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Black Country Communion: resultado final muito satisfatório

Resenha - Afterglow - Black Country Communion

Por João Paulo Linhares Gonçalves
Fonte: Ripando a História do Rock
Postado em 03 de dezembro de 2012

Vou falar sobre o novo disco do Black Country Communion, "Afterglow", lançado no finalzinho de outubro deste ano de 2012. Mais um petardo deste supergrupo, que teve alguns desentendimentos entre seus dois principais componentes - Glenn Hughes e Joe Bonamassa - e está um grande mistério se a banda continuará ou não.

Black Country Communion - Mais...

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Tudo estava bem. Joe Bonamassa seguia sua carreira solo, lançou mais um disco (um belo disco, "Driving Towards The Daylight"; confira o post com a resenha a respeito deste disco aqui), tocou até no nosso Brasil (confira o post com a resenha do show aqui no Rio de Janeiro aqui). Pouco depois dos shows pela América do Sul, Bonamassa se juntou a seus parceiros de banda e iniciou as gravações deste terceiro álbum. A mesma equipe, incluindo o produtor Kevin Shirley, que produziu também o disco solo de Bonamassa. No mesmo mês, a própria banda começou a publicar pequenos vídeos dos membros da banda no estúdio. Em setembro, começaram os webisódios, pequenos vídeos, de quatro a seis minutos de duração, que mostravam a banda no processo de composição e gravação (em apenas seis dias eles gravaram esta maravilha. Bravo!!). No dia 19 de setembro, o primeiro single foi liberado como um download grátis no site da banda: a canção "Confessor", uma bela amostra da qualidade do álbum que estava prestes a ser liberado.

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No começo de setembro, ao navegar pelo meu Twitter, percebo a notícia do Whiplash.Net falando que o álbum "Afterglow" poderia ser o último da banda. Como assim??? Lendo a notícia, e as que viriam a seguir, percebo que Glenn quer uma banda que excursione e toque ao vivo, coisa que Bonamassa não tem tempo, já que se mete em um sem número de atividades de sua carreira solo. Inclusive o único show da banda, marcado para a Inglaterra no começo de janeiro, foi cancelado a seguir. Seguiu-se uma pequena briga pública, pelo Twitter, entre Hughes e Bonamassa, o que deixou todos os fãs da banda meio que decepcionados - afinal, a banda tinha dois belíssimos discos, mais um a caminho que prometia, e já ia acabar? Sem nem tocar no Brasil? (aliás, tocou muito pouco ao vivo: uns poucos shows para promover o primeiro álbum e uma turnê para promover o segundo)

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Já que havia (há) esta possibilidade nefasta deste álbum ser o último da banda, resolvi fazer graça e encomendei a versão especial, cheia de brindes: uma versão com o CD em si, uma camisa com a estampa da capa do disco, uma caneca e uma pequena caixinha cheia de palhetas de Joe Bonamassa. Se não teremos mais discos, quero esta versão especial!! E temos que elogiar, pois o envio se deu para que eu recebesse meu pacote na data de lançamento do disco, ou seja, 30 de outubro de 2012 - pena que a Receita Federal grampeou e me fez pagar um belo de um impostinho...

O álbum abre com "Big Train" e um riff suingado, toda a influência funk que Glenn Hughes pode nos fornecer, ali presente. Parece continuação do "Come Taste The Band", do Deep Purple, mas não é, e é muito bom. Aliás, as performances vocais de Hughes neste álbum estão fantásticas, as melhores dentro de discos do Black Country Communion. Para o solo, Joe Bonamassa acertou bem e ainda conseguiu casar bem com a levada da canção. A seguir, um riff arrepiante preenche totalmente nossos ouvidos: é a segunda faixa, "This Is Your Time", um rockão típico dos anos 70, só que feito hoje por esta grande banda. Outro belo solo de Bonamassa, garoto prodígio do blues que sempre declarou seu amor pelo blues rock inglês dos anos 60/70. E, percebam, nestas canções e em diversos momentos mais deste álbum, o teclado de Derek Sherinian se faz presente, bem audível. Uma feliz correção a uma injustiça que vinha sendo feita com ele. "Midnight Sun" é totalmente The Who, a introdução me remete totalmente a "Won't Get Fooled Again" - o próprio Hughes reconheceu isto em entrevista. O restante da canção não tem muito a ver, e se desenvolve como mais um rock de boa qualidade - ah, o finalzinho também remete ao The Who, mesma canção... "Confessor", primeiro single do álbum, é grande destaque com sua pegada bem hard rock, acelerada, e o riff de Bonamassa marcando forte - o duelo de solos entre ele e Sherinian nos remete aos melhores dias do Deep Purple... "Cry Freedom" é a única canção com vocais de Joe Bonamassa (compartilhados com os de Glenn Hughes), e é estranho, já que nos outros dois discos ele cantava bem mais (duas em cada álbum. Será que os desentendimentos começaram antes?). Mesmo assim, este dueto vocal ficou excelente, e é outro destaque do disco.

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"Confessor", primeiro single do álbum

A faixa-título, "Afterglow", é um mini-épico delicioso, uma maravilha de música. Começa suave, a voz de Glenn bem tranquila e calma, e aos poucos vai crescendo até ser tomada por um riff de peso, e volta à suavidade. Esta canção me fez lembrar de uma canção do Trapeze, "Jury", estilo parecido, que adoro. É a minha preferida do álbum, com certeza. "Dandelion" usa um pouco desta fórmula, de suavidade, trechos acústicos e trechos mais pesados, porém de forma mais limitada, sem tanto clima quanto a anterior. "The Circle", a mais longa do disco, é outra com começo suave e crescente ao peso e volta, também ficou muito boa, se destaca. O início de "Common Man" me lembra algum riff de algum clássico do rock que não me vem a memória agora, mas o desenvolvimento da canção acaba levando-a a caminhos diferentes do que tinha imaginado inicialmente - outro duelinho de solos entre Bonamassa e Sherinian que ficou legal, e tenho certeza que Derek se inspirou bastante nos solos de teclado de John Paul Jones no Led Zeppelin para esta canção... "The Giver" é outra boa canção neste álbum, com destaque nesta para os riffs de Bonamassa e o finalzinho acústico. Para fechar o disco, "Crawl" e mais riffs de qualidade, grandes influências dos anos 70, duelos de solos e outra bela canção pra encerrar com chave de ouro mais um ótimo disco do Black Country Communion.

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Em suma, temos um excelente álbum, uma sopa de influências dos anos 70 misturada e apresentada de forma extremamente competente pela banda. Não é de se estranhar que o álbum tenha conseguido a posição de número 48 na parada americana, a melhor posição dos três álbuns de estúdio (o primeiro estreou na posição 54 e o segundo na posição 71), mostrando que o interesse pela banda continua forte e que uma turnê faria muito bem ao grupo, aumentando sua divulgação. Vamos torcer para que Glenn Hughes e Joe Bonamassa se acertem (já voltaram a se falar, como podemos ver nesta notícia do Whiplash - https://whiplash.net/materias/news_833/167580-blackcountrycommunion.html) e concordem a tocar juntos novamente, mantendo este maravilhoso projeto vivo. Eu, particularmente, tenho um sonho de vê-los tocando no próximo Rock In Rio. Não custa nada sonhar...

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Relação das músicas do álbum:
1 - "Big Train"
2 - "This Is Your Time"
3 - "Midnight Sun"
4 - "Confessor"
5 - "Cry Freedom"
6 - "Afterglow"
7 - "Dandelion"
8 - "The Circle"
9 - "Common Man"
10 - "The Giver"
11 - "Crawl"

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Sobre João Paulo Linhares Gonçalves

Roqueiro convicto, de carteirinha, desde os treze anos de idade. Já tive diversas bandas preferidas: de Iron Maiden, Metallica e Black Sabbath a The Who, Pink Floyd e Rolling Stones. O heavy metal sempre me atraiu muito, mas o rock praticado nos anos 60 e 70 é fascinante e estou sempre escutando. De vez em quando, dou chance ao punk, rock alternativo, blues, até ao jazz e MPB, pra variar.
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