Mortician: Som levado ao extremo dos extremos
Resenha - Chainsaw Dismemberment - Mortician
Por Christiano K.O.D.A.
Fonte: Som Extremo
Postado em 21 de agosto de 2011
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Esse vai dividir opiniões. Os americanos da Mortician têm considerável respeito no underground e uma discografia até que longa. Arrebentam num death/grind/splatter ultra brutal e ríspido, com velocidade a milhão. E os caras conseguiram uma pequena proeza: ficar mais extremos do que no seu álbum anterior – o absurdo "Hacked Up for Barbecue" - talvez o maior clássico da banda.

"Chainsaw Dismemberment" foi gravado por um trio de lunáticos: os cabeças Will Rahmer e Roger Beaujard, que cuidam do vocal/baixo e guitarra respectivamente, e Desmond Tolhurst, o outro guitarrista... está faltando alguma coisa, não?
Pois então, é aí que reside a grande polêmica da Mortician. Os caras usam bateria programada. Pronto, está aberta a sessão xingamento. Entretanto, vou dizer uma coisa: não sou fã desse recurso, mas puxa, o negócio aqui caiu tão bem no conjunto, que não consegui resistir. Vale lembrar que a bateria, programada por Beaujard, sempre esteve presente na história da banda.
É verdade que se percebe essa pegada eletrônica do equipamento, mas mesmo assim, é maravilhoso. Já os vocais de Rahmer são extremamente guturais e obscuros, de modo que ele parece "cantar" da mesma forma em todas as músicas, como se tivessem a mesma letra. Sinceramente? E DAÍ? É um dos melhores timbres de death metal que existe!
O baixo é no mínimo curioso, um dos mais distorcidos que já tive a oportunidade de escutar. Por fim, as guitarras têm uma afinação tão baixa que em vários momentos você não percebe quais as notas ou riffs que estão sendo executados.
Em outras palavras, os integrantes levam seu som a um extremismo poucas vezes visto, em todos os sentidos: nesses aí nos parágrafos de cima, e também na velocidade. Talvez não seja por acaso que usam mão da bateria programada. Tanto é que, em uns poucos vídeos a que assisti da Mortician, tive a nítida impressão de que o baterista – sim, ao vivo, eles usam um humano nas baquetas - não conseguia acompanhar a mesma velocidade de gravação do estúdio. Não sei como estão hoje em relação a isso, mas enfim...
A banda é uma de inúmeras que tem como característica colocar introduções de filmes B em suas músicas, mas vou dizer uma coisa, parece que as utilizadas por eles são as melhores do ramo! Muito legais mesmo!
A capa do disco é uma das lindas que já vi. Não me refiro tanto à nojeira, mas à arte em si da ilustração, tão detalhada e perfeita (vejam a expressão na face da pobre vítima mutilada) que por um longo tempo pensei seriamente em tatuar o ser lá do fundo, com a motosserra na mão. Isso sim é uma obra de arte!
A produção é suja, e o instrumental fica todo embolado nos momentos mais violentos das músicas, mas assim mesmo, inexplicavelmente o grupo conseguiu fazer um material empolgante demais para deixar nossas mentes presas a esse defeito (ou opção?).
Ah, quase esqueci de dizer: as duas melhores das 28 faixas do CD são exatamente as duas primeiras – "Stab" e "Fleshripper" – simplesmente perfeitas, que massacre!
Um aviso muito importante: se gostar disso aqui, você OBRIGATORIAMENTE deve arrumar também o citado "Hacked Up for Barbecue", tão excelente quanto este. E mais: outros trabalhos também devem ser pesquisados, sem dúvida valem a pena. Aliás, só optei por resenhar o "Chainsaw Dismemberment" por ser levemente mais brutal. Infernal!
Mortician – Chainsaw Dismemberment
Relapse Records – 1999 – Estados Unidos
http://www.myspace.com/morticiannydm
Tracklist
1. Stab
2. Fleshripper
3. Drowned in Your Blood
4. Mass Mutilation
5. Mauled Beyond Recognition
6. Rabid
7. Bloodshed
8. Decayed
9. Final Bloodbath
10. Island of the Dead
11. Brutalized
12. Slaughtered
13. The Crazies
14. Silent Night, Bloody Night
15. Chainsaw Dismemberment
16. Psychotic Rage
17. Funeral Feast
18. Wolfen
19. Dark Sanity
20. Camp Blood
21. Tormented
22. Slaughterhouse (Part II)
23. Barbarian
24. Rats
25. Master Yenebarum
26. Splattered
27. Obliteration
28. Lord of the Dead (Mortician Part II)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Brian Johnson, do AC/DC, conta como fluidos comeram o seu ouvido por dentro
O dia que João Gordo xingou Ayrton Senna por piloto se recusar a dar entrevista a ele
Andreas Kisser explica o que diferencia o Jota Quest e justifica eles serem tão bons


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



