, sem sombra de dúvida.

Terminando a audição do Secret Garden (2015) fiquei com a impressão que o Angra nos convidou a entrar nas raízes mais ocultas de sua criatividade. Se álbuns como o Aqua (2010) e o Aurora Consurgens (2006) são extremamente técnicos, o Secret Garden (2015) é musical. Composições simples, mas, complexas ao mesmo tempo, sem ter a obrigação de serem difíceis de tocar, como eram as composições do Angra. Se eu já tinha gostado do Aqua (2010), o Secret Garden (2015) está muito à frente dele. Já considero ele entre os cinco melhores de toda a carreira do Angra. É um álbum de estúdio, não consigo imaginar boa parte das músicas ao vivo, é um álbum para você escutar em casa, sentado no sofá com uma Heineken, apreciando cada acorde.

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P.S: Algo que me ocorreu no fim da postagem é se esse álbum tem ou não ligação com o livro O Jardim Secreto, de 1910. A banda não se pronunciou a respeito, mas, vou analisar as letras e ver a obra para verificar a relação, e publico posteriormente. O Aqua (2010), para quem lembra, foi inteiramente escrito baseado na Tempestade, de Shakespeare. Vamos aguardar.

Tracklist
1.Newborn Me
2.Black Hearted Soul
3.Final Light
4.Storm of Emotions
5.Violet Sky
6.Secret Garden
7.Upper Levels
8.Crushing Room
9.Perfect Symmetry
10.Silent Call

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Sobre Victor Freire

Professor universitário e mestre em Engenharia Mecânica pela UFRN. Nascido no deserto de Mossoró/RN. É fã e colecionador de itens relacionados ao rock'n'roll. Editor-chefe do blog Rock'N'Prosa e guitarrista do Godhound. Acessa o Whiplash! desde a infância e colabora com o site sempre que possível.
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