Matérias Mais Lidas


Jethro Tull
Stamp

Iced Earth: Um ótimo disco de heavy metal do começo ao fim

Resenha - Dystopia - Iced Earth

Por Thiago Pimentel
Fonte: Hangover Music
Postado em 09 de novembro de 2011

"06/08/2011". Facilmente identificada pelos fãs do Iced Earth, esta foi a data em que a banda americana despediu-se, pela segunda vez, do vocalista Matt Barlow. Falar da importância do cantor para a banda é 'chover no molhado' já que, apesar do guitarrista Jon Schaffer responder pela grande maioria das ações da banda, a característica interpretação dramática e agressiva de Barlow - sempre fortalecida o uso tanto de vocalizações graves como agudas - moldou o som do "Iced Earth".

Iced Earth - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Foto da chamada: Alex Cardoso

Caracterizou de uma forma que até o, relativamente, famoso vocalista Tim Ripper Owens - conhecido por sua passagem no gigante "Judas Priest" - sofreu com o 'fantasma' de Barlow durante sua curta estadia na banda, pois além da performance vocal em si, um atributo faltou a Ripper: o carisma de Barlow. Tim Ripper saiu e, para felicidade da maioria dos fãs, Barlow retornou realizando turnês (com uma passagem no Brasil) e gravou um disco - "Crucible of Man" (2008) - mas, surpreendendo a todos, anuncia sua (segunda) saída da banda. Bem, e agora?

O vocalista Stu Block (Into Eternity) fora anunciado como substituto antes mesmo da turnê de despedida (de Barlow) acabar. Enquanto isso, "Dystopia" - anunciado como um disco direto, agressivo... uma volta as raízes - era gravado com o novo cantor. Para matar a 'sede' dos curiosos, uma incrível versão do épico "Dante's Inferno" - do álbum Burnt Offerings (1995) - e, posteriormente, duas (ótimas) canções, até então inéditas, desse "Dystopia" foram lançadas em uma edição especial da revista alemã RockHard.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

As músicas em questão foram as faixas 02 e 08 desse disco - "Anthem" e "Days of Rage", respectivamente. Duas ótimas composições que surpreenderam muita gente que, antes mesmo de ouvir, criticava Block. Mas que estavam longe de mostrar todo o potencial do disco que, desde a introdução em marcha da primeira música ("Dystopia"), prende o ouvinte. Confesso que a semelhança do vocal de Stu com Barlow, em príncipio, me espantou. Mas, quem se importa? Na primeira faixa destaca-se o grande refrão e as linhas vocais, em falsetto, realizadas por Stu. Troy Seele finalmente mostra a que veio, com a guitarra solo deixando de ser mera figurante no som da banda e voltando a ter um certo destaque.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A próxima, e já conhecida, música apresenta uma introdução extra, não presente na primeira versão. "Anthem" é uma faixa bem melódica, centrada no grande refrão e não possui um foco grande no peso. Eis que, em oposição, surge "Boiling Point" - que peso! Nessa faixa Stu consegue reunir as principais características de Ripper e Barlow em uma grand, e furiosa, interpretação. Riffs galopantes, refrões pegajosos, peso aliado a melodia e performance vocal forte. Sim, o Iced Earth voltou! Nada de exageros nos arranjos, orquestras e megalomanias conceituais... apenas heavy metal direto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O disco segue com a balada "Anguish of Youth" e com o heavy metal direto de "V". A primeira, de autoria exclusiva de Schaffer, surpreende em dois pontos: a introdução acústica, com muita dose de groove - algo incomum na banda -, e a performance vocal de Stu. Aqui ele canta de uma forma mais solta, mais própria que nas faixas anteriores. A música peca por, além da sua previsibilidade, não possuir um 'climax'. Diferente de "V" que, apesar de também possuir uma estrutura 'básica', apresenta um refrão tão bom e empolgante que te faz esquecer de analisar isso e apenas querer apertar 'replay'! Tudo, obviamente, completado com riffs criativos e grudentos. Bem, não apenas o refrão é grudento: a música inteira é.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

As 'maidenianas' "Dark City" - com passagens que me lembraram, também, "Prophecy", do disco "Something Wicked This Way Comes" (1998) - e "Equilibrium" mantém o nível de "Dystopia" alto. A violenta, e já citada, "Days of Rage" mostra toda a agressividade de Stu, além de matar a saudade dos fãs das composições pesadas e rápidas da banda com pouco mais de dois minutos de duração.

A oitava música, e penúltima faixa na versão normal do disco, é uma balada bem clássica ao estilo do grupo. "End of Innocence" teve sua letra escrita por Stu como uma forma de prestar tributo a sua mãe - que sofre de câncer, em estado terminal. É uma música bem emocionante que não cai no marasmo, como corre em certos trechos da, também balada, "Anguish of Youth", por exemplo. Na quesito interpretação, aqui foi onde Stu Block mais se aproximou da emoção dada por Matthew Barlow.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

"Dystopia" tem seu encerramento em "Triumph and Tragedy". Trata-se de uma canção melódica que, novamente evoca o Iron Maiden - Jon Schaffer deve ter resolvido tirar a poeira do "Powerslave" (1984) e do Piece of Mind" (1983)! - , e é desenvolvida em riffs, lembrando o estilo mais clássico da banda - como uma época de um Night of the Stormrider (1992), pra citar um exemplo. A música ainda conta com um final, escondido poucos minutos após seu encerramento.

Nota: Na versão especial, e limitada, do disco incluem-se as seguintes faixas: "Soylent Green" - que conta com uns riffs bem grudentos -, "Iron Will" - com um estilo bem tradicional - e uma versão extra (String Mix) de "Anthem".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Enfim, o Iced Earth não reinventou a roda: "Dystopia" é um ótimo disco de heavy metal do começo ao fim. Sim, há novos elementos, mas o que se nota é a banda (Jon Schaffer?) objetivando a volta do seu estilo de origem em busca de um recomeço. O regresso de alguns solos e pequenos 'leads' também foi um ponto positivo. Troy Seele é um guitarrista mediano, mas que em estúdio cumpriu bem seu papel. Já a 'cozinha' permanece bem sólida: Brent Smedley é um ótimo baterista, pode não ser o melhor que já passou pela banda - bem, é difícil ser melhor considerando que o Richard Christy já passou pelo Iced - e Freddie Vidales é um ótimo baixista, pena que as quatro cordas não possua destaque no álbum. Já Schaffer segue como um ótimo compositor e um dos melhores guitarristas rítmicos no metal...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

...e Stu Block? Sinceramente, nunca vi uma resposta tão positiva, no que se refere a reposição de um vocalista clássico. Alguns se sentirão incomodados pelo fato do músico, em muitas ocasiões, soar como o Barlow, talvez uma imposição de Schaffer, mas tudo flui no contexto da música. Em vários momentos Block mostra partes do seu estilo mostrando que possui uma versatilidade imensa de vocalizações. Analisando os créditos da obra, vê-se que Stu contribuiu muito nas letras do álbum. Outro ponto positivo. Esperemos sua evolução em disco posteriores, nesse, mesmo com toda a cobrança ele já alcançou um feito: a aprovação entre boa parte dos fãs do "Iced Earth"

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Músicas-chave:

Despedida de Matt Barlow durante o Wacken Open Air:

Formação:
Stu Block - vocais
Jon Schaffer - guitarras, vocais de fundo
Brent Smedley - bateria
Troy Seele - guitarra solo
Freddie Vidales - baixo

Tracklist:

1. Dystopia 05:49
2. Anthem 04:54
3. Boiling Point 02:47
4. Anguish of Youth 04:41
5. V 03:39
6. Dark City 05:42
7. Equilibrium 04:31
8. Days of Rage 02:17
9. End of Innocence 04:07
10. Tragedy & Triumph 07:44
11. Anthem (String Mix) 04:51

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Outras resenhas de Dystopia - Iced Earth

Iced Earth: Existe um futuro muito promissor pela frente

Iced Earth: Dystopia é Heavy Metal até a medula

Iced Earth: Com velocidade, groove ou baladas, é puro Metal

Iced Earth: Um álbum excelente, envolvente do início ao fim

Iced Earth: Parece que o grupo está de volta aos eixos!

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Summer Breeze 2024
Bruce Dickinson

Grave Digger: Ceifando a vida dos incrédulos da Terra Santa

Resenha - Aurora do Triunfo Herétiko - Sevo

Resenha - Black Bible - Judas Iscariotes

Resenha - Master Executor - Warfield

Resenha - Ocean - Holdark

Resenha - SupremeInstinctNumb - Malice Garden

Varathron: A hegemonia do caos

Resenha do álbum "Eu Sou a Derrota", da banda Sangue de Bode

Resenha - Gates Of Metal Fried Chicken Of Death - Massacration

Guns N' Roses: Resenha de "Chinese Democracy" na Rolling Stone

Dream Theater: Falling Into Infinity é um álbum injustiçado?

Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Thiago Pimentel

Tenta, desde meados de 2010, escrever textos que abordem as vertentes da mais peculiar - em seu ponto de vista - manifestação artística do ser humano, a música. Para tal, criou o blog Hangover-Music e contribui no Whiplash.Net. Além disso, é estudante de jornalismo, guitarrista e acredita que se algum dia o Deus metal existira, ele morreu em 13/12/2001.
Mais matérias de Thiago Pimentel.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS