Flying Burrito Brothers: força primitiva com um dose de soul
Resenha - Gilded Palace of Sin - Flying Burrito Brothers
Por Paulo Severo da Costa
Postado em 28 de fevereiro de 2013
"GRAM PARSONS era uma espécie de JIMI HENDRIX branco do country". Por mais ousada que seja tal afirmação, essa partiu de TERRY MELCHER, um dos mais respeitados produtores dos anos 60, responsável por sucessos em avalanche como o BYRDS e os exóticos BEACH BOYS. Se não obteve um décimo da repercussão de seu gênio comparativo, PARSONS, morto em 1973, vítima de uma mistura hecatômbica de morfina e tequila, foi, sem dúvida, um dos maiores responsáveis pela criação do nicho onde viriam a nascer gente como o EAGLES e CREEDENCE: o country-rock.
Ex-integrante do BYRDS, o guitarrista fundou o FLYING BURRITO e, um ano depois do clássico registro de sua ex-banda "Sweetheart of The Rodeo", lançou "The Gilded Palace of Sin", futuramente reconhecido com um do maiores pilares do alt-country e similares. O álbum reuniu a força primitiva de HANK WILLIANS e JOHNNY CASH, com uma bela dose de soul e guitarras afiadas como estilete e, se naufragou frente a divisão beligerante entre fãs de country e rock à época, mostrou que o teste do tempo é o único que realmente tem valor.
"Christine Tune's" é o extrato de toda onde 'Outlaw" que faria WILLIE NELSON e outros brilharem na década seguinte, recheada de backings saborosos e um pedal steel a frente de seu tempo. A pegada "do mato" continua vívissima em faixas como "My Uncle" e "Hot Burrito 2" – essa com um mix entre guitarra fuzz, tecladeira e vários efeitos de fundo que dão o tom certo para a canção. Enquanto isso, "Hippie Boy" tem aquele HAMMOND ao estilão de " A Whiter Shade Of Pale" e vocais quase sussurrados- fórmula que faria sucesso do soul de BARRY WHITE ao country comercial de ALAN JACKSON séculos depois.
Da pegada soul do clássico coverizado "Dark End of The Street" imortalizada por ARETHA FRANKLIN ao baladão de "Sin City", "Gilded" foi colocado entre os quinhentos melhores álbuns de todos os tempos (posição 192). Ainda que não constasse dessa lista – que muitas vezes promove nomes duvidosos ao lado de clássicos – é um disco que merece ser constantemente revisitado.
Track list:
1. "Christine's Tune"
2. "Sin City"
3. "Do Right Woman"
4. "Dark End of the Street
5. "My Uncle"
6. "Wheels"
7. "Juanita"
8. "Hot Burrito #1"
9. "Hot Burrito #2"
10. "Do You Know How It Feels"
11. "Hippie Boy"
Outras resenhas de Gilded Palace of Sin - Flying Burrito Brothers
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
O álbum clássico do thrash metal que foi composto no violão
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Novo álbum do Linkin Park ganha disco de platina tripla no Brasil
Álbum ao vivo do Scorpions alcança o 2º lugar na parada alemã
Robb Flynn defende o Bring me the Horizon da "polícia do metal"
Jordan Rudess comenta a turnê latino-americana do Dream Theater; "Deve ser muito emocionante"
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Max Cavalera acha que escrever letras de músicas é uma tarefa entediante
Sexo ok, drogas tô fora, rock'n'roll é tudo; 5 músicos de hair metal que fogem do estereótipo
O clássico do metalcore que fez garotas começarem a ir a shows do Killswitch Engage
Plano do Pantera era dar um tempo após "Reinventing the Steel", segundo Rex Brown
A música escrita em momento ruim que virou clássico dos anos 1990 e bateu 1 bilhão no Spotify
O significado de "moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar" em "Pais e Filhos"
O rockstar americano que interditou andar inteiro da MTV no Brasil após feijoada

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



