RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Bangers Open Air

Black Sabbath: Robótico, pop e decadente em Technical Ecstasy

Resenha - Technical Ecstasy - Black Sabbath

Por Pedro Zambarda de Araújo
Postado em 15 de maio de 2014

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Entre 1973 e 1976, o Black Sabbath passou por transformações depois de estourar com quatro discos: Black Sabbath (1970), Paranoid (1970), Master of Reality (1971) e Vol. 4 (1972). As primeiras mudanças ocorreram em Sabbath Bloody Sabbath (1973) e Sabotage (1975). Technical Ecstasy, lançado no dia 25 de setembro de 1976, é um álbum que traz um heavy metal robótico, um rock profundamente pop e uma banda em um começo de decadência.

Black Sabbath - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O disco tem um total de oito composições e abre com Back Street Kids, uma música sobre se tornar um astro do rock, ficar alto e ter dinheiro. Apesar dos flertes constantes do Sabbath com o rock progressivo, inclusive colocando Rick Wakemen do Yes em algumas músicas, esta música soa mais punk e mais parecida com a primeira fase da banda, com Ozzy Osbourne cantando com voz desafinada, acompanhada por riffs bem demarcados de Tony Iommi em sua guitarra canhota. Gerald Woodruffe colabora com entradas estratégicas de seu teclado, enquanto Bill Ward (bateria) e Geezer Butler (contrabaixo) fazem a cozinha consistente de fundo.

You Won't Change Me dá uma diminuída no ritmo frenético da abertura do disco e retoma a atmosfera mais densa do Black Sabbath, com efeitos pesados dos instrumentos, mas sem temas muito fantasiosos nos versões. O refrão desta composição, no entanto, mostra o dom de Ozzy para cantar música pop acompanhada por uma guitarra pesada. Esta segunda faixa seria confundida, facilmente, com alguma da carreira solo do Madman, além de conter um dos solos mais rápidos e jazzísticos de Tony.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Eis que surge uma surpresa muito diferente e agradável neste disco, que vale sua compra. It's Alright é uma música completamente diferente do que o Sabbath tinha composto até aquele fatídico ano de 76. Ao invés de ter Ozzy nos vocais, é o baterista Bill Ward que empresta sua voz, tocando bateria ao mesmo tempo. A letra simboliza as brigas pessoais e empresariais que a banda estava tendo na época, endividada com impostos e abusando de bebida e drogas. Bill tentou transmitir, com aquela letra, uma sensação de que tudo vai dar certo, mesmo com todas as dificuldade entre os quatro fundadores da banda. A bateria consistente é novamente acompanhada por outra guitarra elétrica inspirada, dando um brilho ao álbum. O Guns N'Roses faria um cover da música quase duas décadas depois. A música é muito parecida com o som de Beatles, uma das influências fortes do Sabbath, segundo o próprio Ozzy Osbourne (que não canta nesta ocasião).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Gypsy é outra pérola do disco, com uma letra sobre esoterismo, uma cigana e tentações. All Moving Parts (Stand Still) abre a segunda parte do álbum com uma melodia mais ritmadam sobre sentimentos, e como eles estão decadentes. Em seguida, vem Rock 'n' Roll Doctor, sobre como a música nos ajuda a superar problemas. A letra, em parte, reflete as dificuldades de Ozzy com a cocaína e com o excesso de bebedeiras na época.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Ozzy coloca sua história na música She's Gone, sobre os problemas que ele enfrentava em seu casamento com Thelma Riley, mulher que ele agredia e amedrontava com sua personalidade instável. É o momento mais melancólico do disco. Sua vida mudaria, anos depois, com Sharon Arden, a futura empresária de sucesso Sharon Osbourne.

Dirty Women fecha o disco sobre vida noturna, prostituição e vida urbana. Technical Ecstasy só ganhou um disco de ouro no dia 19 de junho de 1997, 20 anos depois do lançamento do material. Foi um álbum complicado na carreira do Sabbath, com a banda mergulhada em dívidas, em brigas e competindo com o emergente punk rock dos Ramones, que prometia acabar com o rock progressivo e com o metal acompanhado por composições mais simples e cruas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Ozzy tem uma opinião particular sobre o disco, especificamente sobre a capa dele, feita pelo artista inglês Hipgnosis, de Londres. Ele escreveu em sua autobiografia:

"O pior de tudo, no entanto, é que perdemos nossa direção. Não era a experimentação com a música. Parecíamos nem saber mais quem éramos. Um minuto você tinha uma capa como a de Sabbath Bloody Sabbath, com o cara sendo atacado por demônios, e na seguinte tinha dois robôs transando enquanto subiam uma porra de uma escada rolante, que era a arte de Technical Ecstasy. Não estou dizendo que o disco era todo ruim - não era. Por exemplo, Bill escreveu uma música chama 'It's Alright' que eu adorei. Ele cantava também. Tem uma ótima voz e eu fiquei mais do que feliz por deixá-lo cantar. Mas comecei a perder o interesse e fiquei pensando em como seria ter uma carreira solo. Até fiz uma camiseta com 'Blizzard of Ozz' escrito. Enquanto isso, no estúdio, Tony estava sempre dizendo: 'Devíamos soar como o Foreigner', ou 'Devíamos soar como o Queen'. Mas eu achava estranho que as bandas que antigamente influenciávamos agora estavam nos influenciando".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Depois deste disco, Ozzy tentaria sair do Sabbath pela primeira vez. Voltaria para gravar Never Say Die! (1978) e encerrar a fase clássica da banda criadora do heavy metal.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Gustavo Godoi Alves | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Pedro Zambarda de Araújo

Nascido em 1989. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, Pedro foi apresentado ao heavy metal através da banda Blind Guardian, em meados de 2004. Ouve e aprecia outros estilos do rock, como o punk, o indie e vertentes mais variadas. Gosta de assistir e cobrir shows.Toca muito mal guitarra, mas aprecia vários tipos de instrumentos musicais.
Mais matérias de Pedro Zambarda de Araújo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS