Kataklysm: Velocidade, melodia e agressividade nas medidas certas
Resenha - Waiting For The End to Come - Kataklysm
Por Gisela Cardoso
Postado em 30 de novembro de 2013
Formado em 1991, o Kataklysm se consolidou no cenário Death Metal mundial com a sua capacidade de criar uma sonoridade autêntica e mutável: ora mais agressiva, ora mais melódica… No entanto, parece que em 2013 o quarteto canadense conseguiu, digamos, criar um "meio termo". Por meio de 11 faixas, o álbum "Waiting For The End To Come" apresenta um som melódico, mas também pesado, ou às vezes, os dois aspectos em uma só música.
Primeiramente, é impossível falar sobre o Kataklysm sem mencionar o seu virtuoso trabalho na bateria, que gera uma verdadeira explosão de rápidas batidas. Porém, o responsável pela pancadaria nos tambores – o qual deu título ao grupo de "hyperblast", Max Duhamel – se afastou temporariamente da banda para lutar contra o alcoolismo. Sendo assim, o escolhido para assumir as baquetas no novo álbum foi Oli Beaudoin (ex-Neuraxis), que definitivamente conseguiu preservar o legado de Duhamel, fazendo com que se torne improvável ouvir o Kataklysm parado.
A começar pela primeira faixa, "Fire", que já é um soco na cara: apresenta uma introdução mais melódica, mas em seguida não poupa em velocidade com blast beats devastadores, riffs pesados, vocais nervosos e uma boa evolução rítmica. Em seguida, para não quebrar o costume, a "If I Was God – I’d Burn It All" se inicia com uma citação do filme "O Livro de Eli", e logo apresenta uma boa cozinha, e os riffs novamente se destacam – é uma boa pedida para quem é amante dos mosh pits, mas a melodia surge timidamente no final.
Em "Like Animals", os vocais urrados de Maurizio Iacono não têm limites de agressividade, e com um refrão memorável, a mensagem é deixada de maneira bem fixa. O início de "Kill The Elite" já deixa todos na expectativa, como se algo grandioso estivesse por vir. É mais melódica do que as anteriores, mas o destaque vai para a boa variação vocal de Maurizio.
A variação entre o gutural e rasgado segue em "Under Lawless Skies" que, apesar da dinâmica nas guitarras e na bateria, consegue não ser tão pesada. Um solo de guitarra já marca o início da "Dead & Buried", e o grupo continua investindo no equilíbrio entre o peso e a melodia. A "The Darkest Days of Slumber" é mais cadenciada, e a agressividade retorna através de pesados riffs e batidas furiosas, mas há um "rompimento" com o refrão mais harmônico.
Um rufar de bateria introduz a "The Promise", que em seguida nos apresenta uma boa conexão da bateria com a guitarra. E quem estava sentindo falta da velocidade, ela volta com mais força na "Empire Of Dirt". Para finalizar o disco, o Kataklysm optou pela "Elevate", e não é à toa que ela recebeu um videoclipe: trata-se de uma verdadeira viagem musical que nos faz visualizar um mundo assolado pela morte. E voltando aos termos técnicos, há uma pintada harmônica mesclada com elementos mais agressivos.
"Waiting For The End To Come" não é relativamente o álbum de Metal extremo que todos os amantes do Death Metal esperavam. Mas vale admirar a impecável produção do disco – o que o Kataklysm sempre se supera – e também a capacidade de criar, mais uma vez, um som original e de qualidade. E apesar da mudança em sua formação, o Kataklysm conseguiu manter a sua identidade, usando a velocidade, melodia e agressividade nas medidas certas. Esse é o Kataklysm!
Kataklysm é atualmente formado por:
Maurizio Iacono – vocal
Jean-François Dagenais – guitarra
Stephane Barbe – baixo
Oli Beaudoin – bateria
"Waiting For The End To Come", 25 de outubro, via Nuclear Blast:
1. Fire
2. If I Was God – I’d Burn It All
3. Like Animals
4. Kill The Elite
5. Under Lawless Skies
6. Dead & Buried
7. The Darkest Days of Slumber
8. Real Blood – Real Scars
9. The Promise
10. Empire Of Dirt
11. Elevate
Resenha original de
http://hornsup.com.br/
Outras resenhas de Waiting For The End to Come - Kataklysm
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Ouça "Body Down", primeira música do projeto Stanley Simmons
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Viúva de Canisso acusa Raimundos de interromper repasses previstos em contrato
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
James Hetfield relembra o momento em que teve que decidir entre o metal e o futebol
Jason Bonham ficou magoado com Led Zeppelin por ficar de fora da "reunião" do grupo
O Rockstar extremamente famoso que nunca gostou do Led Zeppelin


"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



