RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Produtor de longa data do Black Sabbath revela os segredos do timbre da guitarra de Tony Iommi

A guitarra barata que é imitação de marca famosa e mudou a vida de James Hetfield

Billy Corgan comenta seu álbum favorito do Black Sabbath: "Iommi foi visionário e pioneiro"

O canadense que matou uma família e culpou música de Ozzy

Baterista do Shadows Fall odiou Metallica e Slayer quando ouviu pela primeira vez

A reação de seu advogado após guitarrista recusar cargo de guitarrista de Ozzy Osbourne

Kurt Cobain comenta as músicas do Nirvana que compôs para combater o sexismo

Um fator crucial que levou Mike Shinoda a reformar o Linkin Park; "Estava quase como acabado"

Primeira música escrita por Steve Harris tinha título "horrível" e virou faixa de "Killers"

O que Cazuza quis dizer com "A burguesia fede e quer ficar rica" no clássico "Burguesia"

A conturbada saída de Steve Souza do Testament, nas palavras de Eric Peterson

O dia que o Pearl Jam só não compôs uma música com Bob Dylan porque Eddie Vedder não quis

A enigmática última frase que Renato Russo disse para seu amigo antes de morrer

Além de Jaco, o outro baixista fenomenal que Robert Trujillo adora, mas poucos roqueiros conhecem

Liam Gallagher estabelece condições para novo álbum do Oasis sair do papel


Pierce The Veil
Comitiva

Echo & The Bunnymen: "Meteorites" é um disco de momentos

Resenha - Meteorites - Echo & The Bunnymen

Por Carlos Cyrino
Postado em 03 de junho de 2014

Quem leu meu texto O Cyrino e o Rock – feito para o já muito distante especial do Dia do Rock de 2006 – sabe que o Echo & The Bunnymen é minha banda favorita. Diria que sou um tanto obcecado pelo segundo quarteto mais famoso de Liverpool de muitas formas que nem consigo explicar. E também de outras tantas maneiras que consigo botar em palavras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Uma dessas maneiras que consigo justificar e que cai como uma luva para a resenha de seu novo álbum, Meteorites, o 12º disco de estúdio da carreira, é sua incrível capacidade para, mesmo com todos os fatores jogando contra, conseguir extrair alguns momentos de puro brilhantismo da adversidade. E, assim, criando alguma mágica a partir de um desastre em potencial, continuar justificando sua existência já há 36 anos.

Senão vejamos. A banda está reduzida à dupla Ian McCulloch (vocais e guitarra) e Will Sergeant (guitarra solo) e uma verdadeira porta-giratória de músicos contratados. O baterista Pete De Freitas morreu em 1989 e o baixista Les Pattinson pediu as contas uma década depois. A voz de McCulloch, outrora grandiosa e dramática, está há tempos um caco, um fiapo rouco incapaz de alcançar os graves e agudos de antigamente, devido a anos de excesso de álcool e cigarros. A maioria da imprensa especializada os enxerga como dinossauros que não souberam a hora de parar e vivem do circuito da nostalgia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

De fato, a qualidade geral de sua produção desde que o Echo & The Bunnymen voltou em 1997 após ter encerrado atividades no início da década de 90, tem sido bastante irregular. Mas quando acertam, como no caso de Siberia (2005), o resultado mais que compensa os escorregões. Meteorites se encaixa nessa segunda categoria, embora o resultado não seja perfeito como o supracitado Siberia.

É um disco de momentos. Nem todas as faixas acertam, mas as que acertam são na mosca, e isso acaba levantando a qualidade geral. O que mais me chamou a atenção nas primeiras audições, contudo, foi o teor das letras. Trata-se de um álbum de contemplação. Ian McCulloch parece ter chegado naquele ponto da idade onde se dá aquele vislumbre geral de sua vida. Ele olha para trás e vê um passado cheio de erros e arrependimentos, de coisas que poderia ter feito diferente. Olha para frente e vê um futuro não muito animador, pouco esperançoso. Dá-se conta de que o fim está cada vez mais próximo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Desde que assumiu um tom menos poético e cifrado e mais direto e confessional em suas letras a partir de Evergreen (1997), este é talvez seu disco liricamente mais peito aberto, mais sincero e mais triste, embora os arranjos não necessariamente sigam a mesma toada das letras.

NENHUM SOBREVIVENTE SERÁ ENCONTRADO

Outro elemento que salta aos ouvidos é justamente o vocal de Ian. Sim, sua voz ainda está um trapo e jamais chegará perto do que era no auge, na década de 80. Mas o cara sabe usar muito bem o pouco que lhe restou. E ainda deu uma atenção especial ao trabalho de backing vocals, bem arranjados e criativos, o que ajuda a compensar sua pouca extensão vocal. Esse trabalho de vocais de apoio sempre foi presente na banda, mas neste disco ele está mais em primeiro plano que o de costume. E ajuda a deixar o disco com uma aura mais Pop e cantarolável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A pegada reflexiva do álbum já fica clara desde a faixa de abertura, que dá nome ao disco, uma balada levada por um arranjo de cordas e que cresce de intensidade no refrão, quando entra a guitarra. Passa pela mais Pop Holy Moses, onde Ian questiona também sua espiritualidade e deixa a melancolia do vocalista mais explícita na auto-explicativa Is This a Breakdown? (Isso é um Colapso?).

Will Sergeant colabora como sempre com sua guitarra simples, porém extremamente inventiva, melódica e hipnótica. E é seu instrumento quem protagoniza os melhores momentos do disco. Constantinople, minha faixa favorita, com seus fraseados sombrios de pegada oriental que tanto lembram as canções de Porcupine (1983), Market Town com sua longa seção final distorcida e o primeiro single, a certeira Lovers on the Run, mostram que sua criatividade com as seis cordas continua afiada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

Assistir vídeo no YouTube

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Já faixas como Grapes Upon the Vine, Burn It Down e Explosions são bonitinhas, mas estão fadadas a serem soterradas para nunca mais serem encontradas dentre o conjunto da obra da banda. Funcionam no tracklist do disco, mas não são aquelas que você vai querer ouvir quando pensar nele.

E como já virou tradição, a dupla sempre fecha com uma balada. New Horizons é a bola da vez, e parece algo requentado, seja da carreira solo de McCulloch (que sempre teve um gostinho pelo cafona), ou ainda do péssimo álbum auto-intitulado da banda de 1987. Sem dúvida a pior faixa do disco.

Meteorites está longe de ser perfeito, mas possui grandes momentos que compensam as faixas menos inspiradas. A essa altura da carreira, não se pode esperar que a dupla lance algo com a qualidade de um Heaven Up Here (1981) ou Ocean Rain (1984), mas é um dos discos mais interessantes desde sua volta, provando que eles ainda conseguem conjurar mágica das dificuldades. Apesar do caminho negativo vislumbrado por Ian McCulloch nas letras, a banda prova em música que ainda há sim lenha para queimar. Eu e minha obsessão agradecemos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

Matéria originalmente publicada no site Delfos
http://www.delfos.jor.br

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp
Bangers Open Air


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS